17 de novembro de 2009

Lista dos Corruptos

troca de votos por cesta básica na favela da Rocinha, RJ
LEONARDO RODRIGUES LIMA (LÉO COMUNIDADE) - PTN
O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu a impugnação da candidatura a vereador de um suspeito de representar o tráfico de drogas na favela da Rocinha. Ele também foi denunciado por oferecer cestas básicas em troca de votos dos moradores. A fila é grande na porta da Associação de Moradores da Rocinha. Quem entra de mãos vazias, sai carregando um embrulho pesado. As cestas básicas estão por toda a parte. As autoridades afirmam que, na Rocinha, alimentos estão sendo trocados por votos. “Praticamente um voto de cabresto. As pessoas têm que dar o número do título de eleitor, é feito um cadastro, elas participam semanalmente de uma reunião aonde é carimbado um cartão e no final do mês a pessoa que cumpriu todo esse requisito recebe a cesta básica”, explica o comandante da UPP da Rocinha, major Edson Santos. Circulando pela comunidade, nossa reportagem confirmou: a apresentação do título de eleitor é obrigatória para receber a cesta. “Para ganhar tem que fazer uma ficha, é a maior política. Eles pedem identidade, CPF, título”, conta um morador. Segundo a polícia, o responsável pela distribuição das cestas é Leonardo Rodrigues Lima, o ‘Léo Comunidade’. Presidente da associação de moradores, ele só deixou o cargo para ser candidato a vereador pelo PTN. Os moradores sabem que o benefício é distribuído em nome de Léo. “Se ele não ganhar vai diminuir recursos”, diz uma moradora. O próprio ‘Léo Comunidade’ reconheceu que distribui as cestas, em uma conversa com eleitores gravada pela polícia: “Eles queriam que eu tirasse a cesta de vocês. Eles não queriam que eu desse cesta. Falei para eles o contrário: quando eu ganhar, eu vou é aumentar a cesta”. Na Rocinha, a preocupação das autoridades vai muito além de um crime eleitoral. Na campanha, a imagem do candidato aparece ligada a traficantes que controlavam a Rocinha. Segundo a polícia e o Ministério Público, isso é feito para criar um clima de medo e desestabilizar a pacificação da maior favela do Brasil. O jingle de ‘Léo Comunidade’ começa com tiros e é muito parecido com um funk na internet que faz apologia do traficante Nem, que controlava a Rocinha. “Na letra do jingle ele claramente se coloca como um dos integrantes da quadrilha do Nem, o que é inadmissível para uma pessoa que pretende ser candidato. Pelo que se pode apurar, a candidatura do ‘Léo Comunidade’ seria exatamente um braço do tráfico tentando se infiltrar no poder oficial, provavelmente para minar essa política de milícias, de UPPs, a exemplo do que as milícias já vem fazendo”, comenta o promotor de Justiça do Rio. Nem foi preso em 2011, quando tentava fugir no porta malas de um carro. 11 meses depois, a polícia controla a Rocinha, mas o estoque de artimanhas do tráfico ainda está longe do fim. Por telefone, o candidato Leonardo Rodrigues Lima negou que tenha relações com o tráfico e disse que desconhece a distribuição de cestas básicas na Rocinha. Fonte: Jornal Nacional - Edição do dia 03/10/2012

GOLPISTAS FALSIFICAM CONSULTAS E DESVIAM DINHEIRO DO SUS
Delane Tadeu Ramires - Diretor responsável da Clínica Frei Damião
Luís Ferreira - Médico do Hospital de São João de Meriti
Luiz Carlos Furtado - Médico do Hospital de São João de Meriti
Antônio Carlos de Oliveira
Rosimar Bravo de Oliveira - Donos da organização Marca
Tufi Soares Meres
Gustavo Meres
Renata Giantaglia
Você vai ver de uma forma contundente como são roubados milhões de reais da saúde pública no Brasil. Um golpe contra a saúde pública que usa até crianças, sem o conhecimento dos pais. Aconteceu em Tabuleiro do Martins, um bairro de Maceió. Foi como se, de repente, um surto de pneumonia tivesse se espalhado. Centenas de crianças apareceram com esse diagnóstico na lista de internações em duas clínicas particulares conveniadas com o SUS: a Clínica Infantil de Maceió e a Clínica Frei Damião. O Fantástico foi confirmar a história com as mães das crianças. “Meu filho nunca esteve internado com pneumonia”, uma das mães. O filho dela tinha feito um simples exame de sangue. Dias depois, a família recebeu uma carta do SUS com os dados sobre a internação do menino. Período: quatro dias. Motivo: pneumonia ou gripe. Valor pago para a Clínica Infantil de Maceió: R$ 582,40. A história se repetiu em outras casas do bairro. Os filhos fazem exame de sangue e depois os pais recebem uma carta sobre uma internação que não existiu. Foram mais de 600 casos. Repasse para as duas clínicas envolvidas: cerca de R$ 350 mil. Não há surto de pneumonia em Maceió. O que há são internações falsas, forjadas para lucro ilegal em clínicas conveniadas com o SUS. Em Natal, o dinheiro do contribuinte foi para o ralo. Uma das organizações flagradas tinha com a Secretaria de Saúde contratos de R$ 50 milhões. Essa organização é a "Marca", de Antônio Carlos de Oliveira e Rosimar Bravo e Oliveira. Para desviar essa fortuna, a marca prestava contas usando notas frias emitidas pelas empresas OPAS, Artesp e Medsmart, que prestam serviços e consultorias. Os responsáveis pela organização social "Marca" são também os donos da empresa OPAS. As outras duas empresas do esquema têm sede no Rio de Janeiro. Mas nem na Artesp nem na Medsmart havia funcionários para receber nossa equipe. Segundo o Ministério Público, as duas empresas são de fachada, e estão em nome de Gustavo Meres. Ele é filho de Tufi Soares Meres, tratado assim no relatório do Ministério Público: "um dos grandes articuladores da máfia do terceiro setor no Rio". O médico Tufi Meres teve a prisão decretada e está foragido. Gustavo Meres, o filho dele, é investigado pelo Ministério Público. Chegamos até a Presidente da Osep, Renata Giantaglia. Ao ser questionada se a Osep contrata médicos com caixa 2, ela negou. Depois da gravação, Renata Giantaglia entrou em contato com o Fantástico pedindo que a entrevista não fosse ao ar. Optamos por exibi-la por considerar que a declaração tem interesse público. Fonte: Fantástico - Edição do dia 02/09/2012

Comissão de Ética investigará Ideli por compra de lanchas
IDELI SALVATI - PT
A Comissão de Ética da Presidência abriu, nesta segunda-feira, um procedimento para investigar a atual ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvati. Há dois anos, quando era ministra da Pesca, a petista ordenou o pagamento de 31 milhões de reais para a compra de 28 lanchas inadequadas para a atividade exercida pelo órgão. O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que boa parte das lanchas estava fora de operação. O pagamento beneficiou a Intech Boating, empresa que havia doado, em 2010, 150 000 reais para o PT de Santa Catarina, reduto político da ministra. Esse diretório do partido, por sua vez, bancou a maior parte da campanha de Ideli ao governo de Santa Catarina naquele ano. O TCU detectou superfaturamento na transação, feita entre 2009 e 2010. A ministra Ideli Salvatti nega envolvimento em irregularidades e afirma que o processo de compra foi ordenado por seu antecessor, Altemir Gregolin – também ligado ao PT catarinense. A decisão da Comissão de Ética atende um pedido do PSDB.A investigação, por enquanto, é de caráter preliminar. Se o colegiado concluir que há indícios de irregularidade na conduta de Ideli, será aberto processo contra a ministra. Na semana passada, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou a convocação de Ideli para tratar do assunto.
Fonte: Revista Veja  - Edição 2264 - 11/04/2012

PAGAVA O JARDINEIRO COM DINHEIRO PÚBLICO:
WIGBERTO TARTUCE - PPB / DF Deputado de Brasília, foi descoberto pagando um jardineiro para sua mansão com o dinheiro da Câmara. Fonte: Revista Veja - 08/01/1997

FUNCIONÁRIOS FANTASMAS:
CÂNDIDO VACCAREZZA - PT / SP Na época era secretário-geral e terceiro homem na hierarquia do partido, onde recebia seu salário. Só que ele também era funcionário fantasma da Câmara Municipal de São Paulo, onde só aparecia por lá uma vez por mês para assinar o ponto. Médico concursado da prefeitura de São Paulo desde 1984, onde era pago pelos munícipes, sempre dava um jeitinho de ficar lotado em gabinetes de vereadores amigos. PAULO VANUCCHI - PT / SP Servidor da Câmara Municipal de São Paulo, recebia seus proventos dos cofres públicos, mas só dava expediente no escritório político do partido. MUNA ZEYN - PT / SP Funcionária da prefeitura de São Paulo, onde recebia salário pago pelos munícipes, mas atuava como assessora direta em um escritório do partido. Fonte: Revista Veja - 08/01/1997

A “GRANDE FAMÍLIA”:
NIVALDO JATOBÁ - PMDB / AL Prefeito de São Miguel dos Campos, Alagoas, empregou a família na prefeitura. Das seis secretarias existentes, duas estão com suas filhas e outras duas com irmãs. As duas restantes foram assumidas por funcionários de uma empresa sua. O presidente da Câmara dos vereadores é seu irmão e todos os cargos comissionados foram ocupados por familiares ou empregados da sua família. Fonte: Revista Veja - 08/01/1997

JUÍZ DA PARAÍBA, REI DO NEPOTISMO:
SEVERINO MARCONDES MEIRA Em 10 anos como juíz do Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba, ele já conseguiu colocar 63 parentes na folha de pagamento do TRT, numa variada equipe de filhos, mulher, sobrinhos, primos e noras. Todo mês, a parentada leva para casa cerca de R$ 250.000, equivalentes a 10% da folha de pagamento do TRT. “Criterioso”, selecionava os salários segundo o grau de parentesco. Fonte: Revista Veja - 08/01/1997

JOAQUIM “RUÍNS”:
JOAQUIM RORIZ A CPI do Orçamento realizada entre 93 e 94 concluiu pela suspeita de que o então governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, cometeu irregularidades na gestão nos recursos públicos. O relatório final afirma que Roriz tinha movimentações financeiras incompatíveis com seus rendimentos, omitia parte de seus bens da Receita Federal e que muitas denúncias não foram investigadas por falta de tempo. Uma das pessoas não ouvidas foi o ex-capataz de Roriz, dono de uma conta milionária do Banco do Progresso. Na época, o capataz disse em depoimento à Polícia Federal, que a conta era usada para fazer pagamentos de boiadas adquiridas por Roriz e que ele próprio assinava os cheques. O ex-capataz procurou depois a imprensa para contar uma história bem diferente. “Joaquim Roriz me pediu para mentir”, afirmou. Segundo o relato, Roriz ordenou que se escondesse numa fazenda, para não ter de depor e que em pouco tempo tudo se resolveria. Três anos depois da CPI, o capataz diz que está desempregado, com o nome sujo onde mora, e completamente endividado. Munido de um calhamaço de documentos, o ex-capataz relata que não era ele quem assinava os cheques e que o dinheiro da conta pertencia a Roriz. Um dos papéis é a cópia de um cheque em nome do capataz, e um comprovante de depósito no mesmo valor do cheque, inclusive os centavos, feito em nome de Joaquim Roriz. O ex-capataz afirma que a assinatura que endossou o cheque é falsa. Duas assinaturas feitas em um pedaço de papel, a pedido de ISTOÉ, são totalmente diferentes da que o ex-capataz apresenta como sendo a do endosso do cheque. Fonte: Site da Revista Istoé - www.istoe.com.br - 15/01/1997 * Obs: Também contratou familiares (20 ! entre irmãos, primos e sobrinhos dele e da mulher), pagos com o dinheiro público. Fonte: Revista Veja - 16/02/2000

PERITOS COMPROVAM FALCATRUA DE VEREADOR EM MADRE DE DEUS:
JUSCELINO DE JESUS SILVA - PTB / MS Presidente da Câmara Municipal de Madre de Deus, teve sua assinatura reconhecida por peritos do Departamento de Polícia Técnica numa nota de compromisso de pagamento destinada à compra de computadores no valor de R$ 184,7 mil na Epocram Informática. O dono da empresa e ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do município, disse que a compra era uma tentativa de suborno. Segundo ele, Juscelino Silva tentou lhe dar propina para que ele não fizesse a denúncia de superfaturamento na contratação da empresa que está construindo o novo prédio da Câmara - o orçamento da construção é de R$ 1 milhão. No laudo, os peritos concluem que “as rubricas impugnadas são autênticas. De acordo com o empresário, em troca dos R$ 184,7 mil oferecidos pelo presidente da Câmara, sua empresa forneceria quantos computadores quisesse, apenas para formalizar a compra. Ele deixou a administração da prefeita Carmem Gandarela (PTB) depois de denunciar que os secretários estavam recebendo R$ 9 mil por mês e os vereadores mais de R$ 10 mil. O governo municipal vem anunciando que os salários já foram reduzidos para R$ 4,5 mil, mas a Câmara continua pagando R$ 6,5, fora gratificações, valor maior do que o teto constitucional. Fonte: Site do Jornal A Tarde - www.atarde.com.br - 07/10/1997

PREFEITOS PAULISTAS CASSADOS POR IRREGULARIDADES:
VALTERCIDES MONTEIRO - PMDB / SP Na cidade de Guaraci/SP, o então prefeito Valtercides foi julgado, por desvio de verba, emissão de notas frias e por não pagar os salários dos vereadores e funcionários da Prefeitura. UÉDINA APARECIDA DA SILVA COLOSIO - PDT / SP A ex-prefeita de Nhandeara/SP, ficou conhecida nacionalmente por mandar pintar de rosa prédios públicos e ônibus da cidade, numa “singela homenagem às mulheres”. Um ano e meio depois, teve seu mandato cassado.Durante o processo, outras irregularidades foram levantadas: o não repasse do orçamento da Câmara, a contratação de funcionários sem concurso e o desconhecimento de ofícios enviados pelos vereadores. LUIZ ALEXANDRE DE GALVÃO - PFL / SP Vereador na cidade de Nhandeara/SP, foi procurado pela prefeita Uédina (acima) que precisava de um aliado para fazer a maioria na Câmara e aprovar projetos de seu interesse. Uédina ofereceu a Galvão, ex-motorista da Prefeitura, um jipe ano 66 e um adicional de R$ 500 a seu salário de R$ 720. A gratificação se estendeu por 6 meses, totalizando R$ 3 mil. “Os dois acabaram brigando, e ele nos procurou para contar tudo e mostrar as provas”, contou um vereador. JOSÉ CARLOS GARZIN - PFL /SP Em Balbinos/SP, onde o prefeito Garzin foi deposto, os telefones da Câmara e da Prefeitura foram cortados por falta de pagamento. LUÍZ CARLOS DOS REIS - PDT / SP Em Francisco Morato/SP, o prefeito Luís Carlos foi cassado por não repassar cestas básicas aos funcionários e não ter depositado o dinheiro descontado do salário dos servidores. ANTÔNIO IZZO - PPB / SP Em Bauru/SP, o então prefeito Izzo foi acusado de desviar R$ 100 mil dos R$ 176 mil pagos por um terreno desapropriado. JOSÉ AMOROSO / SP Em 1991, foi eleito prefeito de Cravinhos/SP prometendo construir casas populares, e teve o mandato cassado pela Câmara sob a acusação de desviar verbas. Em 1996, disputou as eleições, tendo como vice em sua chapa, a filha Eliane Pavan Amoroso e prometendo novamente a construção de casas para a população carente. O ex-prefeito venceu a eleição, tomou posse, mas, menos de um ano depois, era de novo cassado, sob a mesma acusação: desvio de verbas. Além disso, pesou o fato de o salário do funcionalismo estar atrasado há 4 meses. A votação para cassar o mandato foi unânime: 15 votos a 0. ELIANE PAVAN AMOROSO / SP Filha de José Amoroso (acima) e sua vice na chapa, tomou posse. Acabou ficando no cargo menos tempo que o pai, já que foi cassada no mesmo ano. As acusações: não repassar o orçamento mensal da Câmara, nomear e pagar salários para um diretor de uma Casa de Cultura que não existia, manter como secretários municipais 3 parentes afastados por decisão da Justiça, e não abrir uma sindicância para apurar os casos herdados do pai e, segundo os vereadores, também por usar material da empresa de construção da prefeitura para finalizar sua casa. Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 14/09/1998

VENDEU CASTELOS DE AREIA:
SÉRGIO NAYA Ex-deputado mineiro, acusado pelo desabamento do edifício Palace II, de sua construtora, que causou a morte de oito pessoas no Rio em fevereiro de 1998 (descobriu-se depois, que tinham usado areia de má qualidade, e mais barata, no prédio). Sumiu do país, e foi localizado mais tarde em Miami, livre, leve e solto, fiscalizando obras de um hotel 5 estrelas. Das 130 famílias desabrigadas, ou parentes das vítimas, apenas uma tinha sido indenizada. (Descobriu-se depois que Naya havia sonegado da Receita Federal, aproximadamente R$ 8.300.000. Esse dinheiro, conseguido com a venda dos apartamentos do Edifício Palace, foi desviado para as contas que Sérgio Naya tinha no Uruguai. - Jornal da Globo - Rede Globo - 19/05/2000). Fonte: Revista Veja - 23/12/1998 (além de outros jornais e noticiários)

CONTRATAÇÃO VERGONHOSA DE PARENTES:
ZECA DO PT - PT / MS O Movimento Ação pela Moralidade e Eficiência do Poder Público do Mato Grosso do Sul se reuniu dia 02/02/1999 na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS) para discutir um projeto de lei de combate ao nepotismo no estado. Pediram apoio do governador Zeca do PT, que nomeou 8 (oito) parentes para cargos de primeiro e segundo escalão do governo. Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 03/02/1999

VEREADORES QUE NÃO QUISERAM INVESTIGAR A CORRUPÇÃO DOS FISCAIS NAS REGIONAIS DE SÃO PAULO:
ALAN LOPES - PPB SP ANTÔNIO GOULART - PMDB / SP ARCHIBALDO ZANCRA - PPB / SP AURELINO DE ANDRADE - PPB / SP BRASIL VITA - PPB / SP CELSO CARDOSO - PPB / SP COSME LOPES - PPB / SP DITO SALIM - PPB / SP EDIVALDO ESTIMA - PPB / SP HANNA GARIB - PPB / SP Era o “dono” da regional da Sé. Acusado de chefiar o esquema de recolhimento de propinas entre os camelôs do centro de São Paulo. Também foi acusado de ter mandado matar adversários. Teve os direitos políticos cassados até 2011, mas voltou à prefeitura como funcionário. IVO MORGANTI - PFL / SP Considerado um dos vereadores que mais faltam na Câmara, Morganti, foi nomeado mais tarde, presidente de uma comissão para decidir sobre o afastamento do prefeito Pitta, e fez de tudo para impedir. JOOJI HATO - PMDB / SP JORGE TABA - PDT / SP JOSÉ IZAR - PFL / SP Senhor da regional da Lapa, foi rápido nas manobras políticas dentro da Câmara e, a despeito de todas as denúncias, escapou da cassação. Na polícia, foi indiciado depois, por formação de quadrilha, peculato, concussão e prevaricação. JOSÉ OLÍMPIO - PPB / SP JOSÉ SILVA AMORIM - PTB / SP JOSÉ VIVIANI FERRAZ - PL / SP LUIZ PASCHOAL - PTB / SP MAELI VERGNIANO - PPB / SP (Admitiu que usava carro de uma empresa de coleta de lixo para levar filhos à escola. Perdeu o cargo de vereadora e responde a processo por peculato e formação de quadrilha) MARIA HELENA FONTES - PL / SP (Foi inocentada pelos próprios vereadores em processo no qual era pedida a cassação de seu mandato por quebra do decoro parlamentar.Respondia a duas acusações, por guardar em casa um cheque em branco de um de seus funcionários e por reter o salário de seus assessores) MÁRIO DIAS - PPB / SP MILTON LEITE - PMDB / SP MYRYAM ATHIE - PPB / SP NATALÍCIO BEZERRA - PTB SP OSVALDO ENÉAS - PRONA / SP (Tem o sobrenome e se parece muito com o outro Enéas (Carneiro), do mesmo partido, e está sempre nas manchetes, envolvido em maracutaias) PAULO FRANGE - PPB / SP PAULO ROBERTO FARIA LIMA - PPB / SP (Responsável pela regional de Pinheiros, uma das mais ricas da cidade, saiu ileso, apesar das inúmeras denúncias contra ele. Os promotores estimam que o esquema de propinas da regional movimentava cerca de 1 milhão de reais por mês) TONINHO PAIVA - PFL / SP VICENTE VISCOME - PPB / SP (Dono de um patrimônio avaliado em mais de 15 milhões de reais, viu sua carreira afundar rapidamente. O Ministério Público conseguiu provar sua participação no esquema de propinas da regional da Penha. Ficou foragido por um tempo, depois se apresentou à polícia, perdeu o mandato e foi parar na cadeia). WADIH MUTRAN - PPB / SP Fonte: O Estado de S. Paulo - 25/02/1999 (além de outros jornais e noticiários)


VEREADOR “MUITO BONZINHO”:
DITO SALIN - PPB / SP Vereador que “cobrava” 80% do salário de seus assessores. Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 10/03/1999

DEFENSOR DA TORTURA:
JAIR BOLSONARO - PPB / RJ Defendeu, em um programa de TV, o fechamento do Congresso. No caso de um ex-padre que sofreu torturas na época da ditadura, e que denunciou um de seus torturadores (que por descuído do Presidente da República, quase nomeou-o para diretor da Polícia Federal), Bolsonaro disse que o problema, foi que os torturadores haviam deixado o ex-padre vivo. Fonte: Jornal da Record - Rede Record - 25/05/1999

JUÍZ “LALAU”:
NICOLAU DOS SANTOS NETTO A CPI do Judiciário acabou revelando evidências fortes contra o juiz, e ex-presidente do TRT paulista, suspeito de ter desviado recursos destinados à construção do Fórum Trabalhista, que abrigaria as repartições da Justiça do Trabalho espalhadas pela idade de São Paulo. Além de Nicolau (apelidado de juíz “Lalau”), outros representantes do Judiciário têm sido investigados. Fonte: Site da OAB - www.oab.org.br - 09/05/1999

“CURRICULUM” EXTENSO:
PAULO SALIM MALUF - PPB A CPI dos Fiscais convidou o presidente nacional do PPB e ex-prefeito de São Paulo, para prestar depoimento à comissão sobre irregularidades ocorridas na contratação de funcionários por empresas controladas pela Prefeitura entre 93 e 96. Celso Pitta também foi chamado. Comentava-se de supostos super-faturamentos em obras. A comissão queria obter também, explicações de Maluf e Pitta sobre as contratações irregulares de funcionários pela Anhembi Turismo, Prodam e Iprem. Vereadores governistas, que pediram para não serem identificados, disseram que foram procurados por Maluf, para evitarem que ele fosse convocado pela CPI. Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br/ - 21/05/1999

MARAJÁS E NEPOTISTAS:
FERNANDO GOMES - PTB / BA Prefeito de Itabuna, no interior da Bahia. Em 1991, quando exercia o primeiro mandato, apareceu no noticiário como o maior marajá municipal do país, ganhando, então, o equivalente a 13.500 reais por mês. Seu sucessor baixou o próprio salário de prefeito para 6.000 reais, mas Fernando Gomes voltou a eleger-se em 1996 e, mudou seu salário novamente para 13.500 reais. MARCELO ( CECE ) VASCONCELOS DE OLIVEIRA Prefeito de Sete Lagoas (MG), e atualmente, o maior marajá municipal. Ele recebe 30.000 reais por mês (quase 4 vezes o salário do presidente da república) para comandar uma cidade de 167 mil habitantes. “No fundo, só ganho 22.500 reais, uma vez que o Leão leva 7.500”, diz. Só falta agora o prefeito pedir isenção fiscal. RAIMUNDO CARDOSO - PFL / BA Prefeito de Floresta Azul (BA), enpregou todas as secretarias e cargos de confiança com parentes, num total de 21 vagas de primeira linha. A esposa é secretária de Desenvolvimento Social, e seus filhos ocupam a Pasta de Saúde e de Finanças, responsável pela gestão do dinheiro da cidade. Os irmãos do prefeito respondem pelas secretarias de Agricultura e da Administração, e o genro está na Pasta de Desenvolvimento Urbano. Um primo foi escalado para cuidar dos recursos humanos, e um cunhado, nomeado chefe da Guarda Municipal. Os outros treze cargos de confiança foram preenchidos por primos, noras e sobrinhos do prefeito. Um em cada grupo de quinze servidores é parente do prefeito. Antes de virar chefe das Finanças municipais, o filho do prefeito, Fábio era empacotador de supermercado. O prefeito se defende dizendo que: “Todos foram contratados por critérios de competência”. Em 1998, uma empreiteira ganhou dinheiro da prefeitura para fazer uma obra que jamais saiu do papel. A autorização de pagamento foi assinada pelo prefeito. Seu filho Fábio liberou o dinheiro com autorização do primo assessor de gabinete. Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 26/05/1999 * Obs.:Marcelo (Cece) Vasconcelos: Estava envolvido em licitações irregulares, mas salvo de investigações e CPI’s por falhas processuais e firulas jurídicas. Fonte: Jornal Boca do Povo - 22/08/1999

OUTRO JUÍZ DENUNCIADO:
CASSIANO NETO Denunciado pelo Ministério Público, por contribuir para um “fundo” de propinas, para pagamento de policiais e autoridades. Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 03/06/1999

DEPUTADO ASSASSINO:
HILDEBRANDO PASCHOAL - PFL Deputado acusado por testemunhas de mandar matar adversários políticos (alguns ele teria pessoalmente mutilado braços e pernas com uma moto-serra). Salvo de investigações na época por sua “im(p)unidade parlamentar”. Fonte: Fantástico - Rede Globo - 06/06/1999 (além de outros jornais e noticiários)

DEPUTADO ESTELIONATÁRIO:
ONAIREVES ROLIM DE MOURA / PR Ex-deputado federal, foi cassado sob a acusação de ter pago US$ 50 mil para alguns parlamentares para mudarem de partido. Além de ser acusado de estelionato por causa de bingos, em 1997, quase foi afastado da Federação Paranaense de Futebol, onde presidia, por não pagar os impostos deste 1991. Chegou a alterar o estatuto da F.P.F. para continuar no poder. Para quem não se lembra, no dia da votação do impeachment de Collor, Onaireves discursou: “...Pela moralidade, pela família e pelo esporte”, para dar o voto a favor da cassação do ex-presidente. Mas alguns dias antes, foi ele o anfitrião de um suntuoso jantar oferecido a Collor, quando já rolava o processo de impeachment do ex-presidente. Fonte: O Estado de S. Paulo - 08/07/1999 (além de outros jornais e noticiários)

“ESQUENTAVA” DOCUMENTOS PARA OS ANÕES DO ORÇAMENTO:
WILMA MAGALHÃES SOARES Empresária que utilizava sua agência de turismo para legalizar operações ilegais do esquema do “Anão” deputado João Alves. Fonte: O Estado de S. Paulo - 07/07/1999

DEPUTADO ASSASSINO:
TALVANE ALBUQUERQUE - PFL / AL Ex-deputado federal acusado de ser o mandante do assassinato da deputada Ceci Cunha e de três familiares dela. Segundo o apurado, os executores do crime eram assessores do ex-deputado. Como ele era suplente da deputada, com a morte dela, assumiu sua vaga, e ficou com a famosa “im(p)unidade parlamentar”. Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 09/07/1999

CORRUPÇÃO EM GUARULHOS:
NÉFI TALES - PDT / SP O então prefeito de Guarulhos/SP, foi acusado de ser um dos mandantes da tentativa de extorsão contra empresários. Fonte: O Estado de S. Paulo - 09/07/1999

SENADOR “ESCORREGADIO”:
LUIS ESTEVÃO DE OLIVEIRA NETO - PMDB / DF Senador envolvido no escândalo do desvio de verbas para a construção de um Fórum em São Paulo, por meio do Grupo OK (de sua propriedade). Estratégias políticas e jurídicas, tentaram impedir investigações mais aprofundadas. (*Foi cassado, preso e solto 24 horas depois, em 06/2000). Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 16/09/1999 (além de outros jornais e noticiários)

JUÍZES DENUNCIADOS:
JOSÉ GERALDO PALMEIRAS Denunciado pelo juiz Leopoldino Marques do Amaral, que foi assassinado na Bolívia (o corpo foi achado carbonizado) de estar ligado ao narcotráfico boliviano. ODILES DE FREITAS Outro que foi denunciado pelo juiz Leopoldino de também estar ligado com o narcotráfico boliviano. Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 20/09/1999

SUPLENTE ESTELIONATÁRIO:
JOSÉ ALEKSANDRO DA SILVA Vereador (suplente do deputado cassado Hildebrando Pascoal) acusado por testemunhas que já prestaram testemunho a uma CPI, de prática de estelionato e atos de improbidade administrativa como desvio de dinheiro público. Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 20/09/1999

DEFENDEU A IM(P)UNIDADE PARLAMENTAR:
IÉDIO ROSA - PMDB / RJ Defendeu o deputado Hildebrando Paschoal, quando este estava para ter seu mandato cassado (acusado de assassinato, comandar o narcotráfico no Acre, e de assinar bilhetes dando salvo-conduto para bandidos), dizendo que “isso aconteceu antes dele ser deputado federal” . Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 23/09/1999

PREFEITO QUE SACRIFICOU BODE PARA LIVRAR-SE DE CASSAÇÃO:
CLAILTON MASCARENHAS Prefeito de Feira de Santana, Bahia, acusado de desvio do dinheiro público, ainda usou o dinheiro do município para comprar um bode que teria sido sacrificado num ritual de macumba para livrá-lo do processo de cassação. Fonte: Fantástico - Rede Globo - 26/09/1999 (além de outros jornais e noticiários)

“LOBO TOMANDO CONTA DAS OVELHAS”:
JOSÉ VIRIATO CORREIA LIMA Coronel da PM do Piaúi, e um dos principais chefões do crime organizado no estado (há gravações dele planejando assassinatos). Fonte: Fantástico - Rede Globo - 10/10/1999 (além de outros jornais e noticiários)

FOI APANHADO, SUBORNANDO PARA SE REELEGER:
ERNANI COELHO Ex-deputado do Rio, foi denunciado por oferecer dinheiro para poder se reeleger (existem fitas gravadas provando isso). Fonte: Fantástico - Rede Globo - 24/10/1999

DEPUTADO “PODEROSO CHEFÃO”:
JOSÉ GERARDO ABREU Deputado estadual pelo Maranhão, mandava matar desafetos e usava sua fazenda para contrabando de caminhões roubados. Acusado de ser um dos chefões do crime no estado. Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 28/10/1999

ACUSADOS PELO “SUMIÇO” DE TODA A HERANÇA QUE UM PAI DEIXOU PARA O FILHO (QUE FICOU APENAS COM AS DÍVIDAS!):
ASDRUBAL ZOLA VASQUEZ CRUXÊN Desembargador acusado de ser o responsável pela venda lesiva, com o sumiço de um patrimônio avaliado em US$ 30 milhões, e que resultou na dilapidação de toda a herança do menor Luiz Gustavo Nominato em Brasília. ZENAIDE SOUTO MARTINS Representante do Ministério Público, por improbidade administrativa. ALEXANDRE MENDONÇA DOS SANTOS Funcionário da Vara de Órfãos e Sucessões, atualmente assessor de Cruxên, por corrupção passiva. MARIA DAS GRAÇAS MARTINS LEÃO Advogada, por formação de quadrilha, peculato, estelionato, falsidade ideológica, apropriação indébita, patrocínio infiel e corrupção ativa. JOSÉ ROBERTO LUGON Administrador, acusado de formação de quadrilha, peculato, estelionato, falsidade ideológica, apropriação indébita. ROBERTO JORGE DINO Administrador, por formação de quadrilha, peculato, estelionato, falsidade ideológica e apropriação indébita. FLÁVIO RUBENS TALAMONTE Administrador, acusado por formação de quadrilha, peculato, estelionato, falsidade ideológica e apropriação indébita. UBIRAJARA BARROS TEIXEIRA Administrador, por formação de quadrilha, peculato, estelionato, falsidade ideológica e apropriação indébita. WELINGTON KUHLMANN PEREIRA Inventariante, por formação de quadrilha, peculato, estelionato, falsidade ideológica e apropriação indébita. JOSÉ PUGAN Advogado, por formação de quadrilha, peculato, estelionato, falsidade ideológica, apropriação indébita e patrocínio infiel. ANTONIO CARLOS REIS DE CARVALHO Advogado, por formação de quadrilha, peculato, estelionato, falsidade ideológica, apropriação indébita e patrocínio infiel. ANTONIO LUIZ DA SILVA NEIRA Escrivão e proprietário do Cartório da Vara de Órfãos e Sucessões de Brasília, por extravio de documento. ROGER ALBERT GEORGES BLASER Contador, por falsidade ideológica e estelionato. HILDA MARTINS DE QUEIROZ Contadora, por falsidade ideológica, estelionato, etcl. NELMO LINCOLN CORREA DA SILVA Contador, por falsidade ideológica e estelionato. ANTONIO MARTINS DA SILVA Contador, por falsidade ideológica, estelionato, etc. ALTAIR CARDOSO DUTRA Contador, por falsidade ideológica, estelionato, etc. Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 12/11/1999

OUTRO COM IM(P)UNIDADE PARLAMENTAR:
RONALDO CUNHA LIMA - PMDB / PB Senador que tentou assassinar inimigo pessoal num restaurante de João Pessoa / PB, e não foi processado porque seus “parceiros” no Estado não autorizaram. Outro exemplo da nossa famosa “im(p)unidade parlamentar”. Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 24/11/1999

O IRMÃO DE PC FARIAS:
AUGUSTO FARIAS O comportamento do deputado durante as investigações da morte do irmão PC Farias e da namorada Suzana Marcolino, mais os depoimentos de três testemunhas foram fundamentais para seu indiciamento. Augusto defendeu a tese do crime passional, menosprezando qualquer investigação que pudesse apontar outro caminho e contratou advogados para acompanhar os depoimentos de todos os que estavam na casa na noite do crime. “Não é comum que uma pessoa proteja aqueles que são suspeitos de matar seu próprio irmão”, diz o delegado que cuida da investigação. Uma confidente de PC, as duas irmãs de Elma Farias (mulher do empresário), disseram que, meses antes do crime, Augusto havia se aliado a antigos testas-de-ferro de PC e brigava com o irmão pelo controle do dinheiro do ex-tesoureiro de Fernando Collor, perdido durante sua fuga e prisão. Nesse período de investigação, o deputado procurou desqualificar todos os que se contrapunham à farsa do crime passional, usou sua influência junto ao presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas para tirar da cadeia os quatro seguranças presos preventivamente e teria até tentado corromper o delegado. Augusto é um dos principais alvos da CPI do Narcotráfico. Segundo as investigações da polícia alagoana, em nome do “dinheiro e do poder”, Augusto teria se aliado a antigos testas-de-ferro de PC e tramado a morte do irmão. Entre os investigados pela CPI estão alguns dos mesmos testas-de-ferro do ex-tesoureiro de Collor, caso do empresário de Campinas, Willian Sozza . Fonte: Site da Revista Istoé - www.istoe.com.br - 24/11/1999

OUTRO LUIZ ESTEVÃO:
VALMIR AMARAL - PMDB Caso o senador Luiz Estevão tenha o mandato cassado, a vaga fica para o suplente Valmir, uma figura folclórica de Brasília. Frequentador assíduo das colunas sociais da capital, Amaral é o principal empresário de ônibus da cidade e, como Estevão, amigo pessoal do governador Joaquim Roriz. Mas dedica boa parte de seu tempo à briga com o governo pelo aumento das passagens urbanas. Fonte: Site da Revista Istoé - www.istoe.com.br - 24/11/1999

CO-AUTOR DE ASSASSINATO:
FRANCISCO CAÍCA - PSD Este deputado estadual assumiu, em depoimento à CPI do Crime Organizado, a co-autoria do assassinato de Carlindo Sousa Cunha, funcionário do ex-deputado José Gerardo de Abreu (sem partido). Também admitiu possuir três números de CPF e confessou que sabia antecipadamente dos assassinatos de dois delegados. Fonte: Jornal Hoje - Rede Globo - 02/12/1999 (além de outros jornais e noticiários)
APROVARAM ANISTIA DE MULTAS ELEITORAIS PARA ELES PRÓPRIOS: ÍRIS RESENDE - PMDB / GO GERALDO MELLO - PSDB / RN ROBERTO REQUIÃO - PMDB / PR Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 08/12/1999

“TONINHO MALVADEZA”:
ANTÔNIO CARLOS MAGALHÃES - PFL / BA Em 50 anos, ACM acumulou um patrimônio que supera muito os salários e aposentadorias embolsados por ele nesse tempo. Sua fortuna é pelo menos três vezes maior que a declarada. São bens e empresas que estão sob seu comando e uso, mas registrados em nome de gente de confiança, como o deputado federal Félix Mendonça (PTB-BA), e de seu genro César de Araújo Mata Pires. A mulher do senador, Arlete Maron Magalhães, é sócia de uma empresa e diretora de outra. Ao desapropriar centenas de propriedades ao longo das rodovias que chegam à capital baiana, negociou 25 milhões m², ou 10% do território do município. Acabou acusado por um ex-colega, de manter conluio com os donos de terras, que compravam barato lotes passíveis de desapropriação. Inimigos dizem que a ditadura militar abafou as acusações. As provas, porém, acabariam queimadas em vários incêndios que destruíram documentos oficiais em Salvador depois da gestão de ACM. O Arquivo Público Municipal, que guardava os registros de terras da capital, queimou no final dos anos 60 e no início dos anos 70. Também foi incendiado o prédio dos Tribunais de Contas do Município e do Estado. Por último, o edifício do Ministério Público ardeu em chamas. Coincidências que intrigam. Seus negócios incluíram depois, o jornal Correio da Bahia, em 1978, e a concessão de uma TV nos anos 80, que lhe garantiram a liderança de audiência no Estado e a maior fatia das verbas publicitárias oficiais da Bahia. O império carlista, hoje, é comandado por seu filho Antônio Carlos Magalhães Júnior, suplente do senador e responsável por todos os negócios da família, e por seu genro, César de Araújo Mata Pires. Em 1979, quando Mata Pires já estava casado com Tereza, filha de ACM, seu patrimônio experimentou um crescimento explosivo. Naquele ano comprou três fazendas e logo depois mais cinco. A OAS vendeu a ACM um apartamento com preço bem inferior do mercado. O genro também é sócio na Bahia Par, que administra o complexo empresarial de ACM. E a garantia de alguns favores pessoais, como o uso da casa de 750 m² na Ilha de Itaparica e dos jatinhos da OAS, há anos servindo ACM e sua família. Fonte: Site da Revista Istoé - www.istoe.com.br - 22/12/1999

DEPUTADO NADA “INOCENTE”:
INOCÊNCIO DE OLIVEIRA - PFL / PE Esse deputado (ironia ter o nome “Inocêncio”) disse que: “Esse negócio de discutir se um deputado ganha para trabalhar nas férias (o famoso jeton), e não comparece, é uma coisa menor”. Ele também, há alguns anos, mandou furar poços artesianos em sua fazenda particular, com uma verba federal que era para ser destinada apenas para fazendas de pessoas muito carentes. Fonte: CBS/Tele Notícias - SBT - 18/01/2000

DEFENSORES DO NEPOTISMO:
Políticos que descaradamente justificaram a contratação de parentes, usando uma verba de R$ 20.000 por parlamentar (pagos por nós contribuintes), para contratar seus familiares. * GILVAN BORGES - PMDB / AP Senador - (Mãe e mulher) ARMANDO ABÍLIO - PMDB / PB Deputado - (Mulher, 2 filhas, 3 cunhados e 1 primo) GERSON PERES - PPB / PA Deputado - (2 filhas) Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 08/02/2000 * Dos 12 integrantes de uma CPI para investigar a corrupção no futebol brasileiro, o senador Gilvan Borges foi o único a criticar o relatório. Apresentou um voto em separado e ainda ironizou os outros senadores que tinham prometido votar com ele. Fonte: Site do Jornal Nacional - www.globo.com/jn - 06/12/2001


O SENADOR DO GOLPE DE US$ 13 MILHÕES:
LUIZ OTÁVIO OLIVEIRA CAMPOS - PPB / PA Esse senador no comando da Rodomar, uma empresa familiar especializada em transporte fluvial, coordenou uma fraude que desviou cerca de US$ 13 milhões dos cofres do BNDES. O dinheiro deveria ter financiado a construção de 13 balsas para incrementar o transporte fluvial na região. Deveria, porque a Rodomar, em conluio com o Estaleiro da Bacia Amazônica (Ebal), recebeu a fortuna e não construiu nada. Ele já foi pego em falcatruas anteriormente, mas salvo na época pela famosa “im(p)unidade parlamentar”. Fonte: Site da Revista Istoé - www.istoe.com.br - 16/02/2000

CADA PARENTE NO SEU GALHO:
Políticos e um juíz que empregaram parentes, pagos com dinheiro público (o nosso). MICHEL TEMER - PMDB / SP Deputado - Propôs a oficialização do nepoptismo, com “cotas” para contratações de parentes. JORGE VIANA - PT / AC Governador - (7 primos, 2 tios e 1 cunhado). CELSO RUSSOMANNO - PPB / SP Deputado - (Pai e irmão). ODELMO LEÃO - PPB / MG Deputado - (Mulher e cunhada). THEMÍSTOCLES SAMPAIO - PMDB / PI Deputado - (3 filhos e 1 neta). ANTÔNIO DE PÁDUA RIBEIRO Presidente do Supremo Tribunal de Justiça - (Mulher). Fonte: Revista Veja - 16/02/2000 (Outros políticos citados nesta edição da revista, já estão no site)

PRESIDENTE DA CÂMARA (E DAS PROPINAS):
ARMANDO MELLÃO NETO - PMDB / SP Presidente da Câmara Municipal de S. Paulo, foi denunciado por formação de quadrilha e concussão pelo Ministério Público. Ele seria um dos chefões do esquema de cobrança de propinas de camelôs de uma administração regional que controlava. De acordo com denúncias, a arrecadação chegava a R$ 6 mil por semana e os recursos seriam usados para cobrir gastos de campanha do vereador. Segundo um promotor, Mellão valeu-se do prestígio, após receber do prefeito Celso Pitta o direito de indicar o administrador regional, para organizar um grupo e “impor a particulares, a concessão de vantagens ilícitas”. Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 23/02/2000

LAMA NO VENTILADOR:
TEOTÔNIO VILELA FILHO - PSDB / AL Presidente do partido, o senador entrou na alça de mira da Comissão de Ética por causa de denúncias publicadas pelo jornal Correio Braziliense contra uma instituição que leva o nome do pai do senador, a Fundação Teotônio Vilela, que teria recebido de maneira irregular R$ 4,2 milhões dos cofres do governo do Distrito Federal para o treinamento de 48 mil trabalhadores. GERALDO LESSA Primeiro suplente de Teotônio e presidente da Fundação Teotônio Vilela, foi quem firmou os convênios. Até assumir em janeiro o mandato de senador, não tinha uma fonte formal de renda. Exercia na Fundação um cargo não-remunerado, e disse que seu custeio pessoal foi bancado nos últimos anos por uma assessoria informal que presta ao Maceió Mar Hotel. ROMERO JUCÁ - PSDB / RR Uma fita gravada em que o senador conversa com o diretor administrativo e financeiro da Eletronorte, Valdemar André Johansson, sustenta acusação feita pelo secretário de Agricultura de Roraima, deputado Salomão Afonso de Souza Cruz (PPB). Segundo a denúncia, o diálogo em código entre os dois mostra uma tentativa de desvio de recursos da União destinados a obras da Eletronorte. O único crime nessa história é o grampo ilegal”, contra-ataca Romero Jucá. Fonte: Site da Revista Istoé - www.istoe.com.br - 01/03/2000

DEFENSOR DO “SALÁRIO-MARAJÁ”:
SEVERINO CAVALCANTI - PPB / PE O corregedor da Câmara, que apresentou em 1999, uma emenda para que cada um dos três poderes, fixe o seu próprio salário, disse que “R$ 11,5 mil era muito pouco, para um parlamentar viver com dignidade”. Fonte: Jornal da Record - Rede Record - 08/03/2000 * Obs: Também contratou familiares (2 filhos), pagos com dinheiro público (o nosso). Fonte: Revista Veja - 16/02/2000

DESVIAVA VERBAS PARA ENTIDADE-FANTASMA:
FERNANDO LUPA - PSDB / PE Encaminhou uma verba que os deputados do estado do Pernambuco têm de R$ 20 mil mensais para uma entidade assistencial fantasma, que se provou depois, não existir. Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 20/03/2000

PITTAGATE:
CELSO PITTA - PTN / SP O Ministério Público pediu afastamento do prefeito de São Paulo por causa de várias denúncias (inclusive de sua ex-esposa Nicéa e do filho). Se esquivava da cassação do mandato (inclusive de um processo de impeachment) por seu partido ter a maioria na Câmara. Obteve um “empréstimo” de R$ 800.000 do empresário Jorge Yunes (que descobriu-se mais tarde, foi beneficiado pelo prefeito em seus negócios imobiliários e na contratação de seus parentes pela Prefeitura). Fonte: Jornal da Record - Rede Record - 24/03/2000

DESVIARAM DINHEIRO, DEIXANDO ALUNOS SEM MERENDA NEM CARTEIRAS:
Três ações populares denunciaram fraudes e corrupção na prefeitura de Ouricuri, em Pernambuco. Foram gastos R$ 3 milhões na Educação, mas os alunos da cidade, estavam estudando no chão) por que não havia dinheiro para a compra de carteiras nem da merenda. Suspeita-se de que em 3 anos, desviaram cerca de R$ 10 milhões. Várias empresas “laranjas” (na maioria, de vereadores ou parentes do prefeito) prestavam serviços à prefeitura. Veja abaixo os principais envolvidos. PEDRO GILDEVAN DE MELO - Secretário de Administração e Finanças (e quem manda em Ouricuri, pois seu pai, que é o prefeito, vive viajando e não para na cidade).
FRANCISCO CARLOS MATIAS DOS SANTOS - Presidente da Câmara de Ouricuri, recebia os pagamentos feitos à uma das empresas “laranjas” pela prefeitura EDVALDO DA LUZ Empresário da cidade que usou a própria mãe como “laranja” (ela era proprietária de uma empresa fantasma contratada pela prefeitura). Fonte: Fantástico - Rede Globo - 26/03/2000

DEFENDERAM O NEPOTISMO (CONTRATAÇÃO DOS PRÓPRIOS PARENTES):
JOSÉ ÍNDIO (ZÉ ÍNDIO) - PMDB / SP Deputado federal. GILBERTO NASCIMENTO - PMDB / SP Deputado estadual. Fonte: Programa Paulo Lopes na TV - Rede Bandeirantes - 27/03/2000

RECORDISTA DE CASSAÇÕES:
JOSÉ CARLOS TARDELLI - PFL / SP Prefeito de Itapetininga (SP), recordista de processos de cassação (já sofreu quatro) e continua no cargo graças à liminares. Fonte: Programa Paulo Lopes na TV - Rede Bandeirantes - 27/03/2000

PREFEITOS CASSADOS:
EDSON LUÍZ VIEIRA - PFL / SP Ex-prefeito de Monções (SP) foi preso, acusado de ter mandado matar seu antecessor no cargo. FERNANDO BARBOSA - PSDB / SP Prefeito de Barbosa (SP) foi cassado duas vezes, por falta de decoro, mas obteve liminares para voltar à prefeitura. CARLOS COLOMBO - PSDB / SP Ex-prefeito de Tapiraí (SP) foi afastado pela Câmara e cassado. Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 27/03/2000

GIGANTESCO ESQUEMA DE CORRUPÇÃO EM CÂMARA DE CARIACICA:
Vereadores de Cariacica, no Espírito Santo, foram presos e outros eram procurados pela Polícia, após terem sido denunciados por participação num esquema de corrupção. Foi determinada a prisão preventiva dos parlamentares e outros envolvidos. O material foi encaminhado para os promotores pelo Jornal A GAZETA, que teve acesso à farta documentação sobre o esquema de corrupção desenvolvido naquele município. Para apresentar os documentos à Justiça, eles quebraram o sigilo bancário dos vereadores e demais envolvidos no esquema e acrescentaram uma vasta documentação à matéria. Os vereadores nomearam vários assessores fantasmas ou “laranjas”, que não trabalhavam e não recebiam, e se apropriavam dos seus vencimentos. Ao serem nomeados, assinavam uma autorização de débito em conta corrente para transferência às contas dos respectivos vereadores aos quais estavam vinculados. As irregularidades na prefeitura, supostamente eram comandadas pelo então prefeito Dejair Cabo Camata. Réu em cerca de 40 processos, Camata, que morreu em um acidente de carro, era acusado de improbidade administrativa, calúnia e obstrução da Justiça, formação de quadrilha, porte ilegal de arma, entre outros. Com o seu advogado, Vicente Paulo da Silva, ele sumiu com dois processos de calúnia e difamação. Um desses processos teria sido roubado junto com o carro do advogado, depois de ele ter retirado os documentos do Tribunal de Justiça. Os envolvidos no esquema são: ROGÉRIO SANTÓRIO - PMDB Presidente da Câmara ILMA CHRIZÓSTOMO SIQUEIRA - PMDB Presidente da Comissão de Justiça ADEILSON CABRAL - PMDB VANDER LIMA RUBERT - PDT MILTON LOPES RUBIN - PSB MARCOS ARAÚJO - PSDB (Mudou de partido, e foi para o PHS) JOEL GABRIEL PEROVANO - PFL JOSÉ DA ROCHA - PFL Segundo secretário da Mesa JOCELINO MIGUEL - PSC/PL Vice-presidente da Mesa ALDO REZENDE - PDT EDSON “BORRACHA” RIBEIRO DA COSTA - PPB Pastor VALMIR QUEIROZ PINTO - PMN ADMILSON JOSÉ SIQUEIRA - PTB DAISE COELHO SANTÓRIO Mulher do presidente da Câmara, Rogério Santório HELENA PEREIRA DO NASCIMENTO Funcionária pública GESSY SIQUEIRA Marido da vereadora Ilma Chrizóstomo MARIA ISABEL COELHO VIEIRA Cunhada do presidente da Câmara, Rogério Santório Fonte: Site do Jornal A Gazeta - www.redegazeta.com.br/jornalagazeta/ - 30/03/2000 * Obs.: Houve pouco tempo depois um incêndio, que se descobriu ser criminoso, no Fórum de Cariacica, e que guardava as provas dos crimes Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 09/06/2000).

DESVIO DE MAIS DE R$ 130 MILHÕES:
REYNALDO DE BARROS / SP Secretário de Obras e presidente da Emurb, na gestão do prefeito Paulo Salim Maluf na prefeitura de São Paulo (1993 à 1996) , foi denunciado por um ex-gerente de uma das empreiteiras contratadas na época, e que provou através de documentos, que as obras foram super faturadas (em mais de 400%). Para se ter uma idéia do rombo, o m² do túnel Airton Senna custou mais que o dobro do EuroTúnel, que liga por debaixo do mar (Canal da Mancha) a Inglaterra à França. Calcula-se que a Prefeitura teve um prejuízo de cerca R$ 2 bilhões, e que mais de R$ 130 milhões foram para o bolso de Maluf e de Reynaldo de Barros. Maluf gabava-se de que suas contas na Prefeitura, foram aprovadas pelo Tribunal de Contas de São Paulo, mas, não disse que a maioria dos integrantes (muito bem pagos) deste tribunal, foram nomeados pelo próprio Maluf e pelo seu afilhado político na época, Celso Pitta. Estes funcionários do Tribunal de Contas, não souberam explicar porque aprovaram as contas super faturadas de Maluf. Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 12/04/2000

“TUDO EM FAMÍLIA”:
ANTÔNIO CASEMIRO BELINATI - PFL / PR Prefeito de Londrina, no Paraná, e pai do deputado Antônio Carlos Belinati, foi denunciado pelo Ministério Público, do desvio de cerca de R$ 16 milhões dos cofres públicos (há denúncias também da compra de juízes). ANTÔNIO CARLOS BELINATI - PSB / PR Depois da apreensão de documentos na casa do empresário Carlos Zavierucha, coordenador financeiro da campanha de Belinati, eleito deputado estadual, as suspeitas de desvio dos cofres de Londrina podem chegar a R$ 200 milhões, segundo um diretor de uma autarquia usada para a fraude. Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 15/04/2000

FRAUDES EM MAIS DE 1.000 LICITAÇÕES:
ODIR ROCHA - PDT / TO Prefeito de Palmas, no Tocantins, foi denunciado por fraudes mais de 1.000 licitações. Estima-se que o município tenha tido um prejuízo aproximado de R$ 15 milhões, nas transações feitas entre empresas (a maioria fantasmas) que super faturaram materiais e serviços para a prefeitura (que aprovara os valores). Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 18/04/2000

VOTARAM CONTRA OU SE ABSTIVERAM DE VOTAR A INVESTIGAÇÃO DE FRAUDES NA PREFEITURA DE SÃO PAULO:
MIGUEL COLASUONNO - PMDB / SP Vereador que votou contra a investigação. (Documento anônimo recebido pelo Ministério Público com os nomes, telefones e endereços de vereadores da base governista que receberiam mesadas para aprovar os projetos de interesse da prefeitura. Em forma de código, o documento aponta as datas e as quantias entregues a cada um desses De acordo com o papel ele teria recebido R$ 425 mil. Só em um mês (dezembro) teria recebido R$ 100 mil. Colasuonno participou da Comissão de Finanças que analisou o projeto do Orçamento municipal, votado em coincidentemente em dezembro - Revista Istoé, edição nº 1592). EMÍLIO MENEGHINI - PPB / SP Se absteve, ajudando o prefeito Celso Pitta. Outros vereadores que votaram contra a investigação como: Wadih Mutran e Brasil Vita ; ou que quiseram se abster: Archibaldo Zancra, Viviani Ferraz, José Izar, Osvaldo Enéas, Cosme Lopes, Dito Salim, Edivaldo Estima e Mario Dias; ou que alegaram que estavam com “problemas de saúde” e não votaram, e outros que tentaram impedir a votação, “estranhamente” são os mesmos que também não quiseram investigar o caso da corrupção dos fiscais. Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 19/04/2000 (além de outros jornais e noticiários)

“BARBALHIDADES”:
JADER BARBALHO - PMDB / PA O líder do partido foi acusado pelo presidente do Senado, de uso de violência quando era governador para desapropriar irregularmente o garimpo Castelo dos Sonhos e de ter se beneficiado de recursos desviados por homens de sua confiança por intermédio da Sudam e do Banco do Estado do Pará (PANPARÁ). Foi acusado, ainda, de ter se beneficiado de licitações fraudulentas com a participação de um “pequeno empresário da construção civil”. Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 28/04/2000

ASSALTO ÀS CRIANÇAS:
RONALDO LAGES Prefeito de Nossa Senhora dos Remédios, no Piauí, com apenas 1.600 estudantes, e que anunciou a compra de 60.000 cadernos (quase 40 por criança). Descobriu-se ainda, que a fatura era de uma empresa fantasma. Fonte: Revista Veja - 03/05/2000

ESCÂNDALO DOS PRECATÓRIOS:
WAGNER BAPTISTA RAMOS Ex-coordenador da dívida pública municipal, também é co-réu nos processos contra Maluf. Considerado o inventor da fórmula para turbinar o valor dos precatórios, é acusado de trabalhar ao mesmo tempo para a prefeitura e para uma das instituições que mais lucraram com a compra e a venda dos títulos, o banco Vetor. PAULO AFONSO VIEIRA Governador de Santa Catarina entre 1994 e 1998, patrocinou a emissão de papéis que renderam mais de 600 milhões de dólares, embora o Estado não tivesse um único centavo de dívida judicial a pagar. Em 1997, escapou da cassação, em votação na Assembléia Legislativa catarinense, porque faltaram dois votos para aprovar o pedido de impeachment. DIVALDO SURUAGY Governador de Alagoas por ocasião da farra dos precatórios, foi de todos os envolvidos o mais rapidamente punido, ao menos no campo político. Ainda em 1997, não conseguiu honrar uma dívida de pouco mais de 100 milhões de reais, contraída com o lançamento irregular de papéis. O Estado sofreu, então, uma intervenção branca do governo federal, que nomeou secretários e proibiu o governador de autorizar despesas. Com salários atrasados, os funcionários estaduais promoveram uma rebelião comandada pela PM e Suruagy teve de renunciar ao cargo. MIGUEL ARRAES Ícone da esquerda e dono de biografia até então inatacável, governava Pernambuco pela terceira vez quando autorizou a emissão de mais de 400 milhões de dólares em títulos para o pagamento de dívidas inexistentes. Seu secretário de Fazenda na época era o neto Eduardo Campos, o “Dudu Beleza”, que chefiou o lançamento dos papéis. Outros envolvidos são Paulo Maluf e Celso Pitta (Veja mais nesta página). Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 05/05/2000

A COMPRA DE VOTOS DA REELEIÇÃO DE 97:
Em maio de 1997, a emenda constitucional que autorizaria o presidente, os governadores e os prefeitos a disputar a reeleição já tinha sido aprovada na Câmara e aguardava pela votação no Senado. Veio a público então a gravação de uma conversa na qual os deputados Ronivon Santiago e João Maia, ambos do Acre, confessavam ter recebido R$ 200 mil para votar a favor da emenda. Segundo eles, o deputado Pauderney Avelino, do Amazonas, e o então presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães, eram os intermediários das negociações. De acordo com a denúncia, tudo era fechado com o então ministro das Comunicações, Sérgio Motta, amigo de Fernando Henrique Cardoso e principal articulador político do presidente. Cabia aos governadores do Amazonas, Amazonino Mendes, e do Acre, Orleir Cameli, efetuar o pagamento. Na conversa registrada na fita, Ronivon dizia que mais três parlamentares (Osmir Lima, Chicão Brígido e Zila Bezerra, todos de estados da região Norte) tinham vendido seus votos. Veja abaixo, os principais envolvidos. RONIVON SANTIAGO / AC O deputado do Acre negou inicialmente que não era a sua voz na gravação. Alguns dias depois, confirmou que era ele, mas disse que tudo não passara de uma brincadeira. Declarou até que lucraria politicamente com as denúncias, pois apareceria na TV e nos jornais. Expulso do PFL e com a certeza de que seria cassado, renunciou uma semana após a divulgação das denúncias e não tentou a reeleição. PAUDERNEY AVELINO / AM Deputado do Amazonas, seria um dos intermediários. JOÃO MAIA / AC Na época do escândalo, já tinha sido filiado a nove legendas, incluindo PT e o PFL. Também renunciou ao mandato de deputado e não tentou voltar para a Câmara. AMAZONINO MENDES - PFL / AM A denúncia da compra de votos foi apenas mais uma na extensa lista de escândalos do governador. Mais interessado no controle político da Zona Franca de Manaus, pouco se abalou com o caso. Foi reeleito e voltou a reinar no Amazonas. ORLEIR CAMELI / AC Com longa ficha criminal, o ex-governador do Acre escapou ileso ao escândalo da compra de votos, mas desistiu de tentar a reeleição. Em 1999, foi apontado como integrante do cartel da droga no estado, caso hoje em investigação por uma CPI. NARCISO MENDES Ex-deputado constituinte, foi identificado como o autor das gravações. Muitos acreditam que gravou as fitas para se vingar do governo federal, que promovera uma devassa fiscal em suas empresas, deixando-o com dívidas de 25 milhões de reais. Para outros, a iniciativa foi motivada por sua amizade com Paulo Maluf. Narciso, que fez fortuna aliando-se a governadores para conseguir obras públicas, já chegou a subir na mesa da Assembléia Legislativa do Acre com uma arma no coldre para ameaçar colegas. Também está sendo investigado pela CPI do Narcotráfico. OSMIR LIMA - PFL Deputado e braço direito do ex-governador Orleir Cameli, já apresentou um projeto propondo a devolução do Acre à Bolívia, disputou a reeleição, mas perdeu. CHICÃO BRÍGIDO Filho de seringueiros, tentou se eleger governador do Acre. ZILA BEZERRA - PFL Dos deputados envolvidos no escândalo, foi a única que conseguiu a reeleição, tornando-se deputada pelo PFL. Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 05/05/2000

O ROMBO DO BANESPA:
ORESTES QUÉRCIA Governava o Estado no início do período investigado pelo Banco Central. Foi o responsável por antecipações de receitas orçamentárias, procedimento pelo qual o Banespa adiantava ao Tesouro paulista o dinheiro de impostos, cobrindo buracos no orçamento estadual para a quitação de dívidas com empreiteiras. Tais operações custaram ao banco 600 milhões de dólares. LUIZ ANTÔNIO FLEURY FILHO Sucessor de Quércia, intercedeu pessoalmente para que o Banespa concedesse empréstimos a empresas sem condições de honrar seus compromissos. Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 05/05/2000

ESQUEMA DOS ANÕES DO ORÇAMENTO:
JOÃO ALVES Ex-deputado, era o líder dos anões. Comprava a cumplicidade de José Carlos com presentinhos de até 300 000 reais. Na CPI, apresentou uma justificativa antológica para a fortuna que tinha acumulado: alegou que era um homem de muita, muita sorte e ganhara dezenas de vezes na loteria. Renunciou ao mandato de deputado antes de ser julgado, escapando da cassação e da perda dos direitos políticos. Mora atualmente em Salvador, onde tem muitos imóveis. JOSÉ CARLOS ALVES DOS SANTOS Reuniu um patrimônio de mais de dois milhões de dólares. Preso e condenado pela morte da mulher, Ana Elizabeth Lofrano dos Santos, chegou até a tentar o suicídio na cadeia. Cumpre pena em regime semi-aberto. JOSÉ GERALDO RIBEIRO Deputado do PMDB mineiro, era mais conhecido como “Quinzinho”, numa referência ao percentual que costumava cobrar de propina. Enviava dinheiro para oito entidades assistenciais por ele controladas. Também foi cassado. GENEBALDO CORREIA Líder do PMDB na Câmara, e o primeiro a adotar o expediente de renunciar antes do julgamento. Teve seus bens seqüestrados pela Justiça e respondeu por crime de improbidade administrativa. Tentou ser candidato a deputado estadual em 98. MANOEL MOREIRA Além de ser apontado por José Carlos como um dos anões, contou com um empurrão extra da ex-mulher, que foi à CPI revelar suas falcatruas. Não conseguiu explicar o movimento de 3 milhões de dólares em suas contas. Também renunciou antes da cassação. Tentou a candidatura a deputado estadual pelo PMDB paulista em 1998. Lançou na vida pública a vereadora Maeli Vergniano, envolvida no escândalo da máfia dos fiscais da prefeitura de São Paulo. Foi expulso da igreja em que era pastor. RICARDO FIÚZA Ministro da Ação Social no governo Collor, era um dos deputados mais poderosos do Congresso. A CPI descobriu que, no período em que chefiou a Comissão de Orçamento, beneficiou uma fazenda sua com verbas federais. Mesmo assim, escapou da cassação. Mais tarde, ficou provado que havia manipulado documentos da Caixa Econômica Federal para se livrar da acusações da CPI. Elegeu-se deputado pelo PFL pernambuano. RAQUEL CÂNDIDO Deputada por Rondônia, foi acusada de se apropriar de US$ 800 mil destinados a subvenções sociais e tentou o suicídio duas vezes. Acabou sendo cassada. Em outubro do ano passado, foi presa em Brasília sob acusação de espancar e tentar matar a tiros a dona de casa Raimunda dos Santos. O motivo da briga: uma dívida de R$ 2.500. Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 05/05/2000

A TURMA DO CHUVISCO NO RIO:
A maior parte dos acusados no Rio de Janeiro, de firmar contratos sem licitação, favorecer empresas em concorrências públicas e fazer parte da “banda podre” da polícia, trabalha com o governador do Rio desde os tempos em que ele era prefeito de Campos. O grupo conhecido como Turma do Chuvisco, numa referência a um doce de ovo típico da cidade. ANTÔNIO OLIBONI Era secretário de Justiça e sócio de um escritório de advocacia que tem como uma de suas especialidades contestar dívidas cobradas pelo Estado. Ao entrar para o governo, desligou-se formalmente da banca, mas não parou de freqüentar a firma, onde trabalha sua mulher. Na carteira de clientes do escritório figurava a Brasal, empresa cujo contrato para fornecimento de quentinhas a penitenciárias foi prorrogado sem licitação. CARLOS AUGUSTO SIQUEIRA Era presidente da poderosa Empresa de Obras Públicas, sucessora da Secretaria de Obras e dona de um caixa milionário. Em gravação de 1994 entregue à Justiça, Siqueira negociava o superfaturamento de um show em comemoração ao aniversário de Campos. EDUARDO CUNHA Mesmo sem nenhuma afinidade política aparente com o governador, foi nomeado para a presidência da Companhia Estadual de Habitação (Cehab), que controla as verbas destinadas à construção de casas populares. Filiado ao PPB, tinha comandado a Telerj no governo Collor, por indicação de PC Farias. É acusado de favorecer a empreiteira Grande Piso, vencedora de concorrências consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado. Além disso, Cunha está sob suspeita de ter montado em cartórios um esquema de arrecadação de propinas para o registro de casas populares. Foi afastado do cargo. PAULO GOMES DOS SANTOS FILHO Coronel-bombeiro, ocupava a Secretaria de Defesa Civil e tinha entre suas atribuições regulamentar serviços de combate a incêndio em prédios e apartamentos. Sua mulher, Maria Zélia Silva Nascimento, é dona do grupo Sermacol, que tira a maior parte de seu faturamento justamente da montagem de sistemas de segurança contra incêndio. Gomes pediu demissão. RANULFO VIDIGAL Presidia a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos, encarregada de fiscalizar e controlar os serviços privatizados no Estado. Tinha sido prefeito de São João da Barra, cidade vizinha a Campos, e perdera o cargo em 1996, cassado por corrupção. É acusado de acobertar um esquema que achacava empresas em troca do andamento de processos na agência. Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 05/05/2000

A MÁFIA DA PREVIDÊNCIA:
JORGINA MARIA DE FREITAS Advogada, é a personagem mais conhecida da máfia da Previdência. Conseguiu embolsar sozinha cerca de 100 milhões de dólares com ações fraudulentas. Condenada logo no início da investigação, fugiu do país. Iniciou-se, então, uma caçada internacional – com escala nos Estados Unidos, Nicarágua e Costa Rica, onde a criminosa acabou presa e foi extraditada em 1997. Antes de ser capturada, porém, tentou um acordo estranho com a Justiça brasileira: topava entregar-se, desde que pudesse ficar com 1 milhão de dólares. Hoje, Jorgina, que passa os dias na Companhia Especial de Policiamento de Trânsito, no Rio de Janeiro, ainda responde a processo por formação de quadrilha e peculato (apropriação de bens públicos). ILSON ESCÓSSIA DA VEIGA Outro advogado da quadrilha. Em apenas oito meses de atividades ilegais, conseguiu arrancar da Previdência cerca de 120 milhões de dólares. Seu patrimônio contabilizava 48 imóveis, vinte linhas telefônicas, quatro lojas e, acreditem, meia tonelada de ouro. Em primeira instância, foi condenado a catorze anos de prisão. Cumpre a pena em regime semi-aberto. Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 05/05/2000

A MÁFIA DOS BINGOS:
MARCO CHEDID Ex-deputado, teve um mandato apagadíssimo, lembrado apenas pela participação na CPI dos Bingos. Depois de lutar com insistência pela instalação da CPI, foi acusado de receber dinheiro para facilitar a vida dos proprietários de bingo investigados pela comissão. Concluiu o seu mandato sem ter sido punido pelas acusações. LUIZ ANTÔNIO BUFFARA Era o homem de confiança de Rafael Greca na administração do Indesp. É acusado de transformar o instituto num balcão de negócios para empresários do bingo. Em dois anos de sua gestão, foram arrecadados só 3,4 milhões de reais das casas de jogo de São Paulo, estado que registra o maior número de bingos. Este valor corresponde a apenas 2,3% do total arrecadado no país. MARIA TERESA CASTRO Ocupava o posto de secretária-executiva, o segundo mais importante do Ministério de Esportes e Turismo. Foi acusada de ter pressionado o ex-presidente do Indesp, Manoel Tubino, a assinar a portaria 23, que disciplinou o funcionamento de máquinas caça-níqueis em casas de bingos. Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 05/05/2000

A PROPINA DE MAGRI:
ANTÔNIO ROGÉRIO MAGRI O governo Collor começou a desmoronar no início de 1992, com o aparecimento dos primeiros casos de corrupção. Um dos mais conhecidos envolveu o então ministro do Trabalho e da Previdência Antonio Rogério Magri, o imexível. Numa fita gravada pelo, na época diretor de Arrecadação e Fiscalização do INSS, Magri admitia ter recebido uma propina de 30 000 dólares para facilitar a liberação de recursos do FGTS de uma empresa para uma obra no Acre, em 1991. “O cara veio aqui e me deu 30 000 dólares. Me deu. Caiu do céééu!”, dizia o ministro, na gravação. Os 45 minutos de diálogo deixavam claro que o ministro tentaria usar o cargo para fazer novas negociatas e pretendia envolver o diretor no esquema. Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 05/05/2000

ROUBALHEIRA EM SÃO PAULO:
CARLOS AUGUSTO MEINBERG Secretário municipal de governo, foi apontado por Nicéa Pitta como responsável pelas negociações com os vereadores. Segundo ela, Meinberg realizou os pagamentos para que as investigações fossem interrompidas. Outros envolvidos são Paulo Maluf, Celso Pitta, Maria Helena Fontes, José Izar, Maeli Vergniano, Vicente Viscome, Hanna Gharib, e Paulo Roberto Faria Lima e Armando Mellão. Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 05/05/2000

ESQUEMA DE NOTAS FRIAS:
Funcionários da Prefeitura de Ponta Grossa, no Paraná, exigiam que para o pagamento de empresas que tinham dívidas à receber da Prefeitura, estas tivessem que declarar notas frias (que eram fornecidas pela Prefeitura, e já assinadas pelo prefeito. Gravações feitas com uma câmara escondida, mostraram os funcionários cobrando as propinas). JOCELITO CANTO Prefeito da cidade, e quem assinava as notas frias. JUAREZ SCHWAB Funcionário da Secretária de Obras, que “fabricava” requisições de materiais, que eram usados para justificar os pagamentos. PEDRO SEBASTIÃO Chefe do gabinete, fornecia as notas e fazia as propostas. MARCOS COSMOSK Gerente do Fundef (Fundo que destina verbas da União para os os municípios usarem na Educação). MARCOS BORCNIA Administrador da Arrecadação de Impostos da cidade. Disse que o empresário só receberia seu pagamento, se “rolasse uma grana por fora”. Fonte: Fantástico - Rede Globo - 07/05/2000

DEFENDERAM O DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA:
Parlamentares da bancada ruralista (fazendeiros e donos de madeireiras) no Gongresso, que aprovaram um projeto de lei que altera a redação do atual código florestal. Com esta mudança, a área de reserva legal na Amazônia cairia de 80% para 20%. Na área de cerrado, o percentual de áreas de reserva cai de 35% para 20%, e de 20% para zero em áreas como o Pantanal. MOACIR MICHELETTO - PMDB / PR Deputado federal que apresentou um substitutivo à medida provisória que altera a redação do atual código florestal. LUDIO COELHO - PMDB / MS Senador (que tem fazenda na região de Mato Grosso do Sul) defendeu o relatório aprovado na comissão que analisou alterações no Código Florestal Brasileiro. Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 10/05/2000

O ESQUEMA PC FARIAS:
FERNANDO COLLOR DE MELLO Queria ficar no poder por mais de uma década. Terminou o mandato antes do tempo, rejeitado pelos eleitores (que foram às ruas pedir seu afastamento) e com os direitos políticos suspensos por oito anos. Desmoralizado, foi viver em Miami, onde curtiu um exílio açucarado. Com a aproximação do fim de seu período de suspensão, voltou ao Brasil e ao noticiário. A bordo do obscuro Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), ameaça disputar a prefeitura de São Paulo nas eleições de outubro. Precisa convencer a Justiça Eleitoral, que até agora considerou irregular a mudança de seu domicílio eleitoral de Maceió para São Paulo. PAULO CÉSAR FARIAS (PC) Depois da queda de Collor, mandou os filhos estudar na Suíça e manteve um padrão de vida invejável, à custa da fortuna acumulada nos bons tempos da República de Alagoas. Condenado a sete anos de prisão por falsidade ideológica e sonegação fiscal, PC fugiu do país e passou meses escondido. Localizado pela polícia na Tailândia, foi trazido de volta ao Brasil, onde cumpriu dois anos da prisão. Ao conseguir liberdade condicional, tentou recomeçar os negócios. Numa manhã de junho de 1996, foi encontrado morto a tiros em sua casa de praia, ao lado da namorada, Suzana Marcolino. O crime até hoje não foi esclarecido. ROSANE COLLOR A ex-primeira-dama foi acusada de desviar verbas públicas e ganhou fama de esbanjadora. Certa vez, comentava-se em Brasília torrou 34.000 mil dólares numa loja de roupas em Nova York. “A madame está gastando demais”, queixava-se PC, que abastecia a conta bancária de Rosane com depósitos esporádicos. Rosane é acusada de desvio de verbas públicas no período em que presidiu a Legião Brasileira de Assistência, entre 1990 e 1991. Um dos escandalos protagonizados por Rosane foi a emissão de dinheiro para a fundação fantasma Pró-Carente de Canapi, sua cidade natal, em Alagoas. Descobriu-se mais tarde que a fundação tinha como endereço a casa da mãe de Rosane. Rosane ainda é acusada de gastar 18.000 dólares numa festa para sua assessora pessoal e amiga Eunícia Guimarães e de superfaturar a compra de alimentos. Estima-se que cerca de 16 milhões de dólares tenham sido desviados e embolsados pelo grupo de Rosane. CLÁUDIO VIEIRA Secretário particular de Collor, sabia de todas as falcatruas do esquema PC e tentou inocentar o chefe até o fim. Foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal dos crimes de corrupção passiva, coação de testemunhas, suborno e supressão de documentos. Hoje, mantém um escritório de advocacia em Brasília, cujo único cliente é ele mesmo. ZÉLIA CARDOSO DE MELLO Ministra da Economia, foi a responsável pelo confisco da poupança, e a mulher mais poderosa da história da República. Condenada em primeira instância a 13 anos de prisão por ter recebido dinheiro no esquema PC para reajustar preços durante o congelamento imposto pelo Plano Collor. Disse que recorreria da sentença. Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 25/05/2000

FUJÕES DAS SESSÕES DA CÂMARA DE SANTOS:
Vereadores de Santos/SP que interromperam várias sessões (realizadas apenas 2 vezes por semana). Para que uma sessão seja realizada é preciso que pelo menos 11 vereadores permaneçam em plenário. A tática dos vereadores, que procuram tornar inviável a sessão, é manjadíssima: combinam tudo antes e se retiram juntos. Todos os fujões, como ficaram conhecidos, fazem parte do bloco de sustentação do prefeito. Houve uma sessão que durou apenas 2 minutos. Os vereadores se retiraram do plenário, impedindo o prosseguimento da sessão, onde seriam votados pedidos de abertura de Comissões Especiais de Inquérito (uma para apurar o escândalo dos remédios jogados no lixo, por estarem com prazo de validade vencido, e outra para apurar irregularidades na contratação de professores. Os “fujões”, que trabalhando ou não, receberam o seu salário mensal, em torno de R$ 4.000 foram: JOSÉ LASCANE - PPB / SP MANOEL CONSTANTINO - PMDB / SP MARINALDO MONGON - PTB / SP MARIVALDO AGGIO - PPB / SP SÉRGIO BONAVIDES - PPB / SP Fonte: Site do Jornal da Orla (Santos/SP) - www.jornaldaorla.com.br - 28/05/2000

DEPUTADO AFASTADO PELA CPI DO NARCOTRÁFICO:
EUDO MAGALHÃES - PFL / PE A Assembléia de Pernambuco acatou pedido da CPI do Narcotráfico e cassou o mandato do deputado estadual, por falta de decoro parlamentar. Ele é acusado também de envolvimento com o crime organizado e de ter mentido à CPI. Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 08/06/2000

OU VOTAVAM NELE OU SOFRERIAM AS CONSEQUÊNCIAS:
JOÃO DE MELO ELEUTÉRIO / PR Prefeito de Marquinhos, no Paraná, denunciado pelo Ministério Público de ameaçar eleitores da região para que votassem nele. Os policiais encarregados da prisão enfrentaram jagunços armados que tentaram evitar a captura. Foram encontradas várias armas e munições guardadas nas dependências do prefeito. Fonte: Jornal da Band - Rede Bandeirantes - 09/06/2000

“SALÁRIO-DEPUTADO”:
PETERSON PRADO - PPS / SP Ex-assessores do deputado estadual de São Paulo, denunciaram que Peterson obrigava-os, sob pena de demissão, de depositarem até 70% de seus salários na conta dele. Foram apresentados os depósitos bancários, onde comprovava-se as transferências que os assessores eram obrigados a fazer. Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 09/06/2000

MÁFIA NO AMAPÁ:
A CPI do Nárcotráfico descobriu o envolvimento de autoridades de Macapá, no estado do Amapá, em um esquema de tráfico de drogas e super faturamentos. FRAN JUNIOR / AP Deputado e presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Amapá, tinha 430 assessores fantasmas. Foi descoberto que a pista do aeroporto particular em sua fazenda (que desconfia-se, construída para recepção de drogas do exterior), foi paga com um cheque da Assembléia (assinada por Fran). Numa gravação de video, Fran dizia: “Quem não vir para o meu lado por amizade, virá por dinheiro”, numa alusão aos deputados que tentariam depois, fazer o impeachment do governador do Amapá que estava tentando acabar com a máfia no estado. MARGARETH SALOMÃO Presidente do Tribunal de Contas do estado do Amapá (e irmã do deputado Jorge Salomão) foi acusada pela Corregedoria do Ministério Público do Estado, de super faturar serviços nunca feitos pelo Jornal Amapá Estado (que já fechou). Suspeita-se que em 3 anos, foram gastos aproximadamente R$ 4 milhões. SILVIO ASSIS Dono do Jornal Amapá Estado, também envolvido no esquema. Fonte: Fantástico - Rede Globo - 02/07/2000

PREFEITO CASSADO EM SÃO PAULO:
LONGINO DE LIMA Prefeito de Cajati, em São Paulo cassado depois de ser investigado por 3 meses, por acusações em várias irregularidades, como a de falta de controle da dívida pública, superfaturamento em obras com o dinheiro do estado etc. Fonte: Site do Jornal A Tribuna (Santos/SP) - www.atribuna.com.br - 03/07/2000

JUÍZ DE VALENÇA LIBERTA CÚMPLICE DE “BOCA RICA”:
JORAN EUSTÁQUIO DA SILVA O juiz da Vara Crime de Valença (BA), Joran, voltou a aprontar no caso do ex-prefeito de Tancredo Neves, Aurelino Rocha de Matos, o “Boca Rica”. Revogou a preventiva e ordenou a soltura do pistoleiro Vítor de Jesus, acusado de ter participado, ao lado de Narciso dos Santos Rocha, o Carango, e do próprio “Boca Rica”, do assassinato do comprador de palmito Lourenço Barbosa Ladislau, o “Licinho”, e tentativa de morte contra um outro, crimes ocorridos no dia 6 de abril de 1995 na localidade de Serra do Sal, povoado do município. O magistrado, que está sob investigação da Corregedoria do Tribunal de Justiça por conta da acusação de ter recebido dinheiro para tirar “Boca Rica” da cadeia, produziu uma pérola digna do anedotário do Judiciário para justificar a soltura. Ele declara que fez até uma avaliação médica no “paciente”. Vítor pediu a revogação da preventiva alegando estar doente e, “embora tenha merecido a atenção de todos os policiais”, temia pelo agravamento do estado de saúde. “São coisas como essa que deixa a Justiça numa situação muito constrangedora”, lamentou um promotor da Comarca de Valença, assinalando que a liberação “desmoraliza o trabalho das autoridades”. No processo, Vítor de Jesus é apontado como a pessoa que ficou o tempo todo apontando um fuzil AR-15 para um cidadão, testemunha do assassinato de “Licinho”, enquanto Aurelino, Carango e outro homem não-identificado espancavam ele com pedaços de pau dizendo que iam matá-lo.A testemunha conseguiu fugir. Os implicados foram acareados e confirmaram o fato, mas mesmo assim “Boca Rica” já foi visto em Tancredo Neves circulando ao lado de Vítor. Fonte: Site do Jornal A Tarde - www.atarde.com.br - 09/08/2000

TENTOU SUBORNAR ADVERSÁRIOS POLÍTICOS:
WILLIAN DIB - PSB / SP Candidato a vice prefeito, na cidade de São Bernardo do Campo (SP), teve conversas gravadas, em que oferecia dinheiro para candidatos da oposição, para que estes deixassem de concorrer nas eleições para vereadores. Fonte: Jornal Band Cidade - Rede Bandeirantes - 06/09/2000

POVO PROTESTA CONTRA RESULTADO DAS ELEIÇÕES EM VALENÇA:
RAMIRO QUEIRÓZ - PFL / BA Inconformada com a eleição do empresário Ramiro para prefeito, acusado de praticar irregularidades no processo eleitoral, como distribuição de cestas básicas, abuso do poder econômico e uso da máquina administrativa, a população de Valença (BA), saiu às ruas, no último final de semana, para protestar. Portando faixas de protesto, as pessoas decidiram pedir agilidade no julgamento das ações propostas pelo Ministério Público contra o prefeito eleito, inclusive denunciando publicamente o gestor atual, Agenildo Ramalho, por perseguir funcionários municipais, demitindo aqueles que não votaram em Ramiro Queiroz. Segundo informações dos manifestantes, 140 funcionários públicos já foram demitidos da prefeitura. A eleição de Ramiro Queiroz por apenas 33 votos de diferença contra o segundo lugar, causou insatisfação nos moradores da cidade. “A eleição aqui foi injusta e desequilibrada. Os funcionários municipais foram perseguidos, distribuíram cestas básicas, botijões e deram dinheiro ao povo humilde, ou seja, compraram votos. Nós temos certeza que esses 33 votos serão de arrependimento, porque Valença vai amargar quatro anos de esquecimento, pois esse empresário só trabalha em proveito próprio”, desabafou um funcionário demitido da prefeitura que não quis se identificar por medo de represálias. Uma participante do movimento ficou detida por 10 horas na delegacia local por ordem do juiz eleitoral da Comarca de Valença, Joran Eustáquio da Silva. Segundo a delegada de plantão, que efetuou a prisão da manifestante, o próprio juiz registrou a ocorrência. “Eu só fiz cumprir uma ordem judicial. O juiz veio pessoalmente à delegacia, fez a ocorrência e pediu que a vítima ficasse na delegacia à disposição dele por ela tê-lo ofendido moral e publicamente”, informou a delegada. A cabeleireira só foi liberada após a intervenção de um vereador, que foi até a residência do juiz, e solicitou a liberação da manifestante “A delegada disse que o juiz queria me dar um castigo por que participei do protesto. Então ele tem que mandar prender a cidade inteira, pois todo mundo está inconformado com o resultado das eleições e pedindo pressa no julgamento das ações contra Ramiro. É isso que é democracia?”, argumentou a cabeleireira. Segundo ainda o juiz eleitoral, outras pessoas serão processadas. “Outros indivíduos que participaram e me ofenderam serão processados devidamente. Eles precisam respeitar a autoridade e não têm direito de pedir agilidade em coisa alguma porque não entendem de lei. A sorte deles é que eu não estava presente”, finalizou. A munícipe afirma que só estava exercendo seu direito de cidadã, protestando por uma eleição injusta e pedindo para o juiz despachar os processos contra Ramiro. Fonte: Site do Jornal A Tarde - www.atarde.com.br - 16/10/2000

PEGO NO ATO:
OSCAR YASBEK - PSD / SP Prefeito de Embu das Artes (SP), que já fora denunciado várias vezes por corrupção, mas salvo por liminares na justiça, foi filmado, extorquindo 20% do valor de uma indenização que um contribuinte receberia da própria Prefeitura. Fonte: Jornal da Band - Rede Bandeirantes - 14/11/2000

O PREFEITO COM 57 PROCESSOS:
EDSON MOURA - PMDB / SP Os processos denúncias contra o prefeito de Paulínia (SP), referem-se ao período em que foi prefeito da mesma cidade, de 1993 a 1996, e envolvem abuso de poder, improbidade administrativa, fraude em licitações e superfaturamento em desapropriações e licitações. Em um deles, ele já foi condenado em primeira instância. Um promotor do Ministério Público de Paulínia, estima que as ações abertas contra Moura já impediram a saída de R$ 10 milhões dos cofres públicos. Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 15/11/2000

CORRUPTO ELEITO:
FRANCISCO PEREIRA NUNES Prefeito eleito de Passagem Franca (Piauí), além de ter sido filmado, dizendo que pagava por notas fiscais frias, também justificou sua assinatura numa nota fiscal para a compra de conhaque e aguardente (para uma creche da cidade, e paga com o dinheiro do governo destinado ao ensino!!) dizendo não ter reparado. Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 02/01/2001

GRAVADO NO ATO:
HERMES PEREIRA SANTOS Prefeito de Curralinhos (PI), foi gravado assumindo que comprava notas frias (pagava por serviços não realizados) para a Prefeitura. Fonte: Jornal da Record 2ª Edição - Rede Record - 08/01/2001

ESQUEMA DE CORRUPÇÃO EM JERUMENHA:
ADERSON SOARES Ex-prefeito de Jerumenha (Piauí) que além de ser acusado de montar um esquema de notas frias, foi gravado contando como subornava juízes da região. JOSÉ SOARES DE ALBUQUERQUE Desembargador que recebia polpudos cheques, em troca de decissões favoráveis a favor do então prefeito França. ANTÔNIO LINHARES Na época era procurador geral de justiça, e também se beneficiava do esquema, recebendo suas “comissões”. AUGUSTO FALCÃO Presidente do Tribunal do Piauí, que recebia dinheiro por intermédio de seu filho Tiago, para dar sentenças favoráveis ao então prefeito. JOÃO ULISSES DE BRITO Advogado casado com Ingrid, filha do desembargador José Soares de Albuquerque, e que através de sua empresa Wisa, intermediava o esquema. Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 29/01/2001

CORRUPTO F.C.:
EURICO MIRANDA / RJ Vários documentos mostraram o desvio de dinheiro do Vasco da Gama (do qual o deputado federal também é diretor) para contas em “Paraísos Fiscais” nas Bahamas (inclusive um cheque de mais de R$ 3 milhões). Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 15/02/2001 * Obs: Também contratou familiares (3 filhos e 1 sobrinho), pagos com dinheiro público (o nosso). Fonte: Revista Veja - 16/02/2000

EX-PREFEITO FORAGIDO:
ELÓI BRAZ SESSIM / RS Ex-prefeito de duas cidades (Tramandaí e Cidreira, RS), foi condenado a mais de 13 anos de prisão por crime de peculato, e está foragido desde 1998, quando conseguiu escapar do Quartel do Corpo de Bombeiros. Ele se notabilizou por gastar o dinheiro da população em obras delirantes como o estádio de futebol da pequena Cidreira, que daria para abrigar o dobro da população local. Não conformado com o excesso de assentos, criou um time, onde boa parte dos salários dos jogadores era paga com dinheiro do contribuinte. Em Tramandai, outra cidade que governou, ergueu outro ginásio, quase do tamanho do Maracanãzinho, no Rio. Os vidros que comprou para as janelas e portas da sede da prefeitura foram tantos que, empilhados, chegariam a 875 m de altura. Também é acusado de formação de quadrilha, concussão (extorsão), fraude e falsidade ideológica. Seu salário também era motivo de polêmica: recebia R$ 12,8 mil para administrar o pequeno município de Cidreira, onde os funcionários estavam há sete meses sem receber e a luz e os telefones da prefeitura haviam sido cortados por falta de pagamento. Sobre seu salário, dizia que trabalhava muito, acordava cedo e dormia tarde, só pensando no bem-estar da população. Defendia-se quando afirmavam que seu salário era superior ao do presidente da República. “Acho que o governador e o presidente é que ganham pouco”. Apesar de todos os escândalos, Sessim conseguiu deixar sua esposa, Custódia (eleita em 2000) prefeita de Cidreira, a mesma cidade de onde Sessim foi afastado em 95. Fonte: Linha Direta - Rede Globo - 08/03/2001

TUDO EM FAMÍLIA:
PEDRO WILSON PAPIN Prefeito de Ivaiporã (Paraná) que contratou 13 parentes na Prefeitura. O noivo de sua filha, também já contratado sem concurso e pago com o dinheiro dos munícipes, disse em entrevista que “pelo grau de parentesco (futuro genro), merecia um cargo melhor” . Fonte: Jornal da Globo - Rede Globo - 26/03/2001

POLÍTICOS (DIVULGADOS) QUE “BRECARAM” A CPI DA CORRUPÇÃO:
Perderam-se as esperanças de reunir, as 27 assinaturas de senadores necessárias para instalar uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar denúncias de corrupção no governo. O porta-voz da Presidência, garantiu, no entanto, que o governo não ofertou cargo algum. “O presidente não pediu nada no encontro e fez questão de frisar que não esperava nenhuma mudança de posição de quem tivesse assinado o requerimento.” JOSÉ ROBERTO ARRUDA - PSDB / DF “Depois de tanta adrenalina, agora eu estou respirando aliviado”, resumiu o líder do governo no Senado. “Saímos da pauta da corrupção”, comemorou o senador. CASSILDO MALDANER - PMDB / SC Foi um dos que mais insistiu na tese de que a direção do partido precisava dar aos parlamentares um instrumento para reagir à pressão pró-CPI. “Sou a favor, mas sigo a orientação do partido”, justificou satisfeito. GEDDEL VIEIRA LIMA - PMDB / BA “Este assunto morre na quaresma”, apostou o líder do PMDB na Câmara. Os governistas acreditavam que, depois da Semana Santa, ninguém mais iria falar nessa investigação. LUIZ ANTÔNIO DE MEDEIRO - PL / SP “Não íamos ter ganho político nenhum com essa CPI. Nem sequer conseguiríamos pôr um representante lá dentro, porque o partido é muito pequeno”, concluiu, pragmático, o deputado federal. Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 29/03/2001 * Obs.(José Roberto Arruda): Foi denunciado mais tarde (e acabou confessando e depois renunciando ao mandato para evitar uma cassação), ter pedido a técnicos do Senado, o acesso a uma lista de votação secreta (e que, uma semana antes, havia negado categoricamente). Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 24/04/2001

PREFEITURA CORRUPTA NO AMAZONAS:
HÉLIO BESSA - PTB / AM Prefeito de Tefé (Amazonas) envolvido em irregularidades de várias obras inacabadas e super-faturadas. Só o muro do cemítério local (estimado em R$ 15 mil), foi construído por R$ 135 mil. Parentes do prefeito (fornecedores de material da prefeitura, o que já é irregular), são donos agora, das melhores casas da cidade, e vistos dirigindo carros importados. Foi filmado tentando subornar o repórter para que a matéria não fosse ao ar. Também é acusado de desviar verba do Fundo Municipal de Saúde em nomes de parentes, e de subornar eleitores (até de fora da cidade) para que pudesse se reeleger. Fonte: Jornal da Globo - Rede Globo - 02/05/2001

DEPUTADOS QUE ENTERRARAM A CPI DA CORRUPÇÃO:
O governo federal conseguiu barrar a CPI da Corrupção. Com uma megaoperação que envolveu ministros, liberação de verbas e emendas de congressistas e pedidos do presidente Fernando Henrique Cardoso, 20 deputados federais retiraram suas assinaturas do requerimento para criar a comissão. Restaram 162 das 182 assinaturas apresentadas. O presidente do Congresso, Jader Barbalho (PMDB-PA) permitiu que até a meia-noite pudessem ser retiradas as assinaturas que apoiaram o requerimento para a CPI. O presidente se reuniu com todos os ministros para deflagrar a operação anti-CPI, tentando convencer os parlamentares a retirarem suas assinaturas. Veja quem retirou sua assinatura: ARISTON ANDRADE - PFL / BA AUGUSTO NARDES - PPB / RS CORNÉLIO RIBEIRO - PSB / RJ DINO FERNANDES - PSDB / RJ EUJÁCIO SIMÕES - PL / BA JOSÉ ALEKSANDRO - PSL / AC JOÃO EDUARDO DADO - PMDB / SP JOSÉ EGYDIO - PL / RJ JOSÉ ÍNDIO - PMDB / SP JOSUÉ BENGTSON - PTB / PA LUCIANO BIVAR - PST / PE LUÍS MOREIRA - PFL / BA LUISINHO - PST / RJ OLIVEIRA FILHO - PL / PR OSVALDO BIOLCHI - PMDB / RS OSVALDO REIS - PMDB / TO PAULO MAGALHÃES - PFL / BA PAULO MARINHO - PFL / MA ROBERIO ARAÚJO - PL / RR URSICINO QUEIROZ - PFL / BA Fonte: Site do Universo On Line - www.uol.com.br - 11/05/2001[

FALSIFICOU VOTAÇÃO DA CÂMARA:
JOSÉ MARIA COUTO / CE Presidente da Câmara de Fortaleza (CE), responsável pelo sistema de gravação em vídeo das votações. Ao requisitarerem a fita do dia em que foi votado a vergonhosa verba do “auxílio-paletó” (para compra de paletós para os vereadores), no valor de R$ 13,5 mil, os vereadores da oposição (que não estavam no dia), constataram que foi feita uma grosseira edição, dando-se a idéia de que o projeto fora lido e aprovado. Couto, também acusado de falsificar os documentos da ata, ao ser indagado, disse sorrindo que: “essa fita não tem valor jurídico”. Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 09/06/2001

PRESIDENTE DO CONSELHO DE... ÉTICA?:
GILBERTO MESTRINHO - PMDB / AM O novo presidente do Conselho de Ética, senador Gilberto Mestrinho, foi eleito sob forte polêmica, e tendo que explicar denúncias de corrupção que existem contra ele e avisando que não vai levar em conta as acusações ao presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA). “O conselho não tem nada a ver com o que ocorreu antes do mandato”, declarou Mestrinho, amigo há 18 anos de Jader, que poderá vir a ser investigado pelo conselho. Mestrinho, em seu discurso de posse, classificou como “notícias infundadas” as denúncias de que se beneficiou de recursos da Sudam. Também rejeitou as acusações de que foi cassado por corrupção pela revolução de 1964. Em uma clara demonstração de sua pouca disposição de investigar Jader, Mestrinho, ao ser indagado sobre a contradição, declarou. “Precisa saber o que vale mais, a palavra de um caseiro (uma das testemunhas contra Jader) ou do presidente do Senado.”. Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 27/06/2001

PREFEITO TENTA SUBORNAR GUARDA DIANTE DAS CÂMERAS:
GENERINO FONTANA / SC Numa fiscalização que a Polícia Ambiental de Catarina encontrou toras de araucária (madeira ameaçada de extinção e que seria transformada em palitos de fósforo!!) no pátio de uma empresa, na cidade de Curitibanos (SC). Para a surpresa dos policiais, o prefeito Generino, que não é o dono da empresa, tentou evitar a multa (descobriu-se que as araucárias foram cortadas de uma área de preservação permanente de uma fazendo do próprio prefeito). O prefeito solicitou que fosse a um encontro no gabinete da prefeitura, conta um policial. Uma microcâmera registrou o encontro. O prefeito oferece vantagens ao policial: “O que é justo, você vai levar. Não vou dizer quanto, mas você vai”. E ameaça: “Se um dia você contar o problema, vou mandar te chumbear”. Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 28/06/2001

FITA COMPROMETE GOVERNADOR:
JOSÉ IGNÁCIO FERREIRA - PSDB / ES O laudo da Polícia Federal sobre as fitas que deram origem à CPI da Propina no Espírito Santo confirma a veracidade das gravações do lobista Nilton Monteiro. Nelas, aparece um esquema de cobrança de ágios de até 30% para transferência de créditos do ICMS a empresas. Os envolvidos são pessoas ligadas ao governador tucano José Ignacio Ferreira. Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 06/07/2001

PREFEITO “QUEM QUER ÁGUA”:
FRANCISCO ARISTIDES FERREIRA / CE Prefeito de Lavras da Mangabeira (CE), usou verba do governo destinado para a construção de açudes no combate à seca. Só que usou o dinheiro para construir 32 açudes em áreas particulares e em terrenos de parentes, deixando os munícipes literalmente com “água na boca”. Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 28/07/2001

FALTA DE INTERESSE:
ALBERTO FRAGA - PMDB / DF Deputado e coronel reformado da PM, principal lobista da corporação no Congresso, elaborou um relatório final para a comissão da Câmara dos Deputados que trata da reforma do sistema de segurança pública. Este relatório mantém os privilégios dos oficiais, impede a desmilitarização da Polícia Militar e descarta a unificação das polícias. Fonte: Revista Istoé - 01/08/2001

“CAPO CAPIXABA”:
JOSÉ CARLOS GRATZ - PFL / ES Dono de um império de jogatina e indiciado pela CPI do Narcotráfico, o presidente da Assembléia Legislativa do Espírito Santo, está sendo acusado também de ser o mandante do assassinato de um empresário, sócio de um bingo no Rio de Janeiro. A Procuradoria da República no Espírito Santo apurou que ele controla várias casas de bingo como sócio oculto. Gratz, que é acusado de ser dono de todas as máquinas caça-níqueis no Estado, empossou Edgard Rocha Filho na presidência da recém-criada Loteria do Estado (Loteres). Uma semana depois, Edgard publicou uma resolução que liberava a instalação de máquinas caça-níqueis no Estado, apesar de serem proibidas em todo o Brasil, por legislação federal. Fonte: Revista Istoé - 01/08/2001

A MINA DO SENADOR:
A estratégia do senador Jader Barbalho - PMDB-PA, para se defender das inúmeras acusações de desvio de dinheiro público está naufragando. JOSÉ ARTHUR GUEDES TOURINHO Ex-superintendente da Sudam, acusado de ser um dos beneficiados pelo esquema, e que “fazia tudo o que o Jader mandava”. Tourinho centralizava os fiscais responsáveis pelo acompanhamento de projetos (e que era comum esses fiscais saírem do Amazonas carregados de presentes e até de dinheiro dado pelos donos dos projetos fiscalizados). Fonte: Revista Istoé - 01/08/2001

VEREADORES QUE GOSTAM DE GASTAR DINHEIRO (DO POVO):
ARNALDO DO NASCIMENTO - PTN Vereador de Guarujá (SP), autor de emenda que alterou a estrutura administrativa e permitiu, também, a contratação de 42 assessores, dois para cada vereador. Apenas com os assessores, a Câmara passará a ter uma despesa de R$ 90 mil mensais, fato que levantou polêmica na Cidade. Ele disse ainda que, antes, a Câmara gastava 2,8% do orçamento anual e, com a reforma, as despesas chegarão aos 3,06%. Alegou que “o projeto está criando empregos na Cidade”. A população, porém, parece não compartilhar da visão dos vereadores e também protestaram contra a reforma, pelo fato de terem sido criados 15 cargos de chefia, para um total de 51 funcionários, o que representa quase 20% do quadro. Além disso, instituiu as gratificações que variam de R$ 600 a R$ 1.500, conforme a função. MARINALDO NENKE SIMÕES - PPS O vereador irritou-se contra um repórter que fazia a cobertura da sessão. Nenke não gostou de ser questionado sobre a contratação de novos assessores e desvirtuando a resposta, perguntou ao jornalista se o seu interesse pelo assunto seria por pretender uma das vagas criadas pelo projeto. Fonte: Site do Jornal A Tribuna (Santos/SP) - www.atribuna.com.br - 05/09/2001

MEU PRIMO, MEU TESOURO:
Empresários com projetos para serem aprovados na Sudam eram obrigados a “contribuir” para um esquema de coleta de propinas. O objetivo: consolidar o domínio político do senador Jader Barbalho, em Altamira (Pará). JOSÉ PRIANTE - PMDB / PA Deputado federal, primo e braço direito de Jader, era quem comandava, em nome do clã, o esquema da “coleta”. DOMININGOS JUVENIL - PMDB / PA Prefeito de Altamira e apadrinhado de Jader. Sua eleição foi financiada com parte do dinheiro desviado da Sudam. MARIA AUXILIADORA MARTINS Contadora que além de cobrar as propinas, e ser a principal intermediária do esquema de liberação de verbas dentro da Sudam. também alterava os projetos, deixando os empresários reféns do esquema. REGIVALDO PEREIRA GALVÃO (TARADÃO) Um dos agiotas que mais operavam com o esquema. SILVÉRIO ALBANO FERNANDES Empresário e um dos responsáveis pela coleta de propina. WALDECIR MAIA - PMDB Membro do diretório do PMDB em Altamira, e outro dos integrantes do grupo responsável pela arrecadação. RUBENS BARBALHO Primo de Jader e Priante, outro integrante do grupo. IRENILDES DO CARMO RODRIGUES (ALEMÃO) Assessor direto de Rubens Barbalho, e que circulava em Altamira com a missão de arrecadar propinas. DANNY GUTZEIT Empresário conhecido como “Suddany” e um dos principais integrantes do grupo político de apoio a Jader na região, esteve em Brasília levando pessoas do esquema para se encontrar com Jader. JOSÉ SOARES SOBRINHO Empresário preso pela segunda vez e ligadíssimo ao clã dos Barbalho, e que teria muito a contar. Fonte: Revista Istoé - 12/09/2001

FIM DOS MILAGRES:
FRANCISCO DE ASSIS DE MORAES SOUZA (“MÃO SANTA”) - PMDB / PI Na campanha para o governo do Piauí, para burlar a proibição de personalização da propaganda dos governos (e usar verbas estaduais em campanhas eleitorais), Mão Santa divulgou à exaustão, na tevê, programas e projetos de governo como “Luz Santa”, “Sopa na Mão” e “Spa Santo”. Denunciado por crime eleitoral, acabou cassado. Em 1998, ele já havia sido denunciado pela revista Istoé, pela prática de nepotismo. Empregou a mulher, filho e irmão no governo, às custas do contribuinte. O TSE já acolheu 9 denúncias de crime eleitoral contra Mão Santa. Fonte: Revista Istoé - 14/11/2001

DESEMBARGADOR:
PAULO TEOTÔNIO COSTA O desembargado, um dos integrantes do tribunal responsável por processos no Estado de São Paulo e Mato Grosso do Sul, é acusado de falsificar documentos para libertar um traficante de drogas que teve a prisão preventiva decretada pela própria Justiça Federal. Há quatro anos, um major da PM de Mato Grosso do Sul foi preso, acusado de ser o dono de 237 quilos de cocaína. O primeiro pedido de libertação foi negado por uma desembargadora do tribunal em São Paulo. Pelas regras processuais, ela é quem deveria analisar o segundo pedido. Mas esse segundo pedido de habeas corpus acabou indo parar nas mãos de Teotônio. De acordo com o Ministério Público Federal, o desembargador alterou documentos do cartório remetendo para ele mesmo o pedido. Paulo Teotônio Costa acabou concedendo liminar que libertou o major preso por trafico de cocaína. O desembargador, que não quis dar entrevista sobre o assunto, também está sendo investigado por enriquecimento ilícito. O patrimônio dele seria incompatível com o seu salário. Fonte: Site do Jornal Nacional - www.globo.com/jn - 06/12/2001

JUSTA PUNIÇÃO:
Responsáveis por falsificar uma gravação, para incriminar um deputado estadual amazonense e adversário político: JOÃO COELHO BRAGA FILHO (BRAGUINHA) Subornou um ex-assessor do deputado para este incriminá-lo. NIVALDO MARINHO Ex-assessor do deputado acusado, foi subornado com a oferta de casas e muito dinheiro para imitar a voz do ex-patrão, incriminando-o. PAUDERNEY AVELINO - PFL / AM Vice-líder do partido na Câmara, é acusado de ser o mentor do texto lido pelo ex-assessor. Fonte: Revista Istoé - 19/12/2001

O GOVERNADOR DE R$ 150 MILHÕES:
NEWTON CARDOSO Vice-governador de Minas Gerais, Newtão, como ele é chamado popularmente, é um homem muito rico, que começou do nada e conseguiu enriquecer ao mesmo tempo que se dedicava à política. “Tenho uns 70 milhões de reais”, ele calcula. “Menos as dívidas”, avisa. Só esse número já o coloca entre os políticos de maior riqueza no Brasil. Jader Barbalho, que renunciou ao Senado em decorrência das investigações sobre seu enriquecimento, tem um patrimônio visível que não dá metade disso. Pelas declarações de rendimentos que entregou ao se candidatar a alguns cargos e das listas de bens de suas empresas, percebe-se quanto é modesto o vice de Minas Gerais e como anda ruim sua memória a respeito dos empreendimentos do passado. Newtão acumula um patrimônio de pelo menos 150 milhões de reais – tomando-se como data-base a última vez que prestou contas à Receita Federal. Os fatos apontam que pelo menos 145 milhões de reais entraram nos cofres de Newtão depois que ele ingressou na vida pública. Ou seja, da primeira eleição para prefeito de Contagem (MG) até hoje – enquanto ele exercia os cargos de assessor do prefeito seguinte, deputado federal, prefeito de novo, governador, outra vez deputado federal, mais uma vez prefeito e finalmente vice-governador, seus negócios se ampliaram mais de trinta vezes. Em todo esse percurso, apenas por quatro anos esteve afastado da política. Hoje, Newtão tem 52 fazendas, distribuídas entre 25 municípios em Minas e na Bahia. São 145.000 hectares – quase 8.000 estádios do Maracanã –, que valem no mínimo 88 milhões de reais. Metade das fazendas está em nome da Companhia Siderúrgica Pitangui, a Siderpita, que ele adquiriu há seis anos. Como Newtão conseguiu impulsionar tão bem seus negócios pessoais enquanto se entretinha em defender os interesses de seus eleitores?, perguntam todos os que tomam conhecimento de sua história de sucesso. Analistas financeiros acham que um jeito de enriquecer assim depressa é saber usar informações privilegiadas ou beneficiar-se de cargos públicos para fazer bons negócios. Falam em tese, é claro. Num desses momentos em que a condição de político ajudou na vida de empresário, ele ganhou uma concessão de televisão do então presidente José Sarney, por ter feito sua parte para auxiliar a aprovar o mandato de cinco anos na Constituinte de 1988. Logo no segundo ano de seu primeiro mandato foi pedida sua cassação em Contagem, porque ele teria usado funcionários da prefeitura para trabalhar num sítio de sua propriedade. Também diziam que ele aplicava dinheiro público sem autorização da Câmara Municipal e que tinha aprovado um loteamento em troca de apoio financeiro. Esse processo não foi adiante. Em 1983, voltou a ser prefeito, depois de uma eleição que lhe deu 92,6% dos votos. Ainda responde a duas ações judiciais remanescentes desse período. Uma por desapropriar pagando quase 1.000% acima do preço um terreno que era de seu então chefe de gabinete, Gil Antônio Diniz, o Teteco. Essa ação está no Tribunal de Justiça desde 1994, parada. “A maioria das obras que ele fazia era superfaturada e as licitações eram de cartas marcadas”, afirma um ex-deputado, que publicava em primeira mão – antes de serem abertas as propostas – os resultados de concorrências do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas. Assim demonstrava fraudes. Essas e outras denúncias deram num processo de impeachment na Assembléia Legislativa, mas o governador se saiu muito bem. “Eu nunca temi ser afastado, pois tenho o nome da maioria dos deputados no canhoto de meu cheque”, disse na ocasião, comemorando a vitória. Em 1997, outra vez prefeito de Contagem, Newtão mandou pagar indenização de 6 milhões de reais à empresa Road, referente à desapropriação de um terreno que havia ocorrido seis anos antes. O beneficiário era Teteco – e Newtão diz que apenas cumpria decisão judicial. O vereador Teteco aparece, no passado, como sócio em vários empreendimentos do hoje vice-governador. Há três anos, ele transferiu um dos braços da empresa Road, para uma das holdings de Newtão. A empresa, que está avaliada em 1,5 milhão de reais, é dirigida atualmente pela mulher de Newtão, a deputada federal Maria Lúcia Cardoso. Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 19/12/2001

FILHO DE DESEMBARGADOR “AUMENTA” SEU SALÁRIO NO TJ:
BRUNO MINERVINO Em menos de um mês, o filho do presidente do Tribunal de Justiça de Brasília, Bruno Minervino, conseguiu aumentar em cinco vezes o seu salário no tribunal. Ele deveria receber R$ 1,3 mil como um dos aprovados no concurso público, de nível médio, para a vaga de técnico judiciário na área de segurança. Mas não foi isso o que ocorreu e hoje Bruno recebe R$ 6,6 mil como dentista do tribunal. Ele foi um dos últimos selecionados no concurso para a vaga de segurança, que exigia o 2º grau. Ficou em 65º lugar no processo de seleção realizado pela Universidade de Brasília, dia 10 de agosto. De acordo com o jornal Correio Braziliense, Bruno Minervino foi designado para a função de assessor do secretário-geral do tribunal, Leodito Faria. EDMUNDO MINERVINO Ele afirma que, como concursado, seu filho pode ocupar qualquer cargo de confiança, desde que tenha qualificação. Bruno é dentista e tem mestrado em Ortodontia. O desembargador não justifica o desvio da função e a intrigada operação que garantiu a Bruno ocupar um cargo de nível superior. A portaria que o promoveu a um cargo de confiança foi assinada pelo vice-presidente do TJ, desembargador José Campos do Amaral, no exercício da presidência. Não se sabe porque o próprio Edmundo não assinou o ato. O Diário de Justiça do mesmo dia, traz outras portarias assinadas por ele. Logo após ser investido no cargo de confiança, Bruno foi remanejado para o Serviço Odontológico. Ele já havia exercido a função antes, mas teve de deixá-la por ser filho do desembargador, em 1996, quando foi aprovada a lei que proíbe o nepotismo no Judiciário. Parentes de juízes e desembargadores só podem assumir cargos nos tribunais se forem aprovados em concursos públicos. No caso, Bruno teria de passar em concurso específico para o setor, de nível superior. Ele teria de disputar as quatro vagas existentes no tribunal, uma das quais está aberta, com profissionais do ramo. Há outra suspeita de favorecimento ao filho do presidente do TJ-DF. O edital do concurso previa apenas 12 vagas para a área de Segurança e Transporte. Bruno Minervino, com a sua 65º colocação, estaria fora. Só que o número de vagas foi ampliado após a realização do concurso. O tribunal alegou que foi obrigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a cancelar o contrato com empresas particulares de segurança. A exigência obrigou a substituir os funcionários terceirizados por concursados, o que justificaria a ampliação tardia do número de vagas do concurso público. Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 13/02/2002

BALCÃO DE NEGÓCIOS NA JUSTIÇA:
Uma rede de amigos formada por juízes de 2ª instância, advogados e burocratas públicos que age nas sombras do Tribunal Regional Federal da 2 Região (TRF-2), no Rio, favorecida pelas brechas legais, pelo excesso de poder e pelas falhas na estrutura de defesa do setor público. Liminares trancam ações e livram os acusados da prisão, sentenças duvidosas em causas milionárias e manobras processuais que desprezam a lei em favor de interesses. Só num processo, os autores conseguiram validar R$ 1,3 bilhão em apólices do império para a quitação de débitos com o INSS. Enquanto o credor comum da União leva anos para receber o que o Estado lhe deve, há processos em que o juiz deu prazo de 24 horas para a Caixa Econômica Federal depositar R$ 3,2 milhões da conta de um advogado, em saques de FGTS de seus clientes, sem direito a contestação. No exame dos processos que constam do inquérito, um advogado capixaba que trabalha em Vitória, onde Antônio Ivan Athié foi juiz por 12 anos, destaca-se como favorecido em decisões que envolveram cifras elevadas. Há mais de um ano, liminares concedidas pelo juiz Pizzolante impedem o andamento de um processo e interrogatório, em que o réu é parte interessada ainda em 18 agravos, um mandado de segurança, quatro hábeas-corpus, 14 apelações cíveis e um recurso criminal no TRF-2. ANTÔNIO IVAN ATHIÉ FRANCISCO PIZZOLANTE JOSÉ RICARDO DE SIQUEIRA REGUEIRA JOSÉ FRANCISCO FRANCO DA SILVA OLIVEIRA Advogado piauiense, que tem escritório no Rio, também está sendo investigado. Ele já é alvo de dois inquéritos na Polícia Federal. Campeão de vitórias na Justiça contra o governo federal, principalmente em saques de FGTS, Franco é investigado pela polícia desde 1993 por suspeita de tráfico de influência. Seu nome aparece no inquérito que investiga as circunstâncias em que cerca de 2.500 pessoas foram admitidas como autores na mesma causa, quando já havia medida liminar concedida na 20 Vara Federal para o desbloqueio dos saldos do fundo. O nome do advogado apareceu em gravações, autorizadas judicialmente, de conversas telefônicas do banqueiro foragido Alberto Cacciola, que em depoimento na Justiça Federal, teria lhe pedido dinheiro em troca de facilidades no TRF. Na época, o ex-banqueiro queria anular a busca e apreensão de documentos feita pela polícia em sua casa. Em livro escrito na Itália, o ex-banqueiro dá detalhes sobre a proposta, que, segundo ele, variava de US$ 100 mil a US$ 600 mil, dependendo do tipo de decisão. BELINE SALLES RAMOS Especialista em defender sonegadores, o tributarista sofreu uma fiscalização da Receita Federal que constatou o correspondente a R$ 2,4 milhões em patrimônio a descoberto. Ele pagou metade do valor e está contestando até hoje a outra metade. Beline, cujo nome aparece como advogado na maioria dos processos do Espírito Santo sob suspeita, divide o tempo entre os corredores da Justiça e os templos. Evangélico, ele fundou a própria igreja (Igreja Unidade e Corpo de Cristo) e recentemente foi visto anunciando a fiéis da Igreja Evangélica Batista de Vitória uma doação de cinco templos, cinco casas, um terreno na Praia do Canto, bairro nobre de Vitória, e uma mansão no balneário de Jacaraípe, município de Serra, cujo valor total chegaria a R$ 6 milhões. Fonte: Site do Jornal O Globo - http://oglobo.globo.com - 11/03/2002

A CANDIDATA QUE VIROU PÓ:
ROSEANA SARNEY - PFL / MA Ex-governadora do Maranhão, filha de um ex-governador maranhense e ex-presidente da República que domina a política local há quatro décadas e dispõe da mais poderosa máquina de comunicação do Estado, que se estende aos campos da televisão, do rádio e do jornal. JORGE MURAD Marido de Roseana, atua nos bastidores do poder desde que o sogro foi presidente da República. Foi nomeado pela mulher, uma espécie de supersecretário de Estado, com o domínio da quase totalidade das verbas públicas. Murad se meteu em muitos negócios, seus amigos e parentes eram prestadores de serviços ao governo e as autoridades suspeitam que ele possa ter se envolvido com as fraudes da Sudam. O casal sempre se comportou com tranqüilidade olímpica em relação ao que pensariam disso os maranhenses, bombardeados com a cobertura favorável ao governo por parte dos órgãos de comunicação da família. Numa batida autorizada pela Justiça, foi encontrado 1,34 milhão de reais no cofre da Lunus, empresa de Jorge Murad em associação com a esposa, Roseana, além de vários documentos comprometedores. O casal arranjou sete versões para explicar a origem do dinheiro, e cada uma se despedaçou horas depois da divulgação. Durante mais de um mês apresentaram suas explicações como se bastasse ter um documento qualquer assinado por alguém para justificar qualquer coisa. Primeiro, o dinheiro era da própria empresa Lunus. Depois, pertenceria a outra companhia e estava apenas guardado no cofre da Lunus. Em seguida, seria reserva financeira para comprar madeira de construção. E, mais adiante, já se transformaria em resultado da venda de chalés numa praia de turismo. Como nenhuma versão mereceu crédito, saiu a oitava: A dinheirama, conforme a explicação dos advogados de Jorge Murad e Roseana Sarney, teria sido doada à campanha presidencial da candidata. Detalhe: todos os doadores eram parentes da família ou pessoas ligadas ao pai de Roseana, por laços políticos. Essa ninguém engoliu. Até mesmo setores do PFL receberam o documento com desconfiança. A tentativa de convencer o país com uma história tão frágil funcionou contra seus arquitetos. Agora, sem que nada se tenha esclarecido, Murad voltou ao poder, no posto de secretário de Estado. Ele tem novamente foro privilegiado e, no caso de um eventual processo, poderá responder ao Tribunal Regional Federal, com sede em Brasília, e não à Justiça Federal do Tocantins. Na sexta-feira, Murad foi nomeado secretário de Ciência e Tecnologia pelo governador José Reinaldo Careiro Tavares, que assumiu o cargo depois que Roseana renunciou para concorrer à presidência da República. A estratégia é mais uma tentativa dos advogados do casal de retirar da Justiça do Tocantins as investigações sobre o dinheiro apreendido na Lunus.Tanto Murad quanto Roseana são citados no processo que investiga desvio de recursos da Sudam. Como os dois estão envolvidos na mesma investigação, o inquérito, que deveria voltar a correr em Palmas, pode ser transferido para o TRF. Seu retorno ao governo teve um objetivo escancarado: recuperar o direito de ser processado por tribunal superior, regalia dada a ocupantes de cargos como o seu. Uma investigação revelou que a participação de Murad no caso Usimar, a megafraude que previa a liberação de 1,38 bilhão de reais em recursos públicos para montar uma indústria de autopeças no Maranhão, foi mais intensa do que se sabia até agora. A Polícia Federal apreendeu na Lunus um fax enviado a Murad por um funcionário da Sudam, avisando de que um auditor da Receita Federal estava prestes a ganhar um assento no conselho da Sudam no Maranhão, e ressalta que isso não era bom sinal. O tal auditor já trabalhara no Amazonas, onde sua atuação honesta chegou a atrapalhar a execução de certos trambiques, obstáculo só removido com a intervenção do governador do Estado, Amazonino Mendes. Roseana e Murad informaram que o dinheiro é resultado da doação espontânea de nove pessoas físicas. Na hora de identificar os doadores, descobriu-se que a lista era caseira. Fernando Sarney, o irmão de Roseana responsável pela administração dos negócios da família, aparece contribuindo com 150.000 reais. Dois tios de Murad deram 100.000 reais cada um. Um irmão de Murad que hoje mora nos Estados Unidos, também compareceu com 100.000 reais. O próprio Jorge Murad, sem o conhecimento de sua mulher, doou 200.000 reais. João Claudino, dono de um conglomerado de dezesseis empresas, inclusive da construtora Sucesso, uma das mais ativas nas obras públicas do Maranhão, é o campeão da lista, com 300.000 reais. A história é um espanto por seus furos óbvios. Por que todos os doadores acharam que o cofre da Lunus, uma empresa instalada num prédio onde a vigilância é amadora, era mais seguro que o cofre de um banco? Por que Murad, em vez de ir sacando o dinheiro conforme as necessidades de campanha, preferiu pegar a bolada de 200.000 reais em dinheiro vivo e metê-la num cofre? Por que o PFL não doou nada? Afinal, neste ano o partido tem 17 milhões de reais do fundo partidário. Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 08/04/2002 e 17/04/2002

ESCÂNDALO DE CORRUPÇÃO:
Com uma câmera escondida, um repórter da Rede Globo, durante 30 dias, fazendo-se passar por um substituto do secretário de gabinete da Prefeitura de São Gonçalo (RJ), gravou escandalosas cenas de tentativa de suborno e corrupção: RICARDO CASTOR Vereador, que oficialmente faz oposição ao prefeito, “pediu” R$ 30 mil por mês para parar com as críticas à Prefeitura. MIGUEL NOGUEIRA Advogado do vereador Ricardo Castor e ex-funcionário da Prefeitura, intermediava a chantagem. GERALDO CUNHA Ex-presidente da Câmara, além de oferecer uma comissão, caso conseguisse a concessão de um estacionamento, assumiu que quando presidia a Câmara, aumentou o salário dos assessores parlamentares, para poder assim “sobrar mais dinheiro para ele e os colegas vereadores”. MIGUEL MACEDO Empresário, ofereceu comissões sobre contratos que conseguisse com a Prefeitura (além de explicar como fariam para montar concorrências públicas “amarradas”, ou seja, feitas para que a empresa dele ganhasse). GIOVANI GENTA Representante da Adter, uma administradora de terminais rodoviários, ofereceu uma “porcentagem” caso conseguisse o contrato de administração dos estacionamentos da cidade. Fonte: Fantástico - Rede Globo - 21/04/2002

ABUSO DE PODER:
VICTOR RODRIGUES - PSB / RJ Foi num clube de forró, em Belford Roxo (RJ), que o vereador e policia militar licenciado, Victor Rodrigues tentou entrar à força. Segundo os seguranças, ele se recusou a pagar R$ 4 e a deixar na portaria a arma que carregava. As câmeras de circuito interno mostram o vereador jogando o carro contra o portão do estacionamento. Depois da batida, ele entra. De bermuda, camiseta e lenço na cabeça, ele exibe a pistola na entrada para o salão. Discute e empurra o funcionário que segura a roleta. Em seguida, dá duas coronhadas na mão dele. E um soco no rosto. “Ele dizia que era parlamentar, que ele queria entrar, que tinha imunidade pra entrar armado em qualquer lugar, qualquer recinto”. Policiais militares, chamados pela segurança, chegam e apenas conversam com o vereador. No estacionamento, ele foi avisado por um funcionário que o carro dele estava mal parado. Foi o que bastou. “...Foi quando ele puxou, me agarrou pela camisa e botou a pistola na minha boca e perguntou se tava bom”, contou o funcionário. Na câmara municipal, ele negou as agressões: “Em momento algum eu puxei a minha arma pra afrontar alguém, a minha arma estava na cintura e eu só tirei a minha arma da cintura pra acautelar”. Mesmo informado que as cenas foram gravadas, continuou negando: “Eu não fiz em momento algum esse tipo de coisa...”. Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 03/05/2002

PREFEITO CONDENADO ADMINISTRA MUNICÍPIO DA CADEIA:
JOSÉ REZENDE DA SILVA (ZÉ GUIA) Prefeito de Juscimeira, no Mato Grosso, está administrando num gabinete improvisado na prisão. No ano passado, José Rezende da Silva, o Zé Guia, como é conhecido, foi condenado a 12 anos de prisão pelo assassinato de um agricultor em 1993. Depois de preso, há duas semanas, a Câmara de Vereadores o declarou impedido e deu posse ao vice, que demitiu funcionários, iniciou uma auditoria nas contas do município, mas logo foi afastado da prefeitura por uma liminar. A condenação do prefeito prevê a perda do mandato. Ele tem direito de recorrer da decisão. Enquanto isso não acontece, ele continua no cargo e vai ter que administrar a cidade da delegacia. Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 07/05/2002

VEREADORES SÃO PRESOS POR PECULATO:
MARCOS HENRIQUE OSTI - PT / SP CÁSSIO APARECIDO PEREIRA - PSDB / SP Vereadores de Guariba, na região de Ribeirão Preto (SP), foram presos preventivamente, acusados de uso irregular do dinheiro público (peculato) na legislatura anterior (1997 e 2000). Marcos Henrique Osti, que é o atual presidente da Câmara, e Cássio Aparecido Pereira estão isolados numa cela especial da cadeia da cidade. O promotor entrou com ações civil e criminal contra mais 13 vereadores e dois funcionários. Segundo documentos que comprovam, todos teriam usado, indevidamente, o carro oficial da Câmara para fins particulares, para ir a festas, casamentos, bailes e até em viagens para participações em concursos de moda e de canários. Além disso, carros particulares teriam sido abastecidos com dinheiro público e despesas em choperias, restaurantes e bares foram custeadas pelo município. Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 14/05/2002

JUÍZ LIBEROU ASSASSINO CONFESSO:
LUIZ FERNANDO CAMARGO DE BARROS VIDAL O corpo de um garoto foi encontrado em um terreno abandonado. Ele tinha sido violentado e espancado até a morte. Antônio Carlos, o assassino confessou o crime em detalhes. A morte chocou o calmo e tradicional bairro da Moóca, na zona leste de São Paulo. A alegação do juiz Luiz Fernando, do 1º Tribunal do Júri da capital paulista, é que o assassino só foi preso cinco dias depois do crime e, por isso, não havia mais flagrante. Para a promotora, que quer a prisão preventiva do assassino, o juiz tenta justificar o injustificável. A decisão de libertar Antônio Carlos revoltou os moradores do bairro. Os avós do garoto consideram-se reféns do assassino, que já foi visto na rua onde raptou Bruno. Fonte: Jornal da Band - Rede Bandeirantes - 17/05/2002

DEPUTADO COM US$ 15 MILHÕES EM PARAÍSO FISCAL:
HENRIQUE EDUARDO ALVES - PMDB / RN A partir de documentos que fazem parte do processo de separação litigiosa de Alves e de sua ex-mulher, Istoé afirma que Alves tem contas bancárias no exterior que possuem um saldo superior a US$ 15 milhões. Essas contas não fariam parte das declarações de Imposto de Renda de Alves. Na reportagem intitulada “Um vice riquinho”, a revista reproduz um extrato de cartão de crédito com gastos no exterior e no Brasil e um extrato de uma conta na Ilhas Jersey. A ex-mulher de Alves entregou a seus advogados extratos bancários, contas telefônicas, comprovantes de despesas de cartão de crédito e bilhetes. Em um depoimento que consta deste processo, Mônica afirmou que o deputado teria contas em, no mínimo, três paraísos fiscais. Alves ainda teria uma conta no Lloyd´s Bank em Miami. Istoé afirma que nenhuma dessas contas consta nas últimas quatro declarações de Imposto de Renda do deputado. Segundo a revista, desde 97, Alves declara ter rendimentos anuais médios de R$ 240 mil brutos. Rendimentos incompatíveis, ainda de acordo com a Istoé com a movimentação financeira da conta em Jersey (a revista dá o número desta conta) que seria usada pelo deputado para quitar as despesas de um cartão de crédito American Express, emitido no exterior e sem limite de gasto. Ainda segundo os documentos do processo judicial, Mônica teria dito que Alves teria deixado de incluir em seu patrimônio “diversos bens imóveis, empresas”, além de ter comprado “vasto patrimônio em nome de terceiros”. Alarmado com o poder de fogo dos papéis reunidos pela ex-mulher, Alves teria proposto, segundo a revista, um acordo com a ex-mulher em outubro de 2001 que foi aceito por ela, mas vetado pelo pai do deputado, Aluízio Alves. Há um mês, já de olho no posto de vice de Serra, Alves ofereceu um novo acordo e teria conseguido a discrição da ex-mulher. Em contrapartida, Istoé revela que Mônica é funcionária fantasma do Congresso, recebendo R$ 3,4 mil como secretária parlamentar no gabinete do deputado Leur Lomanto (PMDB-BA). Fonte: Site do Jornal O Estado de S. Paulo - www.estadao.com.br - 17/05/2002

JUÍZA DIZ QUE PAIS NÃO PODEM CRIAR CRIANÇA POR SEREM ANALFABETOS:
SOLANGE MARIA S. DE MORAIS “Ficar nove meses com uma criança no seu ventre, criar para ter um filho e ter que dar para uma pessoa que não sabe o que é ser mãe?”, desabafa a mãe. “Por que esse juízes, entre eles, não pegam o filho do outro e dão um para o outro?”, pergunta o pai. A criança tinha um ano quando foi morar com a mãe, na casa dos primos. Separada do marido, a mãe morou na casa dos primos até arrumar emprego. A partir daí, a mãe e a filha se viam nos fins de semana até os pais fazeram as pazes e voltaram a morar juntos. A mãe quis pegar a filha de volta, mas teve uma surpresa. A mulher do primo, Solange, tinha conseguido a guarda da garotinha. Os pais da criança não se conformam e acusam: houve corporativismo dos juízes em favor de Solange que é vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Amazonas. “Ela tem uma influência muito grande, tanto ela quanto o marido. Ela corre os quatro cantos desse Amazonas pedindo ajuda de desembargador, de juiz, de promotor, de presidente de tribunal. Quando eu chego nas salas dessas pessoas, ela já chegou primeiro do que eu”, diz a mãe. A criança chora muito quando tem que se afastar da mãe. Mas os gritos da menina não resolvem o problema. Numa ocasião, a mãe estava amamentado a criança no peito, na portaria do prédio da juíza. Três testemunhas viram a juíza descer nervosa, arrancar as roupas da menina, e passar no corpo dela um líquido branco, que seria álcool. “Ela rasgou a roupa da menina, tirou do corpo, jogou a roupa, passou álcool na criança. É um absurdo, você como mãe ter que presenciar isso e não poder fazer nada”, reclama Lucinara. A cada 15 dias a justiça autoriza que os pais passem um fim de semana com a menina. A felicidade da família começa na sexta-feira à noite quando a mãe vai buscar a criança na casa da juíza. E termina em desespero no domingo à tarde. Quando percebe que vai trocar de roupa. “Eu não quero ir para casa da Solange! Eu não quero ir!”, chora aflita. Na portaria do prédio da juíza, faz um confissão à mãe: “Tô nervosa”. Não é difícil perceber que o que sente pela juíza é temor. A juíza chega, não cumprimenta. A menina tem de trocar o colo pela mão e vai caminhando para o apartamento onde a justiça a manda ficar longe dos pais. Perguntada sobre o futuro da menina, a juíza Solange afirma que vai ser melhor se ela viver com ela. “Com certeza, porque eles são dois analfabetos. O que eles podem oferecer pra ela?”, diz a juíza. O repórter pediu uma entrevista à juíza sobre as atividades do Tribunal Regional do Trabalho. A juíza atende a equipe e está falando sobre o número de processos, quando o assunto muda. Surpreendida, ela fala por 25 minutos. “Acho que se eu entregar a menina, uma menina que eu tomo conta, que eu vejo, e que eu sei o ambiente que ela vai ser criada... Se eu entrego e não luto para tirá-la disso, é uma maldade”, diz a juíza. Quando a entrevista termina, a juíza Solange pensa que a câmera foi desligada. “Agora, é o seguinte: eu não autorizo esta entrevista no ar”. Sem saber que continuava filmada, manda que o caso seja esquecido. “Se colocar no ar... Não é ameaça, não. Aí eu uso a minha função de juiz. Juiz não ameaça, juiz faz mesmo”, fala Solange. Em virtude de liminar concedida pela Justiça do Amazonas, a Rede Globo não pôde, nesta reportagem, divulgar informações sobre o processo que envolve a menina. Fonte: Fantástico - Rede Globo - 19/05/2002

FORO PRIVILEGIADO PARA POLÍTICOS SE DEFENDEREM DE CRIMES:
BONIFÁCIO DE ANDRADA - PSDB / MG Deputado, autor do projeto 6.295. ANDRÉ BENASSI - PSDB/ SP Deputado, autor do substitutivo. Ambos foram buscar na redação de um decreto-lei de 1941, uma brecha para restabelecer o foro privilegiado no caso de ação penal e criar o benefício no caso de improbidade. A diferença dos dois textos, o do projeto original e o do substitutivo, é que Benassi estendeu o benefício aos acusados em processos abertos com base na Lei da Improbidade Administrativa - principal instrumento do Ministério Público para submeter à Justiça agentes políticos e servidores envolvidos em atos lesivos ao erário, fraudes e desvios de recursos públicos. O artigo 84 passa a ter a seguinte redação: “A competência pela prerrogativa de função é do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, relativamente às pessoas que devam responder perante eles por crimes comuns e de responsabilidade.” A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou o foro privilegiado para autoridades no exercício de função ou mandato e também para ex-ocupantes de cargos públicos - presidente, ministros, governadores, senadores deputados, prefeitos e magistrados. O benefício especial, iniciativa de parlamentares do PSDB, alcança investigados por crimes comuns e de responsabilidade e é extensivo aos atos de improbidade administrativa, prevalecendo até mesmo se o inquérito ou a ação judicial tiver início após o término do exercício da função. Processos de natureza criminal e civil migrarão da primeira instância do Judiciário para tribunais superiores. Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 07/07/2002

PODER DOS ELEITORES:
ANTONIO BUZZÁ A prefeitura de Ribeirão Bonito (SP) pagava por uma tonelada de carne por mês para uma creche, mas as 65 crianças passavam fome. Um empreiteiro confessou que recebia mensalmente do prefeito Antonio Buzzá mais de R$ 7 mil por obras que não fazia. O prefeito tinha comprado 117 mil litros de gasolina num posto a 120 quilômetros da cidade - quando havia um posto a poucos metros da prefeitura, com preço menor. O rombo no Orçamento da prefeitura era de R$ 1,7 milhão. O dinheiro, segundo as denúncias, ia parar no bolso do prefeito. Os cidadãos honestos da cidade decidiriam por um fim na roubalheira. Uma cozinha, nos fundos de uma loja, virou Q.G dos moradores rebeldes. Funcionários da prefeitura trabalhavam como agentes secretos, trazendo informações. Foram surgindo provas. Notas fiscais falsas. Endereços fictícios. Largas quantias pagas a empresas que não existiam. Entre as falcatruas, uma descoberta. Parentes dos cidadãos honestos também estavam envolvidos na corrupção. As famílias enfrentaram discussões dolorosas. “Mesmo amando, gostando das pessoas, a gente tem que dizer que lado ela está. Seríamos omissos moralmente se não tomássemos uma decisão”. Mesmo quem votou no prefeito decidiu pedir a saída dele. “Cheguei na frente do clube, eu e minha irmã, mais três pessoas. Aí o pessoal começou a juntar em volta da gente, aí nós começamos a instigá-los: vamos gente, como vocês vão ficar de braços cruzado, olha a situação da nossa cidade, cada dia que passa a corrupção está levando a merenda da nossa, Aí o pessoal começou a se juntar a nós. E realmente fizemos esse panelaço, começamos em duas, terminamos em mais de 300 pessoas”, conta uma dentista. A câmara dos vereadores criou uma comissão de investigação. O prefeito tentou evitar o impeachment, renunciando. Não adiantou. Buzzá teve os direitos políticos cassados e a prisão decretada. Os honestos venceram. Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 05/08/2002

A HISTÓRIA QUE SE REPETE:
JOSÉ CARLOS DE CASTRO MARTINEZ - PTB / PR O caso do deputado federal, cuja fortuna, segundo um processo, cresceu de 100 mil reais em 1990 para 30 milhões no ano seguinte, é muito mais cabeludo. Sua renúncia ao comando da campanha presidencial da Frente Trabalhista aconteceu depois da exposição pública de suas obscuras relações financeiras com Paulo Cesar Farias, o PC, célebre tesoureiro do ex-presidente Fernando Collor. Uma investigação da Receita Federal concluiu que Martinez forjou ter recebido um empréstimo de cerca de 10 milhões de dólares de PC Farias para comprar a TV Corcovado, em 1991 – e também forjou a venda de uma fazenda na Amazônia para simular que havia saldado o empréstimo. A revelação provocou suspeitas de que Martinez, na verdade, era sócio oculto de PC. VEJA teve acesso a um conjunto de documentos – depoimentos, cheques, bilhetes – mostrando que as relações de Martinez com PC Farias, estreitadas no início dos anos 90, foram muito além de um empréstimo fraudado e desaguaram numa rede de negócios nebulosos. Um depoimento tomado por auditores da Receita diz que PC Farias “era sócio oculto de José Carlos Martinez na rede de televisão OM”, conglomerado que, mais tarde, seria rebatizado de CNT. Diz o depoimento que “PC Farias representava o presidente da República na época, Fernando Collor”. Em seguida, detalha as cotas de cada um: “O porcentual de participação na rede de televisão de PC era de 70% e o de Martinez era de 30%. Essa participação foi feita através de contrato particular entre as partes”. O episódio deixa a impressão de que, para a Frente Trabalhista não importava tanto a biografia de Martinez. Ao que parece, o problema estaria muito mais na divulgação dessa biografia. Martinez saiu do comando central da campanha, mas permanecia atrelado ao grupo criado em torno da campanha. Em sua conversa com os auditores da Receita Federal, diz que PC e Martinez trabalhavam juntos na intermediação de verba pública. PC, com sua influência sobre órgãos públicos, conseguiria as verbas oficiais. Martinez as intermediaria, embolsando comissão. No rastro das investigações, descobriu-se que o deputado tinha duas contas bancárias no exterior, e que não apareciam em suas declarações de renda. Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 07/08/2002

ENVOLVIDOS EM DESVIO DE DINHEIRO SÃO AVISADOS DE BLITZ:
SIQUEIRA CAMPOS JAIRON BARROS NEVES Um documento mostra que acusados de desvio de dinheiro público no Tocantins foram avisados com antecedência sobre uma operação da Polícia Federal. Em telefonema gravado pela polícia, um dos acusados diz que o aviso teria partido do governador do estado, Siqueira Campos. Foi uma super operação: 120 homens para fazer apreensões em 28 empresas de três estados e no Distrito Federal. Não encontraram nenhuma prova. Na mandado de prisão preventiva de seis acusados, o juiz da Justiça Federal do Tocantins, escreveu: “... Eles foram avisados, no dia anterior às buscas, pelo governador do estado e se incumbiram de levar ao conhecimento dos demais investigados”. Um dos presos, o empreiteiro Jairon Barros Neves é suspeito de ser um dos chefes do esquema de desvio de dinheiro de emendas parlamentares e convênios destinados ao Tocantins. O telefone dele estava grampeado pela Polícia Federal. Em um telefonema, segundo o mandado, ele avisa outro acusado: “Dá uma ligada pro Ferreira, pro Mário, vai ter uma operação amanhã da Polícia Federal em 28 empresas, então é bom dar uma checada em algum canhoto de cheque, tirar de lá algum registro de computador, entendeu?”. Para outro acusado, ele teria dito: “O governador ligou e informou, entendeu?”. Há dois anos, a Polícia Federal, com autorização da justiça, grava as ligações de mais de 200 pessoas: empreiteiros, funcionários de prefeituras, assessores de parlamentares federais. Segundo as gravações, os acusados ficariam com boa parte do dinheiro destinado, por exemplo, a construção de casas populares, saneamento e estradas. Uma auditoria do Tribunal de Contas da União identificou desvio de quase R$ 60 milhões na pavimentação de cinco estradas. Numa delas, o superfaturamento médio foi de 117%. Para construir a estrada, segundo o orçamento, era preciso derrubar 13 árvores. Mas o Governo Federal pagou por 35.670 árvores. Segundo o auditor, seria a floresta mais densa do planeta. Segundo o secretário de comunicação do Tocantins, Sebastião Vieira de Melo, o governador Siqueira Campos não avisou ninguém da operação. Esta noite, em Brasília, o desembargador Cândido Ribeiro, do Tribunal Regional Federal, mandou suspender o processo até que o tribunal julgue se um dos suspeitos, que é secretário do governo do Tocantins, tem direito a foro privilegiado. O desembargador também concedeu habeas-corpus para um outro acusado preso no Tocantins. Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 30/10/2002

ENÉAS TENTA EXPLICAR DOAÇÕES E SE COMPLICA:
ENÉAS FERREIRA CARNEIRO - PRONA HAVANIR NIMITZ - PRONA O presidente nacional do Prona e deputado federal eleito Enéas, disse ontem que é prática do partido solicitar a filiados que queiram se candidatar que “colaborem financeiramente”, adquirindo cartilhas assinadas por ele. “Uma venda empresarial”, diz. De acordo com ele, o dinheiro arrecadado com a venda dos livretos – chamados por ele de “cartilhas de doutrinação” – não entra na conta do Prona, mas sim na da Enéas Ferreira Carneiro Editora Ltda., de sua propriedade. Essa conta seria uma das fontes de recursos para sua conta bancária pessoal, explicou Enéas. Desta última, “conforme a necessidade”, segundo afirmou Enéas, parte dos recursos pode ser repassada para a conta do Prona, para financiamento de campanhas. “Não tenho nada a esconder, é tudo feito absolutamente às claras e declarado ao fisco”, disse. No entanto, o Ministério Público não descarta uma investigação contra o deputado eleito. Se as doações forem arrecadadas para fins partidários, não podem ir para outras contas antes de constar como doações partidárias. Na ficha de prestação de contas enviada pelo Prona ao TRE, no entanto, não aparece nenhuma movimentação financeira do partido, na campanha. Apenas na do candidato constam doações. Ao lado da vereadora e deputada estadual eleita Havanir Nimitz, Enéas concedeu uma entrevista coletiva para explicar as denúncias, veiculadas anteontem pela Rede Globo, de que o Prona exige dinheiro em troca de legenda para os interessados em disputar eleições. Em gravações feitas por um microempresário, Havanir aparece pedindo contribuição de R$ 5 mil caso ele quisesse ser candidato. “Percebam quão ignominiosa é essa tentativa de desmoralizar a maior votação da história”, pediu Enéas. Segundo Enéas, os pedidos de contribuição não são impostos. Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 14/11/2002

CONEXÃO NORDESTE:
Onze dias antes do segundo turno das eleições, chegou à Procuradoria da República na Paraíba uma denúncia capaz de influenciar o resultado eleitoral em vários Estados. A denúncia revelou aos procuradores, a existência de um milionário esquema de evasão de divisas e lavagem de dinheiro protagonizado pela nata da política nordestina. O depoimento é carregado de detalhes e, para não correr o risco de serem usados para fins eleitoreiros, os procuradores trabalharam em silêncio. Mantiveram as declarações sob sigilo absoluto e começaram a checar as informações com o apoio de procuradores de diversos Estados. Com boa parte das informações já conferida, os procuradores da Paraíba encaminharam o caso para a Procuradoria Geral da República, em Brasília, uma vez que entre os envolvidos estão parlamentares, prefeitos e governadores. “Parte das denúncias coincide com o que já vinha sendo investigado”, disse um procurador sediado em São Paulo. CÁSSIO CUNHA LIMA - PSDB / PB Governador eleito da Paraíba e ex-prefeito de Campina Grande, Trabalhou com a Anacor, mandando dinheiro para a Suíça e para as Bahamas; RONALDO CUNHA LIMA Trabalhou com a Anacor, mandando dinheiro para a Suíça e para as Bahamas; BERTRAND CUNHA LIMA Trabalhou com a Anacor, mandando dinheiro para a Suíça e para as Bahamas; RAMALHO LEITE Trabalhou com a Anacor, mandando dinheiro para a Suíça e para as Bahamas; JOSEBIAS VITORINO DA SILVA Apontado como um dos donos da Anacor, uma das empresas envolvidas; VILMA FARIA - PSB / RN Governadora eleita do Rio Grande do Norte e ex-prefeita de Natal; HERBERT SPENCER BATISTA Ex-marido da governadora Vilma Faria, um dos quem, os contatos eram sempre feitos; HERICSON SPENCER BATISTA Irmão de Herbert Spencer ,ex-marido da governadora Vilma Faria, também um dos contatos; INOCÊNCIO OLIVEIRA - PFL / PE Deputado e líder pefelista na Câmara; FERNANDO CATÃO Ex-secretário nacional de políticas regionais, foi indicado para o cargo pelo deputado Ronaldo Cunha Lima; EDUARDO CAMPOS - PSB / PE Deputado federal , que era o secretário de Finanças de Pernambuco; CARLOS WILSON - PMDB / PE Senador; LUCIANO BIVAR - PFL / PE Deputado; RICARDO FIUZA PFL / PE Deputado; MÁRCIO FORTES - PSDB / RJ Deputado; ARMANDO MONTEIRO NETO - PMDB / PE Deputado que assumiu a presidência da Confederação Nacional da Indústria; WELLINGTON LANDIM - PSB / CE Deputado estadual reeleito em outubro pelo e presidente da Assembléia Legislativa) ; JURACY MAGALHÃES - PMDB / CE Prefeito de Fortaleza; SÉRGIO BENEVIDES - PMDB / CE Deputado estadual reeleito e genro do prefeito Juracy Magalhães, manda-chuva do PMDB no Estado; AMARILDO MACEDO - PSDB / CE Ex-coordenador da campanha do PSDB à Presidência no Estado, comandante do grupo J. Macedo, um dos maiores conglomerados empresariais locais; JOSÉ OTÁVIO QUEIROGA WANDERLEI Agente da PF, que acompanhava o transporte das malas de dinheiro e, inclusive, facilitava seu embarque e desembarque no aeroporto do Recife (PE). No final de setembro, Queiroga acabou sendo preso com um grupo de 16 policiais federais, acusado de liderar grupos que facilitavam o desvio de dinheiro público da Prefeitura de Jaboatão (PE) e promovia o tráfico de drogas e de armas. Fonte: Site da Revista Istoé - www.istoe.com.br - 28/11/2002

FISCAIS E AUDITORES ENVOLVIDOS EM CORRUPÇÃO:
Quatro funcionários do alto escalão do Fisco do Rio de Janeiro e quatro auditores da Receita Federal estão sendo investigados pelo Ministério Público, pela Polícia Federal e pela Receita Federal por extorsão, lavagem de dinheiro e remessa ilegal de mais de US$ 30 milhões para a Suíça. RODRIGO SILVEIRINHA CORRÊA Ex-subsecretário de Administração Tributária da Secretaria de Fazenda e ex-assessor de campanha a governador do Rio, e teria remetido ilegalmente para o exterior US$ 8,9 milhões. A maior parte dessa quantia deixou o país em 1999 e 2000, quando ele ocupava a Subsecretaria de Administração Tributária; CARLOS EDUARDO PEREIRA RAMOS Fiscal de rendas e seu ex-subordinado de Silveirinha, teria feito a maior remessa para os cofres suíços: US$ 18 milhões; LÚCIO MANOEL DOS SANTOS PICANÇO Ex-chefe de Gabinete da Secretaria de Fazenda, que teria mandado US$ 1,2 milhão e atualmente é suplente de deputado federal pelo PDT; RÔMULO GONÇALVES Teria mandado US$ 2,1 milhões para a Suíça. SÉRGIO JACOME DE LUCENA Auditor da Receita Federal, teria mandado ao banco suíço, US$ 320 mil; AXEL RIPOLL HAMER Auditor da Receita Federal, teria mandado ao banco suíço, US$ 680 mil; HÉLIO RAMOS DA SILVA Auditor da Receita Federal, teria mandado ao banco suíço, US$ 450 mil; AMAURY FRANKLIN NOGUEIRA FILHO Auditor da Receita Federal, teria mandado ao banco suíço, US$ 1,8 milhão. Fonte: Site da GloboNews - http://globonews.globo.com/ - 10/01/2003

DEPUTADO TEM 400 HORAS DE ESCUTA FEITA PELA POLÍCIA FEDERAL:
PINHEIRO LANDIM - Sem Partido / CE O deputado federal do Ceará, que renunciou hoje ao mandato (evitando assim, uma cassação, podendo então assumir o próximo mandato, já que foi reeleito), tem 400 horas de escuta telefônica gravada pela Polícia Federal como parte das investigações sobre seu envolvimento com traficantes. Landim é acusado de negociar habeas corpus para traficantes e de participação em esquemas de tráfico. Leonardo Dias Mendonça, acusado de liderar uma quadrilha de cocaína, foi um dos “grampeados” pela PF em conversas com Landim. Em um desses diálogo, Landim afirma ter recebido R$ 337 mil para obter habeas corpus no Tribunal Regional Federal, em Brasília, para tirar Mendonça da prisão. O Supremo Tribunal Federal autorizou quebra de sigilos bancário e fiscal de funcionários e pessoas próximas ao deputado citadas em relatório da PF. Entre eles, dois desembargadores federais e um ministro do Superior Tribunal de Justiça. O relatório da denominada Operação Diamante, iniciada em 1999, aponta ligações de Mendonça com a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), para fornecimento ao eixo Rio-São Paulo. Fonte: Site da Folha de São Paulo - www.folha.com.br - 15/01/2003

DOSSIÊ ITURAMA:
ANDERSON ADAUTO - PL/MG Ministro dos Transportes AELTON JOSÉ DE FREITAS - PL/MG Senador O ministro dos Transportes, Anderson Adauto, e o senador Aelton José de Freitas são acusados de provocar um rombo de mais de R$ 4 milhões numa pequena prefeitura de Minas, utilizando empresas fantasmas, falsificações e laranjas. uma CPI na Câmara Municipal da pequena cidade de Iturama (Minas Gerais) acusa o hoje ministro dos Transportes, Anderson Adauto, de ceder escritório para empresas que participaram das irregularidades. Um denso relatório revela que mais de R$ 4 milhões da prefeitura foram desviados através de uma intricada rede de negócios ilegais envolvendo fornecedores do município nos últimos seis meses de 1996, final da gestão do então prefeito e atual senador Aelton José de Freitas. O dossiê é minucioso e está recheado com mais de uma centena de cópias de cheques da prefeitura, notas fiscais falsas, pelo menos 32 empresas fantasmas e vários laranjas. No centro deste calhamaço explosivo, com mais de 5.000 páginas e 23 robustos volumes, além do senador Aelton José de Freitas, está, o deputado federal e atual ministro dos Transportes, Anderson Adauto. “As investigações levadas a efeito comprovaram enorme volume de práticas criminosas, desvio de dinheiro público em benefício próprio e de terceiros, falsificações grosseiras, uso de documentos particulares e públicos falsificados, defraudações com malversação do dinheiro público, bem como formação de quadrilha”, acusa o relatório final da CPI de Iturama. Fonte: Revista Istoé - 15/01/2003

JUSTIÇA FEDERAL BLOQUEIA BENZ DE 10 EM RONDÔNIA:
HERALDO FRÓES RAMOS PEDRO PEREIRA DE OLIVEIRA ROSA MARIA NASCIMENTO SILVA JOÃO OTÁVIO BARBOSA PINTO ELISETE VITÓRIA KASMIRSKI RONCHETTI ANA ROSA DEMÉTRIO TORRES ACCIOLY JOSÉ DA SILVA ANTÔNIO ADAMOR GURGEL DO AMARAL Três acusados são ex-presidentes do TRT. A ação civil foi aberta com base em investigação do Ministério Público Federal, que acabou identificando superfaturamento de R$ 19,57 milhões nas obras de construção do prédio do TRT. Auditoria do Tribunal de Contas da União indicou que o rombo chegou a R$ 30,1 milhões, em valores de agosto de 1999. Foi decretado embargo do patrimônio de três ex-presidentes da corte, juízes Heraldo Fróes Ramos (1991-1992), Pedro Pereira de Oliveira (1993-1994) e Rosa Maria Nascimento Silva (1995-1996), acusados de improbidade. Foram firmados 11 termos aditivos contratuais, a maior parte relacionada a alterações orçamentárias. Segundo a Procuradoria, com o sobrepreço “dava para construir outro TRT”. O engenheiro da obra, João Otávio Barbosa Pinto, assim como os integrantes da Comissão de Licitação (Elisete Vitória Kasmirski Ronchetti, Ana Rosa Demétrio Torres e Accioly José da Silva) e os três sócios-gerentes da Cota - Construtora da Amazônia S.A., são réus na ação. Um dos sócios, Antônio Adamor Gurgel do Amaral, era juiz classista do próprio TRT na época da concorrência. Para o juiz federal, “de há muito a Lei 8.429/92 (Lei da Improbidade) tem incomodado determinados agentes políticos que, quando na posição de réus por suposta infração aos comandos dessa lei, se vêem alvo de perseguições políticas”. A juíza Rosa Maria declarou que “não teme” a quebra do sigilo. “Pode quebrar o que quiser e quantas vezes quiser, vivo nas condições do meu salário”, desafiou. Ela disse que, quando assumiu a presidência do TRT, em 1995, as obras estavam na fase de acabamento. “Autorizei liberação de verbas exclusivamente com base no cronograma do engenheiro”, garantiu. Os outros citados não se manifestaram sobre a denúncia. Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 16/02/2003

MINISTRO DO STJ ENVOLVIDO EM VENDA DE HABEAS-CORPUS:
VICENTE LEAL O Superior Tribunal de Justiça, numa decisão inédita, afastou hoje o ministro Vicente Leal. E decidiu abrir processo administrativo contra ele. Os ministros analisaram o relatório da comissão de sindicância do tribunal, que concluiu que havia indícios de envolvimento do ministro Vicente Leal com o suposto esquema de venda de habeas-corpus para a quadrilha do traficante Leonardo Dias de Mendonça. Por 28 votos a dois, os ministros decidiram abrir processo administrativo e, por 30 votos a 0, afastaram Vicente Leal das funções. O ministro Vicente Leal negou envolvimento no caso. Ele disse que não teve direito à defesa. O ministro afirmou ainda que está tranqüilo e acredita que será inocentado. Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 02/04/2003

PREFEITO RICO, CIDADE POBRE:
JOÃO PEDRO FILHO A receita mensal de Guamaré (Rio Grande do Norte), é quase seis vezes maior que a de Natal, a capital do estado. Por aqui e a riqueza jorra sem parar. O município é um dos maiores produtores de petróleo do país. São 2 milhões de reais por mês, entre royalties e impostos. O difícil é encontrar na cidade, de 8 mil habitantes, obras que indiquem tamanho investimento. O hospital público funciona com apenas um médico. Não tem sequer um aparelho de raio-x. Só atendimento básico. “As cirurgias daqui são encaminhadas para Natal.”, conta uma enfermeira. Uma moradora diz que a população depende dos favores do prefeito: “O hospital não tem remédio, traz todo mundo na coleira, para as pessoas pedirem na porta dele um vidro de remédio. Como se ele estivesse nos fazendo um grande favor.” Há dois anos o Ministério Público pediu afastamento do prefeito João Pedro Filho. “Se está se aplicando, nos diga onde está ainda esse dinheiro.”, disse o promotor. O Tribunal de Contas da União constatou que a prefeitura pagava por obras não realizadas, sem licitação e superfaturadas. A adutora custou quase o dobro do preço de mercado. Três reservatórios, pagos com dinheiro público, foram construídos em propriedade do prefeito. João Pedro Filho, que está no terceiro mandato, apesar da origem humilde e da pouca escolaridade, é dono de várias casas, parque de vaquejada e mais de 40 fazendas, segundo o Ministério Público - o que o tornou o maior criador de gado e o velhos da região. O prefeito não quis comentar as denúncias. Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 09/05/2003

IRREGULARIDADES EM CANSANÇÃO:
JOSÉ ZITO GÓES - O município de Cansanção (Bahia) é um dos mais pobres do Nordeste. Contra a prefeitura da cidade, que fica no sertão da Bahia, o Ministério Público ofereceu denúncias de estelionato e improbidade administrativa. Um extrato bancário mostra que o dinheiro liberado pelo Governo Federal para o ensino fundamental foi usado para pagamento de despesas pessoais do prefeito, José Zito Góes. A pedido dele, o cheque de R$ 135 mil foi depositado na conta de um comerciante. “No outro dia disse: paga a fulano, sicrano, paga um carro que eu comprei”,contou o comerciante. A folha de pagamento mostra que a prefeitura vinha gastando quase R$ 50 mil por mês com salários de pessoas que nem sabem que são funcionários do município, nem conhecem Cansanção. É o caso de um ferroviário aposentado que mora em outra cidade. Nunca estudou, mal consegue assinar seu nome, mas aparece na lista como professor. Num cofre, que desapareceu misteriosamente, estavam guardados R$ 38.200. Dinheiro do pagamento de 1.500 crianças cadastradas no Peti - o programa de erradicação do trabalho infantil do Governo Federal. A polícia abriu inquérito, investigou e chegou a dois suspeitos: o motorista particular o prefeito e o tesoureiro da prefeitura. Eles chegaram a ser presos, mas já estão em liberdade. O tesoureiro, Evaldo Pereira dos Santos, diz que é inocente: “Eu mesmo já carreguei tanto dinheiro, se quisesse levar era tão fácil de levar. Não levei, não ia me complicar por 30 e poucos mil”. Trinta e poucos mil que fazem muita falta na zona rural de Cansanção. Uma senhora que tem dois filhos menores, e tem direito a R$ 50 do Peti, passou dois meses sem receber o dinheiro. “Nós passamos dificuldade. Era o dinheiro de comprar alimentos, passamos até fome. Quando fui receber o dinheiro disseram que não iam fazer o pagamento porque tinham roubado o cofre com o dinheiro”, conta a dona de casa. O prefeito está afastado do cargo por decisão da câmara municipal. Ele entrou com recurso no tribunal de justiça e tenta voltar. Quando assumiu a prefeitura ele morava numa casa modesta. Agora, está construindo uma mansão, numa área de 10.000m², cercada com muro alto, guarita para os seguranças e circuito interno de TV. Procurado, o prefeito afastado não quis dar entrevista. Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 13/05/2003

FORÇA TAREFA EM PORTO SEGURO:
JOSÉ UBALDINO ALVES JÚNIOR ULDURICO ALVES PINTO ESMERALICE ASSIS Já está em Porto Seguro, na Bahia, a forca tarefa designada pelo presidente da República para investigar as denúncias de corrupção na prefeitura. O prefeito, José Ubaldino Pinto Júnior, o secretário de Saúde, Uldurico Alves Pinto, e a secretária de Educação, Esmeralice Assis, montaram um esquema que pode ter desviado R$ 50 milhões dos cofres públicos. A matéria apresentada no Fantástico, mostrava que um jornal foi montado e a dona do jornal é uma mulher analfabeta. Ou seja, foram na casa dela e pediram para ela assinar um documento que era pra arrumar emprego pra ela. Ela assinou o documento e virou presidente do jornal, sem saber. Outra matéria diz que o pãozinho de Porto Seguro é comprado de uma empresa em Salvador. Outras empresas que foram montadas não existem. A entrevista foi na casa das pessoas e não existem as empresas.” O prefeito José Ubaldino tirou licença de 30 dias, e os secretários de Saúde e Educação pediram demissão. Fonte: Fantástico - Rede Globo - 18/05/2003

VENDA DE HABEAS-CORPUS:
PEDRO AURÉLIO ROSA DE FARIAS WILMAR BARRETO MANOEL BARRETO É o Superior Tribunal de Justiça que vai decidir se abre processo contra o desembargador Pedro Aurélio Rosa de Farias. Também foram denunciados pelo Ministério Público o juiz Wilmar Barreto e o irmão dele, o advogado Manoel Barreto, que já está preso. Num depoimento ao Tribunal de Justiça, o traficante Alexandre Lima Silva confessou que pagou R$ 240 mil para conseguir um habeas-corpus. Com autorização da justiça, a polícia de Brasília gravou as conversas de Alexandre com o advogado, que teria assegurado que o traficante seria solto. A principal prova contra o desembargador Pedro Aurélio foi o depoimento do juiz que mandou prender o traficante. Na sindicância aberta pelo Tribunal de Justiça, o juiz disse que o desembargador ligou pedindo para soltar o traficante. E, num segundo telefonema, teria insistido no pedido, que foi negado pelo juiz. Duas semanas depois, o traficante foi solto: a ordem foi do desembargador Pedro Aurélio. Segundo a denúncia, a Comissão de Sindicância do Tribunal de Justiça do Distrito Federal concluiu que há indícios de que ele cometeu dois crimes: tráfico de influência e corrupção passiva. O Ministério Público também pediu a prisão do desembargador porque ele teria ameaçado testemunhas. Depois das acusações, o desembargador Pedro Aurélio pediu uma licença de 11 meses. O desembargador não quis gravar entrevista. Disse que é vítima de uma campanha difamatória e que concedeu o habeas-corpus porque a prisão do traficante teria sido ilegal. O juiz Wilmar Barreto não se manifestou sobre as acusações. Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 27/05/2003

SEM PUDOR:
CLÓVIS SAHIONE Fiscais e auditores da Receita Federal estão presos e respondem a processo por suposto envio de mais de US$ 30 milhões ilegalmente para a Suíça. O juiz pediu para que os oito investigados assinassem um documento. Por meio de um exame grafotécnico, o juiz quer fazer uma comparação com as assinaturas das aberturas de contas no banco suíço. Nas imagens (filmadas), é possível ver o fiscal Carlos Eduardo Pereira Ramos - que está algemado - e o advogado dele conversando. Estão em frente ao juiz e falam muito baixo. “Se você puder fazer uma letra diferente não tem problema nenhum, você vai assinar aqui agora. Então, quando você fizer o ponto no “i” procura fazer ponto borrachinha. O “t” você bota ao contrário. Tá certo meu filho? tá?”, disse o advogado Clóvis Sahione para seu cliente, Carlos Eduardo. O advogado Sahione disse que deu a orientação porque o fiscal estava algemado: “Algemado a algum tempo, olhou para mim e disse: ‘estou insensível’. E chorando. Eu disse a ele: então assina de qualquer maneira”. O juiz explicou, no entanto, que durante todo o tempo o advogado sabia que as algemas seriam retiradas para que o fiscal pudesse assinar o documento. O Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil informou que vai instaurar um processo disciplinar contra o advogado Clóvis Sahione. Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 29/05/2003

PECHINCHA:
LUIZ OTÁVIO DE QUEIRÓZ FRAZ DEUSAMAR ALVES BEZERRA A Ilha do Santo, em Araguacema (Tocantins), um santuário ecológico e um dos roteiros mais procurados do estado. Há dois anos e meio, este paraíso tem, legalmente, dois donos. Dois juízes do estado foram escolhidos pelo governo do estado para comprarem uma ilha toda de 330 hectares por R$ 330; ou seja, os dois magistrados compraram uma paradisíaca ilha pelo valor aproximado de R$ 1 o hectare, constata um procurador de Justiça. O problema moral estaria estampado na escritura. Os magistrados Luiz Otávio de Queiróz Fraz e Deusamar Alves Bezerra pagaram R$ 330,81 pela área e gastaram com as custas judiciais R$ 33,08. A transação foi rápida: no dia 4 de dezembro de 2000, o Instituto de Terras do Tocantins tombou a área e, no dia seguinte, fez a transferência de titularidade para dos juízes. “Em qualquer lugar é uma coisa indecente, principalmente se tratando de dois magistrados cuja função não era de adquirir imóvel naquela situação”, observa uma procuradora de Justiça. A reação contra o negócio começou entre os 4 mil habitantes de Araguacema. Os procuradores receberam um documento com 300 assinaturas denunciando a transação. Toda a economia local depende da ilha. “Uma coisa que é de todo mundo, privatizar, ou seja, para dois particulares, coisa que é nossa, que sempre fomos criados dentro, com toda a liberdade de ir lá, passeal, fazer trilha, entendeu?”, declara uma engenheira ambiental. O dono de metade da ilha é o homem mais influente da cidade: Luiz Otávio de Queiróz Fraz nasceu na região. É juiz de direito na capital, mas ganha uma gratificação para tomar conta da comarca local. O sócio de Luiz Otávio, o juiz Deusamar disse, que os dois tinham um projeto de exploração econômica da ilha. ‘É um hotel fazenda, uma coisa nesse sentido, era essa a proposta inicial que a gente tinha. O projeto dos dois juízes prevê a proibição de barracas na praia, a construção de restaurantes e a cobrança de tarifa aos barqueiros. Quem vive dos pequenos negócios, está preocupado. “A gente sabe que tem gente que passa fome e só ganha o dinheirinho no mês de julho, que é o mês da exploração da praia, que é poder pôr uma barraquinha para trabalhar”, conta uma dona de casa. As críticas irritaram tanto o juiz que ele apresentou queixa-crime contra pessoas que fizeram o abaixo-assinado. O prefeito da cidade apóia os juízes, a quem chama de “empresários”. Mas a lei brasileira proíbe a qualquer magistrado manter atividade empresarial. “Nos termos que foram colocados pelos empresários, que adquiriram a ilha, pelos proprietários que adquiriram a ilha para o manejo sustentável, estou de acordo. A prefeitura assinou... O município vê como investidor... Eu, na condição de prefeito, não posso fazer distinção de quem vem investir no município”, declara o prefeito de Araguacema, José Paulo Ribeiro Filho. Fonte: Fantástico - Rede Globo - 08/06/2003

ENVOLVIMENTO ARRISCADO:
JOÃO ARCANJO RIBEIRO JOSÉ RIVA HUMBERTO BOSAIPO A quebra do sigilo bancário do comendador João Arcanjo Ribeiro, empresário de Mato Grosso, acusado de lavagem de dinheiro, revelou que em quatro anos, deputados depositaram mais de sessenta e cinco milhões de reais na conta dele. A quebra do sigilo bancário das empresas do comendador revelou uma cifra milionária: 65,278 milhões de reais depositados entre 1998 e 2003. O dinheiro saiu dos cofres da Assembléia Legislativa direto para as contas das factorings do comendador, que por lei, só poderiam fazer transações com pessoas jurídicas. Os cheques foram emitidos pelos deputados José Riva e Humberto Bosaipo. Cópias dos relatórios do Banco Central agora vão ser enviadas às procuradorias do Estado e da república. Os promotores vão tentar descobrir por que o dinheiro público foi parar em contas particulares. Há suspeita de apropriação indevida e lavagem de dinheiro. Não é o primeiro indício. Ano passado notas promissórias dos deputados revelaram a relação deles com João Arcanjo. O homem acusado de chefiar o crime organizado em Mato Grosso está preso no Uruguai e aguarda extradição para o Brasil. O contrabando, o tráfico e toda a rede criminosa controlados pelo comendador em Mato Grosso ainda podem estar funcionando. No começo do mês a polícia fechou três bancas do jogo do bicho que pertenciam a João Arcanjo em Barra do Garça, divisa com Goiás. Fonte: Jornal da Globo - Rede Globo - 20/06/2003

JUIZ ROCHA MATTOS É PRESO EM SP:
NORMA REGINA EMÍLIO CUNHA JOSÉ AUGUSTO BELINI DIRCEU BERTIN JOÃO CARLOS DA ROCHA MATTOS Foi preso pela Polícia Federal, em São Paulo, o juiz federal Rocha Mattos, então titular da 4ª Vara Criminal, acusado de encabeçar uma rede que vendia sentenças para contrabandistas, segundo investigação da Operação Anaconda. Rocha Mattos estava no apartamento da ex-mulher, Norma Regina Emílio Cunha, ex-auditora fiscal do Tesouro, também presa na Operação Anaconda. A operação foi o resultado de uma investigação de mais de um ano da PF. Escutas telefônicas teriam captado indícios das negociações ilícitas entre criminosos e membros do Judiciário. O superintendente da PF de São Paulo determinou hoje o afastamento do corregedor do órgão no Estado, delegado Dirceu Bertin, e do chefe do Setor de Passaportes, delegado José Augusto Belini. O delegado Belini e outros sete acusados do caso estão presos em São Paulo. Em 1992, foi afastado do cargo, por haver ameaçado, por carta, o presidente do Tribunal Regional Federal. Rocha Mattos, conhecedor, como poucos, das leis e dos bastidores da polícia, orgulhava-se de ser um julgador rápido. Chamava para si processos rumorosos que envolviam operações de notórios criminosos, políticos e empresários influentes. Com base em questões técnicas, foi o autor do arquivamento do “Caso Cobrasma”: inquérito criminal que apurava um suspeito lançamento de ações da empresa do então presidente da Fiesp, Luis Eulálio de Bueno Vidigal Filho, no final dos anos 80. Na década seguinte, teria seu nome associado a inquéritos envolvendo o ex-governador Orestes Quércia, beneficiado por decisões suas (“raspadinha”, privatização da Vasp e importação de equipamentos de Israel). Na tramitação deste último processo, isentou Quércia de responsabilidade por compra superfaturada de R$ 310 milhões, apesar de documento firmado por Quércia autorizar as compras. Investigado sigilosamente pelo TRF, diante da suspeita de ligações com doleiros e seus advogados, Rocha Mattos morava, sem pagar aluguel, num apartamento de propriedade de uma offshore cujo procurador é o advogado Carlos Alberto Costa e Silva, advogado de doleiros preso também pela Operação Anaconda. Fonte: Site da Folha de São Paulo - www.folha.com.br - 07/11/2003

MANDATO DO PREFEITO DE ANÁPOLIS É CASSADO:
ERNANI JOSÉ DE PAULA - GO A Câmara de Anápolis (GO) cassou nesta madrugada o mandato do prefeito Ernani José de Paula. Ele é acusado de cometer uma série de irregularidades e a principal delas foi o desvio de recursos. O processo de cassação durou cerca de seis meses e culminou à 1h30 de hoje. O vice-prefeito tomou posse no início da manhã. Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 14/11/2003

ESCÂNDALO DOS GAFANHOTOS:
FLAMARION PORTELA NEUDO CAMPOS AUGUSTO IGLESIAS - A Procuradoria da República diz que tem documentos sobre envolvimento do governador Flamarion Portela com o escândalo dos gafanhotos, em Roraima. A Polícia Federal prendeu o ex-deputado Augusto Iglesias e a mulher dele, que estavam foragidos. A Polícia Federal pediu a prisão preventiva do ex-governador Neudo Campos, que ainda não foi julgada. O Ministério Público Federal vai denunciar o ex-governador e mais 57 pessoas pelo desvio de R$ 300 milhões da folha de pagamento de Roraima. E vai encaminhar também para tribunais superiores em Brasília, documentos que acusam deputados estaduais e federais que têm direito a imunidade. Fonte: Site do Jornal Nacional - www.globo.com/jn - 05/12/2003

ÀS VEZES, PERGUNTAR OFENDE:
JOSÉ CARNEIRO NETO (e outros que infelizmente não conseguimos os nomes) - Vereadores de Juazeiro do Norte (Ceará), queriam imunidade no código de trânsito. Acusados de corrupção passiva, eles se defenderam dizendo que pedir não custa nada. Dezesseis dos 21 vereadores de Juazeiro do Norte assinaram o documento que pedia a anulação. Cada vereador queria o direito de cancelar 30 multas por mês. “Pedir, você pode pedir o céu e as estrelas. Cabe ao prefeito analisar a legalidade daquilo”, afirma o vereador José Carneiro Neto. A princípio, o prefeito ficou na dúvida. “Não acho direito nem errado. Eu não acho nada”, afirmou o prefeito Carlos Cruz. Mas orientado pela assessoria, agora o prefeito tem uma opinião. “Opinou contrariamente ao pleito solicitado pelos vereadores”, disse ele. * TARCÍCIO LANDIM - Em Juazeiro do Norte, promotor pediu a abertura de inquérito policial contra os 16 vereadores que pediram a anulação das multas de trânsito deles e de eleitores. Segundo o promotor, os vereadores cometeram crime de corrupção passiva. O assunto foi discutido novamente em sessão da Câmara. Vereadores de oposição, que não assinaram o documento, lamentaram o desgaste da imagem da Câmara. O presidente, Tarcísio Landim, que assinou o pedido, não quis falar sobre o assunto. Fontes: Jornal da Globo, Rede Globo / TV Verdes Mares - 10/12/2003

UMA AJUDA DA VICE-PRESIDÊNCIA:
JOSÉ ALENCAR - PL - Em outubro de 2003, um comerciante aposentado enviou para um velho amigo de Minas Gerais, o advogado Ronaldo Dornellas de Assis Ribeiro, um pedido muito especial. Ele queria apoio para a solicitação que já fizera a outro velho amigo, o vice-presidente da República, José Alencar. A carta diz: “Enviei para o vice-presidente da República, José Alencar, um pacote idêntico a este com a finalidade de alcançar a ambição do meu neto... Eu fui sócio dele, do Zé Alencar, do vice-presidente.” E a ambição não era modesta: uma vaga de médico-residente no Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia (Into), classificado como o “melhor hospital do Rio de Janeiro”. No concurso para a escolha dos residentes do Into havia 117 candidatos para 6 vagas. Na carta para Ronaldo de Assis Ribeiro, diz que o neto, para se classificar, vai depender “da ajuda de amigos influentes, respeitados, de prestígio, pois a luta política é grande na área e também a escassez de vaga; talvez o José Alencar necessite do seu auxílio para, se possível, me atender neste pedido”. Ronaldo de Assis Ribeiro é cunhado do vice-presidente. Em 2003, chegou a ser nomeado para o gabinete de José Alencar, mas o vice-presidente, acusado de nepotismo, voltou atrás e exonerou o cunhado. Na última quinta-feira, Ronaldo de Assis Ribeiro estava no Gabinete da Vice-Presidência em Brasília. “Recebi esta carta e a encaminhei para o gabinete”, conta Ribeiro. Em novembro de 2003, o diretor do Into recebeu um ofício assinado pelo chefe de gabinete da Vice-Presidência da República, Adriano Silva. No ofício, Adriano, dizendo falar em nome do vice-presidente José Alencar, encaminha um pedido especial. No ofício, de número 1895/2003, escrito em papel timbrado da Vice-Presidência, o chefe de gabinete solicita ao diretor do Into “a gentileza de examinar, com especial interesse, o pleito anexo”. O “pleito anexo” era a carta do comerciante. Na mesma carta em que fez o pedido, o comerciante elogiava a ética na política: “Quero dizer que atitudes como a sua valem como demonstração cabal de que a ética, a dignidade política e os direitos humanos seguem contando com bons defensores em nossa terra.” Fonte: Site do Fantástico - Rede Globo - http://fantastico.globo.com - 25/01/2004

BICHO NA CAMPANHA:
WALDOMIRO DINIZ - Subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República, Waldomiro Diniz. fita gravada em 2002 pelo empresário e bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Na gravação, Waldomiro pede propina para si mesmo e dinheiro para a campanha eleitoral. Em troca, promete beneficiar Cachoeira em uma concorrência pública. Na ocasião, Waldomiro Diniz presidia a Loterj, Loteria do Estado do Rio de Janeiro, no governo da petista Benedita da Silva. Waldomiro tentou negar as imagens, mas acabou confessando: levou dinheiro do jogo do bicho para a campanha eleitoral do PT. Entregou pessoalmente R$ 100 mil ao comitê do candidato ao governo de Brasília, Geraldo Magela. ‘’Ele entregou na minha mão e foi entregue à campanha do Magela’’, admitiu Waldomiro, referindo-se a Cachoeira. Na política do Rio, Waldomiro cercou as favoritas das pesquisas de opinião. Até a noite da quinta-feira, Waldomiro Diniz ocupava um gabinete no 4o andar do Palácio do Planalto. Desde a reforma ministerial de janeiro reportava-se ao ministro da Articulação Política, Aldo Rebelo. Chegou ao governo a convite do ministro da Casa Civil, José Dirceu, de quem é antigo colaborador e vizinho de gabinete. Ambos despacham um piso acima do Presidente da República. Fonte: Site da Revista Época - www.epoca.com.br - 16/02/2004

TESTEMUNHA DIZ COMO DINHEIRO DA LOTERIA DO RIO TERIA SIDO DESVIADO:
BISPO RODRIGUES - PL JORGE LUIZ DIAS - O autor das denúncias contra o Bispo Rodrigues confirmou a ligação entre o deputado federal afastado ontem da Igreja Universal e Waldomiro Diniz. Jorge Luiz Dias deu novos detalhes sobre um esquema de desvio de dinheiro público no Rio de Janeiro. Jorge Luiz Dias fez as denúncias que provocaram o afastamento do Bispo Rodrigues da Igreja Universal, por ligações com o ex-presidente da Loterj e ex-assessor do Planalto, Waldomiro Diniz. “No todo, em mais ou menos aproximadamente um ano eu devo ter entregue uma média de R$ 200 mil, R$ 150 mil, que eu achava que era uma comissão, que na realidade era uma propina... Na ocasião, o Bispo Rodrigues tinha indicado Waldomiro como presidente da Loterj e isso seria uma forma da gente contemplar as pessoas que ajudaram a gente na campanha, enfim.” Jorge Dias também apresentou cópias de dois cheques que teria recebido da agência Job Niterói - cada um de R$ 4 mil. Fonte: Site do Jornal Nacional - www.globo.com/jn - 20/02/2004

ALVO DE INVESTIGAÇÃO:
JOSÉ WURTEMBERG MANSO - Fitas gravadas pelo próprio prefeito de Alfenas (Minas Gerais) e acabaram virando um grande problema para ele. Numa reunião com vereadores, o prefeito aparece distribuindo dinheiro e pedindo apoio para aprovar projetos. Um funcionário de uma das empresas do prefeito chega ao gabinete. Traz um pacote de onde tira maços de dinheiro. O prefeito conta as notas e guarda tudo numa gaveta. Seis vereadores chegam para uma reunião. A conversa é sobre projetos do prefeito em tramitação na Câmara Municipal. José Wurtemberg Manso alega que o dinheiro teria sido enviado em 2002 por três candidatos a deputado e um a governador para cobrir gastos da campanha eleitoral. “Esses vereadores trabalharam para candidatos que eu estava apoiando, esse dinheiro foi justamente para efetuar o pagamento do trabalho deles na campanha política. Esse dinheiro eu recebi dos candidatos que apoiei, do Newton Cardoso, do Carlos Pimentel, do Geraldo Resende”, garante o prefeito. Cinco vereadores que aparecem na gravação não quiseram gravar entrevista. Dois deram a mesma explicação que o prefeito, mas este cita um valor diferente. “Recebi R$ 2 mil e recebo novamente se for preciso, se me der o deputado, para campanha política. Jamais recebi outro dinheiro sem ser esse”, afirma o vereador Roberto Marcolino. O prefeito José Wurtemberg Manso já responde a um processo no Tribunal de Justiça do estado em que é acusado de contratar por quase R$ 1,5 milhão uma empresa sem licitação. Há também sete investigações em andamento para apurar outras suspeitas de corrupção. O ex-governador Newton Cardoso disse que não conhece nenhum vereador de Alfenas e que nunca deu dinheiro para que eles trabalhassem na campanha ao governo do estado. O ex-deputado Geraldo Resende também negou o envio de dinheiro. Já o deputado estadual Carlos Pimenta afirmou que o comitê de campanha dele na cidade teria dado aproximadamente R$ 500 para cinco dos vereadores mostrados na imagem para a contratação de mão-de-obra e a compra de combustível. José Wurtemberg Manso é prefeito de Alfenas pela terceira vez. Mas no segundo mandato não terminou o governo. Foi cassado por improbidade administrativa. Fonte: Site do Jornal Nacional - www.globo.com/jn - 04/03/2004

VEREADOR CANELÃO CONDENADO:
RAIMUNDO CARLOS SALUSTIANO (CANELÃO) / MS - O vereador de Corumbá Raimundo Carlos Salustiano, conhecido como “Canelão”, teve os direitos políticos suspensos por oito anos. A medida do Superior Tribunal de Justiça prevê a perda do mandato eletivo. Cabe agora ao juiz eleitoral determinar a cassação do parlamentar. Salustiano disse ainda que ainda lhe resta um recurso na ação civil pública de improbidade administrativa que corre contra ele. O processo contra Salustiano foi impetrado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul em junho de 1998 e em todas as fases permitiu recursos. A acusação se refere à má gestão de recursos da ordem de R$ 80 mil, em um contrato de prestação de serviços. Fonte: Portal Terra - www.terra.com.br - 02/04/2004

SERVIÇO EXTERNO:
FRANCISCO ROLIM / RS CARLOS BEMVINDO RODRIGUES / RS - No Rio Grande do Sul, os vereadores de Eldorado do Sul, um pequeno município na região metropolitana de Porto Alegre, descobriram uma forma de aumentar os salários. Eles viajam, e com o valor pago pelas diárias, garantem vencimentos extras que podem passar de R$ 5.000,00 por mês. Os 9 vereadores gostam mesmo de viajar. Só no ano passado, eles gastaram R$ 228.000,00 em diárias. O presidente da câmara garante que todo este gasto faz bem para o município. “Recursos, conhecimentos, nós temos um município novo e nós temos que aprender”, diz Francisco Rolim, presidente da Câmara dos Vereadores. Os vereadores recebem 300 reais por dia, quando viajam dentro do Rio Grande do Sul. Quando vão para fora, a diária sobe para R$ 750. na região metropolitana de Porto Alegre. O ex-presidente da Câmara até tentou cortar os gastos. Criou um projeto que diminuía em 50% o valor das diárias. A proposta sequer chegou a ser votada. O curioso, é que o mesmo vereador já liderou o ranking das diárias: ganhou R$ 68 mil em 2002. Este outro vereador acha justo o valor das diárias. No ano passado, ganhou R$ 50 mil e a viagem mais longa não passou de Santa Catarina. Para ele, o dinheiro extra serve para compensar o salário de R$ 1.800,00, que ele acha baixo. “Um vereador viver com R$ 1.800,00, toda as despesas, o que sobra?”, diz o vereador Carlos Bemvindo Rodrigues. Fonte: Jornal da Globo - Rede Globo - 16/04/2004

PREFEITO DE TATUÍ DESVIA R$ 20 MILHÕES DOS COFRES PÚBLICOS:
ADEMIR BORSSATO NELSON ANDREOLI - O prefeito e o alto escalão de Tatuí, no interior de São Paulo, desviaram perto de R$ 20 milhões dos cofres públicos. A conclusão é do Tribunal de Contas do Estado, que confirmou todas as denúncias. Segundo o TC, a inspeção foi marcada por empecilhos, que iam desde a não apresentação de documentos até conversas incompatíveis com a boa prática da administração pública. Um dos principais suspeitos é Nelson Andreoli, secretário de obras de Tatuí desde 1997. Numa conversa com um funcionário, o secretário revela que levar vantagem é uma prática comum na prefeitura. Entre outras denúncias, a prefeitura usaria empresas fantasmas para prestar serviços públicos. Uma delas é a Urbserv. A empresa realizaria a limpeza na cidade, mas no endereço citado na inscrição estadual só existe um sobrado, que está fechado há anos. O prefeito, suposto chefe do esquema, nunca aceitou as denúncias. A Câmara Municipal de Tatuí, que também investiga as denúncias, poderá acatar o relatório do Tribunal de Contas. Se isso acontecer, os vereadores devem propor a cassação do prefeito. Mas tirar Ademir Borssato do poder não será fácil, já que ele tem maioria na Câmara. Fonte: Jornal da Band - Rede Bandeirantes - 19/04/2004

LEI QUE PUNE CRIMES COMETIDOS POR POLÍTICOS PODE MUDAR:
CÉSAR BORGES / BA - Um projeto em discussão no Senado quer dificultar a punição dos envolvidos em casos de corrupção, desvio do dinheiro público ou compra de votos. O projeto é do senador baiano César Borges. Ele responde processo na Justiça por abuso de poder econômico e político. Entidades civis consideram a nova proposta um retrocesso. No município de Ipuaçu, em Santa Catarina, o prefeito Luiz Antônio Seraglio trocou material de construção por votos, durante a campanha. Teve o mandato cassado e foi substituído pelo candidato derrotado. Segundo a proposta, o acusado de crime eleitoral só perderá o mandato ou o registro de candidato depois de uma condenação definitiva em que não caiba mais qualquer recurso a tribunal. E as denúncias terão de ser apresentadas em muito pouco tempo: até cinco dias depois da eleição. Esta proposta só não foi apreciada ainda, porque a pauta do Senado está bloqueada com medidas provisórias que têm preferência nas votações. Resolvido isso, o projeto deverá ser discutido e votado com prioridade, graças a um acordo político que está sendo costurado no Congresso. Um estudo da organização Transparência Brasil revela que 6% dos eleitores receberam propostas para vender o voto nas últimas eleições. O número dobra nas regiões mais pobres, o que, para os pesquisadores, justifica a necessidade de leis rigorosas. “Acho que se trata de uma piada de mau gosto. Esse projeto transforma a compra de votos em um crime que não teria nenhuma conseqüência e me parece um total absurdo que um projeto de lei desses seja apresentado”, diz o diretor da Transparência Brasil. Fonte: Site do Jornal Nacional - www.globo.com/jn - 10/05/2004

MÁFIA DO SANGUE:
LUIZ CLÁUDIO GOMES DA SILVA MANOEL PEREIRA BRAGA NETO MARCOS JORGE PUPKIN ELIAS ABBOADALLA LOURENÇO PEIXOTO MARCOS JORGE CHAIN JAISLER ALVARENGA FRANCISCO HONORATO ARMANDO COELHO ANDRÉ MURGEL EDUARDO PEDROSA ROMEU DE AMORIM ROMMEL PONTES PEIXOTO - Luiz Cláudio, amigo de confiança do Ministro da Saúde passou a coordenar um desfalque que começou em 1990 e já teria causado um prejuízo aos cofres públicos de mais de R$ 2 bilhões. Ele e outros cinco funcionários do Ministério da Saúde foram presos junto com empresários e lobistas pela Operação Vampiro, desencadeada pela Polícia Federal. A PF também prendeu o servidor Manoel Pereira Braga Neto, assessor e primo de Luiz Cláudio. No Rio de Janeiro e em São Paulo foram pegos os empresários Marcos Jorge Pupkin, dono da Panambra Pitta, e Elias Abboadalla, representante da Baxter Hospitalar. Os policiais estão caçando os empresários Lourenço Peixoto, vice-presidente do Jornal de Brasília, Marcos Jorge Chain e Jaisler Alvarenga. A ligação entre os empresários e os servidores públicos era feita pelos lobistas Francisco Honorato, Armando Coelho, André Murgel, Eduardo Pedrosa e Romeu de Amorim, que atuavam na capital federal. “Se não tivesse mandado investigar o esquema, estaria funcionando até hoje... afirmou o ministro. A quadrilha praticava fraudes em licitações e superfaturamento na compra de hemoderivados para o Ministério da Saúde. Eles chegavam a pagar 42% acima do valor real. Tudo isso sob a chancela de Luiz Cláudio. O produto do roubo seria dividido entre os envolvidos. Luiz Cláudio é filiado ao PT do Recife e no seu apartamento, em Boa Viagem, a PF encontrou US$ 22 mil, 7,5 mil euros e R$ 114 mil. Tudo em dinheiro. Já na casa de Rommel Pontes Peixoto, em Jaboatão do Guararapes (PE), foram apreendidos recibos de compra de obras de arte no valor de R$ 145 mil. Peixoto, que está foragido, é apontado pela PF como um dos principais integrantes do esquema. Ele, que atuou no esquema PC Farias, trabalhou na extinta Central de Medicamentos (Ceme). Fonte: Site da Revista Istoé - www.istoe.com.br - 26/05/2004

FRAGRANTE DE CORRUPÇÃO:
PASTOR WAGNO - PL/GOIÁS Segundo a polícia, o presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Pastor Wagno, do PL, queria receber dinheiro para garantir votações de interesse da prefeitura. Na hora de pagar, o prefeito diz que não tem todo o dinheiro. O vereador queria R$ 10 mil reais. “Não tenho todo dinheiro”, disse o prefeito. “Mete um cheque então. Ai eu dou a parte dele em cheque”, afirma o pastor. O pastor Wagno conta o dinheiro e cobra mais por uma sessão extraordinária da Câmara. “Ficou só pendente aqueles 10 né isso e mais aquela extraordinária”, comenta ele. Logo depois, o presidente da Câmara de Vereadores é preso em flagrante. O vereador é acusado de corrupção passiva. A pena para este tipo de crime varia de um a oito anos de prisão. Fonte: Jornal da Globo - Rede Globo - 05/07/2004

OPERAÇÃO DA PF PRENDE EX-SENADOR EM RONDÔNIA:
ERNANDES AMORIM - RO A Polícia Federal prendeu o ex-senador de Rondônia, Ernandes Amorim, apontado como o líder de um esquema de desvio de R$ 18 milhões da prefeitura de Ariquemes (Ro), cidade administrada por Daniela Amorim, sua filha. A PF realizou busca por documentos na casa da prefeita. A operação, batizada de “Marmoré”, mobilizou uma centena de agentes, e deve realizar novas prisões ao longo do dia. Estão com prisão decretada, Osmar Santos Amorim, irmão do ex-senador, Francisco Rangel Nunes, gerente de uma empresa de construção civil, e Adão Magalhães da Cruz, funcionário do INSS. Fonte: Site do Universo On Line - www.uol.com.br - 11/05/2004

PF PRENDE 20 ACUSADOS DE DESVIAR R$ 500 MILHÕS NO AMAZONAS:
ANTÔNIO CORDEIRO - PPS/AM EDUARDO BRAGA - PPS/AM AMAZONINO MENDES - PFL/AM JOÃO GOMES VILELA ALFREDO PAES DOS SANTOS - A PF prendeu 20 políticos, empresários e assessores acusados de desviar R$ 500 milhões com licitações superfaturadas no governo do Amazonas. Os policiais prenderam o presidente da Comissão Geral de Licitação do governo estadual, João Gomes Vilela e o ex-secretário estadual de Fazenda, Alfredo Paes dos Santos. Apotando como líder da quadrilha, o deputado estadual Antônio Cordeiro (PPS) só não foi preso porque tem imunidade parlamentar. De acordo com o jornal O Globo, todos os presos têm ligações com o governador Eduardo Braga (PPS) e com o ex-governador Amazonino Mendes (PFL). Empresas do grupo administrado pela holding LM Administração e Participações, com sede em Belo Horizonte, faziam acordos para superfaturar preços e assegurar vitórias nas concorrências da Comissão Geral de Licitação do Estado. O deputado Antônio Cordeiro influenciava nas decisões. A operação reuniu 170 policiais federais e agentes da Receita, e foi batizada como Operação Albatros, numa referência a um avião utilizado pelos fraudadores. Na casa do deputado Antônio Cordeiro foram apreendidos mais de R$ 2,3 milhões em reais, dólares, euros, liras e títulos. As investigações apontam que o grupo agia há cerca de dez anos e tinha tentáculos em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e até no Uruguai. O governador do Amazonas exonerou o presidente da Comissão Geral de Licitação e outros servidores acusados de envolvimento com a organização. Fonte: Portal Terra - www.terra.com.br - 11/08/2004

AÇÃO CIVIL CONTRA A UNAERP ENVOLVE VEREADOR:
JOSÉ CARLOS RODRIGUEZ - PFL/SP O suposto crime de improbidade administrativa que teria sido cometido com a cessão de um prédio da Prefeitura de Guarujá à Unaerp, conforme denúncia do Ministério Público (MP), pode ter desdobramentos também na Câmara. Isso porque o vereador José Carlos Rodriguez (PFL) também figura como réu na ação civil movida pelo órgão. O promotor do Meio Ambiente e Cidadania rastreou a conta bancária de Rodriguez e constatou que ele recebeu R$ 33 mil da fundação que intermediou a negociação para instalação da Unaerp na Cidade. O depósito foi flagrado a partir da quebra do sigilo bancário do vereador, procedimento autorizado pela Justiça após medida cautelar. Como Rodriguez votou a favor do projeto que culminou com a cessão do imóvel à fundação, o promotor considera que ele ‘‘praticou inquestionável ato de improbidade administrativa’’. Na ação, que foi protocolada no último dia 13 e distribuída para a 2ª. Vara da Comarca de Guarujá, o representante do MP classifica o ato como ‘‘imoral’’ e completa, dizendo que o vereador ‘‘não tem a simples idéia do dever de bem exercer sua função de modo ético e correto’’. No documento encaminhado à Justiça, o promotor também afirma que, no episódio que culminou com a cessão do prédio, Rodriguez deixou de lado ‘‘o bom exercício da função (no Poder Legislativo), adentrando na seara da imoralidade, da ilicitude e da ilegalidade’’. No início do ano, Rodriguez já havia sido acusado de ter fornecido bens e insumos à Prefeitura por meio de empresa da qual é sócio, o que também representaria ato de improbidade administrativa. Na ocasião, o parlamentar chegou a pedir desculpas à população de Guarujá ‘‘por eventual erro’’ que tivesse cometido. Em sua defesa no inquérito civil relacionado à Unaerp, Rodriguez reconheceu que recebeu dinheiro da entidade, mas alegou que o pagamento se devia ao aluguel de um imóvel de sua propriedade à Fundação Fernando Eduardo Lee por um período de nove meses. O vereador também afirmou que foi contratado pela fundação em fevereiro de 1997, portanto seis meses antes do projeto ser aprovado na Câmara. E acrescentou que teria prestado serviços como corretor de imóveis, tratando de localizar edificações que pudessem abrigar cursos educacionais em Guarujá. Porém, como ficou comprovado no inquérito civil aberto pelo Minsitério Público, a fundação jamais obteve qualquer registro no Ministério da Educação e Desporto (MEC) que permitisse a exploração de cursos educacionais. Logo após vencer a licitação, a Fundação Fernando Eduardo Lee firmou parceria com a Associação de Ensino de Riberirão Preto (Aerp), que é mantenedora da Unaerp. Nesse ato, na visão do promotor, teria sido cometida uma burla à Lei de Licitações, na medida em que a parceria teria servido para viabilizar um negócio ilegal entre a Prefeitura e a Aerp, que estaria impedida de contratar com o poder público devido a uma dívida que manteria à época com a Previdência Social. Esse fato ensejou uma outra ação civil pela suposta prática de improbidade administrativa, onde figuram como réus a Fundação, a Aerp, a Unaerp, o prefeito Maurici Mariano e outras cinco pessoas que compunham a comissão de licitações que homologou a cessão do prédio público por 25 anos. Fonte: Site do Jornal A Tribuna (Santos/SP) - www.atribuna.com.br - 23/08/2004

TSE CONFIRMA CASSAÇÃO DE JOÃO E JANETE CAPIBERIBE:
JOÃO CAPIBERIBE - PSB/AP JANETE CAPIBERIBE - PSB/AP O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou hoje a cassação do senador João Capiberibe (PSB-AP) e de sua mulher, a deputada federal Janete Capiberibe (PSB-AP). O Plenário do Tribunal rejeitou, por unanimidade, o recurso dos parlamentares. A defesa pretendia obter a revisão da sentença no processo julgado pelo TSE, em abril passado, que cassou os mandatos dos dois parlamentares por compra de votos nas eleições gerais de 2002. Os advogados vão recorrer da decisão, o que permite ao senador e sua mulher permanecerem nos cargos. O casal era acusado de compra de votos nas eleições de 2002, por duas eleitoras que alegam ter recebido 26 reais para votar neles. Capiberibe, que foi governador do Amapá, alega ter sido vítima de uma armação de adversários políticos. Segundo o ministro, a prova dos autos não deixa dúvida de que houve captação ilícita de votos que beneficiou o casal Capiberibe. Fonte: Portal Terra - www.terra.com.br - 02/09/2004

PT OFERECE DINHEIRO POR APOIO DO PTB:
ROBERTO JEFFERSON - PTB/RJ JOSÉ DIRCEU - PT De acordo com a revista Veja, o PT se comprometeu a fornecer cerca de R$ 150 mil reais a cada deputado federal do PTB em troca de apoio político. O presidente do partido, deputado Roberto Jefferson (RJ) negou as acusações. A última edição da revista afirma que os deputados usariam o dinheiro para ajudar prefeitos e vereadores em seus redutos eleitorais e assim reforçariam o apoio de suas bases eleitorais. Como o partido tem 52 deputados, o valor pago ficaria em quase R$ 8 milhões. Além disso, O PT também ficaria responsável por fornecer quase R$ 2 milhões à cúpula do PTB para aplicar nas campanhas que julgasse mais estratégicas. Em princípio, o dinheiro iria para campanhas como a do candidato a prefeito do Recife, e a de Salvador. O PTB, além de dinheiro, receberia cargos no governo. O partido ficaria com a superintendência do INSS em São Paulo e Goiânia. Nas cidades, o PTB abriu mão de candidatura própria em favor dos PT. No Rio, Cristiane Brasil, filha do deputado Roberto Jeferson, indicaria um diretor da Embratur, a estatal responsável pelo turismo. O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, se recusou a comentar a reportagem da Veja, negando através de sua assessoria, os termos do acordo. O acordo com o presidente do PTB, Roberto Jefferson, teria sido fechado pelo próprio Dirceu, há três meses. Jefferson negou qualquer acordo financeiro com o PT. Fonte: Portal Terra - www.terra.com.br - 18/09/2004

PREFEITO É PRESO COMPRANDO VOTOS NO MA:
RAIMUNDO JOÃO - PFL/MA O prefeito de Rosário, no Maranhão, Raimundo João (PFL), candidato à reeleição, foi preso em flagrante na manhã de hoje quando distribuía dinheiro em troca de votos. De acordo com a promotoria, o candidato estava distribuindo cédulas de R$ 5 e R$ 10 na rodoviária do município, e tinha em seu poder cerca de R$ 10 mil em espécie e material de propaganda política, segundo a Radiobrás. Fonte: Portal Terra - www.terra.com.br - 02/10/2004

CIDADES ENFRENTAM PROBLEMAS DEPOIS QUE PREFEITOS NÃO SE REELEGERAM:
RAIMUNDO GUIMARÃES - O prefeito de Rio Real não conseguiu se reeleger e baixou um decreto demitindo todos os servidores contratados como prestadores de serviço. Estão na lista até professores pagos com verba do governo federal para a manutenção do ensino e valorização dos professores. “Eu acho que fui demitida por questão política, porque minha família voltou toda contra ele e ele soube disso”, conta uma professora. O município tem 11 postos de saúde mantidos pelo governo federal, em parceria com a prefeitura. Nenhum deles está funcionando. Médicos, enfermeiros e auxiliares foram todos demitidos por ordem do prefeito. Inclusive o Programa Saúde da Família, que atende 80% da população, está com as portas fechadas,com muita gente correndo risco. Depois que baixou o decreto, o prefeito Raimundo Guimarães não foi visto mais na cidade. Fonte: Site do Jornal Nacional - www.globo.com/jn - 09/10/2004

PREFEITO DO AMAPÁ COM ENVOLVIDO EM ESQUEMA DE CORRUPÇÃO:
LUIZ EDUARDO CORREA SEBASTIÃO ROCHA - PDT ROSEMIRO ROCHA - PL FERNANDO DE SOUZA RIBEIRO - PSDB - A PF gravou, com autorização da Justiça, uma conversa que comprovaria o envolvimento do prefeito de Santana, o segundo maior município do Amapá, com um esquema de fraude. Foram 26 presos, suspeitos de desviar dinheiro público destinado a obras no Amapá. Entre eles estão o ex-senador Sebastião Rocha, do PDT, e o futuro senador Fernando de Souza Ribeiro, do PSDB, suplente de senador. Em Santana, no Amapá, estão seis das 17 obras sob suspeita. Uma delas é o porto da cidade, que já recebeu quase R$ 6 milhões do governo federal, e até agora pouca coisa foi feita. A prefeitura também terá que dar explicações sobre outra suspeita: a de que teria usado os serviços da quadrilha presa ontem para fraudar o Siafi, o Sistema de Administração Financeira do Governo Federal. Com isso, a prefeitura teria recebido dinheiro da União de forma irregular. A Polícia Federal fez escutas telefônicas e, segundo um relatório enviado à Justiça, identificou a voz do prefeito Rosemiro Rocha, do PL, dizendo ao empresário Luiz Eduardo Correa, que já está preso, como esse problema seria resolvido. Um documento do Siafi mostra que, em janeiro do ano passado, faltava prestar contas de mais de R$ 600 mil do Ministério da Educação. No mês seguinte, a inadimplência desapareceu. Isso aconteceu oito vezes, sempre que a prefeitura precisava receber mais dinheiro do governo. Os dois funcionários do MEC que alteraram os dados, presos ontem, foram demitidos nesta sexta-feira. Fonte: Site do Jornal Nacional - www.globo.com/jn - 05/11/2004

MAIS UM ACUSADO NA OPERAÇÃO POROROCA:
FERNANDO FLEXA RIBEIRO - PSDB JOÃO HENRIQUE PIMENTEL - PT / AP - A polícia encontrou indícios de fraude nas licitações de obras durante o primeiro mandato do prefeito João Henrique Pimentel, como a construção de um canal e do Hospital do Câncer de Macapá, que custou mais de R$ 6 milhões, a maior parte paga pelo Ministério da Saúde. A obra está sendo feita pela construtora do empresário Luis Eduardo Correa, que também está preso. No relatório que enviou à Justiça, a Polícia Federal afirma que há indícios de que o prefeito teria recebido propina para que a construtora ganhasse as licitações do município. Em gravações telefônicas, a polícia identificou conversas do prefeito e o empresário. Antes de ganhar a licitação pra construir o hospital, os dois teriam combinado o valor da obra. Gravação: João Henrique Pimentel: “A licitação, então, vai ser maior um pouquinho que o valor?” Luiz Eduardo Correa: “Vai .. Vai ser o valor que nós pedimos.” João Henrique Pimentel: “Ah tá. Vai ser o valor global. Aí nós vamos pagar uma parte do Ministério outra parte com recursos do Estado.” Ontem à noite, a Polícia Federal soltou 25 presos na Operação Pororoca porque terminou o prazo da prisão temporária. Todos vão responder a inquérito em liberdade. Entre eles, o ex-senador Sebastião Rocha, do PDT, e o futuro senador, Fernando Flexa Ribeiro, do PSBD, que vai assumir um vaga de senador. Fonte: Site do Jornal Nacional - www.globo.com/jn - 09/11/2004

PROPOSTAS INDECENTES:
ANDRÉ LUIZ - PMDB / RJ - Ele é o deputado federal André Luiz, do PMDB do Rio de Janeiro, que está envolvido em um dos maiores escândalos políticos do Rio, nos últimos anos. Ele já está no seu quarto mandato. Em conversas gravadas, o deputado assume o assassinato de oito pessoas e tenta extorquir R$ 3 milhões do empresário do setor lotérico Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. André Luiz é o primeiro vice-presidente da CPI da Loterj, aberta em março deste ano pelos deputados do Rio, para apurar um escândalo na loteria do estado. O caso estourou no início do ano, quando Waldomiro Diniz, ex-presidente da Loterj e ex-assessor da Casa Civil, foi flagrado tentando extorquir dinheiro de Carlos Cachoeira. Agora André Luiz é acusado de usar a CPI para fazer com Cachoeira o mesmo que Waldomiro já tinha feito: tentar tomar dinheiro do empresário. O objetivo: evitar que Cachoeira não fosse incriminado pela CPI, o que acabou acontecendo. Waldomiro e Cachoeira são acusados de 12 crimes pela CPI, entre eles, formação de quadrilha, fraude, corrupção e extorsão. Segundo o deputado André Luiz, os R$ 3 milhões seriam distribuídos entre 40 deputados, depois das eleições. Fonte: Site do Fantástico - www.globo.com/fantastico - 14/11/2004

FALA DOUTOR:
ANTONIO MARREIROS DA SILVA MELO NETO - O doutor juiz Antonio Marreiros da Silva Melo Neto, da 6ª Vara Cível de São Gonçalo, entrou na Justiça para obrigar funcionários do Edifício Luíza Village a lhe chamarem de doutor (ele abriu mão do respeitoso título “seu” antes do título “doutor”). O doutor Da Silva Melo Neto perdeu em primeira instância. O doutor Da Silva Melo Neto recorreu ao Tribunal de Justiça. Ele ganhou uma liminar, e isso significa que, até o julgamento final sobre como ele deve ser chamado, fica valendo o doutor. Outra decisão da Justiça diz que funcionários do condomínio, a síndica e o próprio advogado do doutor estão proibidos de comentar o processo sob pena de multa diária de R$ 1 mil. Diz a liminar: “Antes de ser direito do agravante, mas um dever, e verificando-se nos autos que o mesmo vem sofrendo enorme desrespeito por empregados subalternos (...) mas também desacatos (...) defiro-a.” O “agravante”, no caso, é o doutor, no país de “seu doutor”; “subalternos” são os não-doutores. O presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro disse que o doutor Da Silva Melo Neto deveria desistir da ação. Como o edifício tem de se defender na Justiça, o valor do condomínio (hoje de R$ 270) vai ter de subir. Fonte: Site da Revista Istoé - www.istoe.com.br - 17/11/2004


ESCRAVOS NAS TERRAS DO PREFEITO:
BETO MANSUR - PP / SP - Fiscais do Ministério do Trabalho flagram 46 homens, entre eles, sete menores, em condições degradantes catando raízes nas fazendas do prefeito de Santos. Dinheiro no bolso sempre foi motivo de festa para Natal Dias da Silva. Mas, na semana passada, os R$ 1.300 que o agricultor contava em suas mãos tinham outro significado - eram a paga por três meses de trabalho análogo à escravidão. Natal era um dos 46 homens - entre eles, sete menores - flagrados por fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego trabalhando em condições humilhantes em duas fazendas do interior de Goiás. Nas propriedades, o prefeito de Santos, Beto Mansur (PP), planta soja, arroz, feijão, sorgo e capim e cria 3.500 cabeças de gado bovino. Em troca de R$ 25 por dia, o grupo arrancava raízes da terra arada para receber sementes de capim. A jornada de trabalho era de dez horas diárias, com intervalo de uma hora para o almoço, invariavelmente sob o sol inclemente do cerrado. Pelas três refeições diárias - um copo de café pela manhã e carne e arroz mal cozido no almoço e no jantar - o patrão descontava R$ 10. Sem carteira assinada, não tinham direito a descanso no fim de semana, férias, 13o salário ou equipamento de proteção. Se optassem por uma folga, tinham de pagar os R$ 10 pela bóia do dia. Vivendo longe de casa, a 7 quilômetros de Bonópolis, a cidade mais próxima, dormiam no chão batido de uma palhoça, sem proteção contra animais, mosquitos, chuva ou vento. Para beber, dispunham da água suja de um poço. O banheiro era um estrado com paredes de palha. ‘’Se o pessoal está precisando do trabalho, não tem direito de ficar reclamando’’, diz o aliciador Gladson Marques. A maioria nem sabe que o fazendeiro é obrigado por lei a lhes dar condições mínimas de higiene e segurança. Muitos não se julgam merecedores de ‘’atenções especiais’’. Um deles é um exemplo da cultura de submissão. Encarregado de pulverizar veneno para formiga, sem máscara nem luvas, já estava intoxicado no terceiro dia de trabalho. ‘’Senti dor de cabeça e uma tonteira brava’’, contou aos fiscais. Foi atendido no pronto-socorro de Bonópolis, por telefone, porque o médico não estava lá. Depois da ‘’consulta’’ voltou à fazenda por conta própria e, na manhã seguinte, ao trabalho. A utilização de mão-de-obra escrava nas terras de políticos brasileiros também é recorrente. Nos últimos anos os fiscais do Ministério do Trabalho já flagraram 53 agricultores que dormiam no curral de uma fazenda do deputado Inocêncio de Oliveira (PFL-PE). Numa propriedade do prefeito de Unaí, Minas Gerais, José Braz da Silva, foram descobertos trabalhadores rurais ameaçados de morte caso denunciassem a situação em que viviam. Em junho passado, a Polícia Federal libertou 38 homens das terras do senador João Ribeiro (PFL-TO). Eles tinham de pagar inclusive pelo equipamento de proteção individual, como luvas, botas e máscaras. A Comissão Pastoral da Terra estima que haja de 30 mil a 40 mil trabalhadores escravos no Brasil. As razões para a prática, oficialmente abolida no fim do século XIX, são muitas. Além da ignorância e necessidade dos aliciados, a busca pelo lucro é a principal vilã, somada ao sentimento de impunidade. Flagrado pelos fiscais federais, Beto Mansur vai entrar para a Lista Suja do Trabalho Escravo e não poderá mais pedir crédito rural para investir em seus negócios. Em contraste com a ‘’senzala’’, a fazenda tem uma casa-grande com piscina. O pasto é irrigado por pivôs que custam US$ 1.000 por hectare. Para ver suas plantações e contar o gado, Mansur pode chegar às fazendas de avião. A Triângulo tem pista de pouso. Sinais de riqueza tão evidentes vão merecer uma investigação à parte, corrupção ativa. As duas propriedades somam mais de 4.000 hectares declarados, avaliados em R$ 6,8 milhões. Tudo adquirido no segundo mandato do prefeito. Também chamou a atenção do promotor estadual, que integrou a força-tarefa, o registro de ‘’gratificação’’ de R$ 500 ao ‘’pessoal do Ibama’’ numa planilha de custos. O suposto pagamento teria sido feito em 13 de agosto, mesma data em que os fiscais da repartição aplicaram uma multa de R$ 1.120 pelo desmatamento de um único hectare de terra. Em sua defesa Beto Mansur alegou total desconhecimento do que acontecia em suas terras. A 20 dias do término do segundo mandato de prefeito, Mansur justificou a gorjeta ao pessoal do Ibama como um erro de digitação. ‘’Na verdade, a gratificação foi dada ao pessoal que trabalhou com o sorgo’’, diz. Além disso, dois computadores que iam ser apreendidos desapareceram da fazenda enquanto os fiscais do Ministério do Trabalho e os promotores almoçavam. Fonte: Site da Revista Época - www.epoca.com.br - 13/12/2004

CRIME EM SOBRAL:
PEDRO PECY BARBOSA DE ARAÚJO A população de Sobral, a 230 quilômetros de Fortaleza (Ceará), indignou-se com a notícia de um crime brutal. Um assassinato em que a vítima não teve chances de defesa e o assassino é um juiz. O crime foi em um supermercado de Sobral. O juiz Pedro Pecy Barbosa de Araújo chegou quando as portas já estavam sendo fechadas e foi impedido de entrar pelo vigia. Ele foi reconhecido pelas testemunhas porque é juiz, na cidade, há sete anos. “Eu ficava pedindo calma para ele e ele dizia que não queria conversa, que queria o gerente. Aí ele viu o rapaz e atirou. Ele estava embriagado”, conta um funcionário do supermercado. O gerente disse que liberou a entrada do juiz porque foi ameaçado. “Ele disse que se eu falasse muito também ele iria me prender e prender o meu funcionário porque ele era uma autoridade”, lembra o gerente. O disparo foi registrado pelo circuito interno de tv. Uma imagem mostra que o vigia não teve defesa. Ele foi atingido pelas costas, a queima roupa. A vítima era casado, tinha um filho e trabalhava no supermercado havia uma semana. O juiz Pedro Pecy Barbosa de Araújo está foragido. O presidente do Tribunal de Justiça do Ceará disse que espera as informações da polícia de Sobral para abrir o inquérito. Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 28/02/2005

CORRUPÇÃO EXPLÍCITA EM RONDÔNIA:
IVO CASSOL
RONILTON CAPIXABA
ELLEN RUTH
DANIEL NERY
KAKÁ MENDONÇA
EMÍLIO PAULISTA
VALDIR RAUPP / PMDB
JOSÉ DE ALMEIDA JÚNIOR
JOSÉ BIANCO DE ABREU / PFL
AMARILDO SANTOS
JOÃO DA MULETA - Os bastidores do pior da política brasileira. Um governador de estado grava com uma câmera escondida cenas explícitas de corrupção. Deputados estaduais de oposição fazem fila na casa do governador de Rondônia, Ivo Cassol para extorquir dinheiro e fazer negociatas. O estado atualmente é cenário de uma violenta disputa por poder e dinheiro. De um lado, a bancada dos deputados estaduais de oposição. Cassol é acusado pela bancada de oposição de não repassar para os poderes estaduais verbas previstas no orçamento de 2004. O governador de Rondônia resolveu, então, gravar as tais propostas indecentes com uma câmera escondida. As imagens que o Fantástico mostrou, com exclusividade, revelam a face mais sórdida da política brasileira. Numa das cenas mostradas, a deputada Ellen Ruth e o deputado Ronilton Capixaba sugerem ao governador o superfaturamento dos custos de um serviço terceirizado: os postos de vigilância. O deputado Emílio Paulista também faz parte do grupo que queria receber os R$ 50 mil mensais de propina. Em um momento, ele incrimina o ex-governador Valdir Raupp, hoje senador da República, e seu assessor, José de Almeida Júnior. Num outro trecho, Emílio Paulista revela que era peça-chave da Assembléia durante o mandato de outro ex-governador de Rondônia, José Bianco de Abreu, hoje prefeito de Ji-Paraná. Em troca, ganhava o direito de explorar o setor de alimentação em várias cidades do estado. Paulista também revela um medo entre os deputados que negociam a propina de R$ 50 mil mensais: traição na hora do repasse.Em mais um trecho das gravações feitas com câmera escondida pelo governador Ivo Cassol, outro deputado do grupo dos dez aparece pedindo favores: Amarildo Santos. Mais dois deputados estaduais do grupo dos dez aparecem nas gravações negociando apoio ao governador de Rondônia: Kaká Mendonça e João da Muleta.
O governador Ivo Cassol, responsável pelas gravações, é, ele próprio, alvo de uma investigação: foi denunciado pelo Ministério Público Federal por suspeita de formação de quadrilha e fraudes em licitações públicas quando era prefeito da cidade de Rolim De Moura, em Rondônia. Depois que o Fantástico teve acesso às gravações, nossos repórteres procuraram os deputados estaduais que aparecem nas fitas. Nenhum quis dar entrevista. “Se a Receita Federal vier em nosso estado, a Polícia Federal e levantar as propriedades de todos os políticos do Poder Legislativo, vão perceber que muitos deles conseguiram do dia para a noite ter propriedade, ter fazenda, ter gado, está em nome de laranjas, mas é só procurar no estado de Rondônia que tem à vontade, quando na verdade, eles, como parlamentares, jamais podiam chegar no ponto em que chegaram”, diz o governador. As cenas mostradas foram gravadas em Rondônia. O Brasil tem outros 25 estados e um Distrito Federal. Um total de 1.059 deputados estaduais.
Fonte: Site do Fantástico - Rede Globo - http://fantastico.globo.com - 15/05/2005
(Obs.: Veja abaixo, em “Silêncio Forçado”, que esta matéria foi proibida de ser exibida em Rondônia)

SILÊNCIO FORÇADO:
GABRIEL MARQUES DE CARVALHO
CARLÃO OLIVEIRA
CHICO PARAÍBA / PMDB - A decisão de um desembargador do Tribunal de Justiça de Rondônia de impedir a exibição de uma reportagem do Fantástico provocou reações, em todo o Brasil contra a censura. A reportagem denuncia o que de pior pode existir na política. Os protestos começaram em frente a TV Rondônia. Os manifestantes seguiram em carreata pelas ruas de Porto Velho até a Assembléia Legislativa, que teve a segurança reforçada pela Polícia Militar. Depois o grupo foi parar em frente a casa do desembargador Gabriel Marques de Carvalho, responsável pela liminar. Na hora em que a reportagem foi ao ar, a TV Rondônia foi obrigada a exibir a mensagem que informava a decisão judicial. O pedido de liminar foi assinado por 21 dos 24 deputados da assembléia. A decisão da Justiça estipulou multa de R$ 200 mil para cada vez que ela fosse ao ar. ‘Por qualquer emissora que faça parte do grupo administrado rede TV Globo’, dizia no texto da petição. À tarde o presidente da assembléia, Carlão Oliveira, um dos que assinaram o pedido ao Tribunal de Justiça, disse que agiu assim para proteger os deputados.O presidente da Assembléia nomeou uma Comissão Temporária Especial. A comissão formada por cinco deputados, terá 60 dias para apurar as denúncias apresentadas na reportagem. Dos cinco deputados nomeados pela comissão, um está entre os denunciados. É o deputado Chico Paraíba, do PMDB. A reportagem mostrou os deputados Ellen Ruth, Ronilton Capixaba, Daniel Neri, Amarildo Santos, Emílio Paulista, Kaká Mendoça e João da Muleta negociando propina com o governador, em troca de apoio político na Assembléia. Dez deputados fariam parte do grupo que tenta receber o dinheiro. O governador é alvo de denúncias e corre o risco de sofrer um processo de impeachment por irregularidades, entre elas fazer alterações no orçamento sem autorização do Legislativo. Representantes da sociedade civil em todo o país contestaram a decisão que suspendeu ontem a exibição da reportagem em Rondônia e que mantém a TV Globo proibida de exibir as imagens da fita. “A censura oriunda do Judiciário é preocupante, alarmante e precisa ser denunciada. O direito, o acesso à informação é um direito constitucional do cidadão brasileiro”, diz um membro da Associação Nacional dos Jornais. “Nós achamos que deve haver uma mobilização da sociedade e acreditamos que há um imenso prejuízo ao trabalho dos profissionais na imprensa, mas o principal prejudicado é o cidadão de Rondônia, que não teve acesso a essas graves denúncias que foram veiculadas no domingo à noite em Rede Nacional”, comentou um representante da Federação Nacional dos Jornalistas. “O bem maior é o bem da informação, e o povo de Rondônia tinha o direito a este tipo de informação e ficou até certo ponto quebrado o princípio de isonomia, em relação aos cidadãos de outros lugares do país”, disse um membro da Ordem dos Advogados do Brasil. “Já há uma volta da censura prévia e inclusive, para nós da ABI, há sinais de que estamos diante de um surto de autoritarismo que é preciso debelar. Esse juiz de Rondônia está cometendo um arbítrio só comparável aqueles praticados durante o Regime Militar”, que tal como seus colegas de Goiás, parece ignorar a Constituição da República”, falou um representante da Associação Brasileira de Imprensa. “É lamentável. É fundamental que as idéias circulem. O papel de vocês está aqui, claro que deve ser um papel exercido com equilíbrio. Mas aí seria um papel fundamental de expor à nação brasileira o que está acontecendo. Qualquer tentativa do retorno à censura é profundamente anti-democrática e não pode ser efetivamente aplaudida e nem tolerada”, avaliouum procurador-geral da República. A Rede Globo está recorrendo da decisão judicial para que possa divulgar as gravações.Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 16/05/2005

DESVIO DE DINHEIRO EM ALAGOAS:
RAFAEL TORRES
NEILTON SILVA - Vinte e oito pessoas foram presas em Alagoas numa operação da Polícia Federal batizada de Guabiru, que quer dizer rato, gatuno. Os acusados são prefeitos, ex-prefeitos, secretários e funcionários municipais que fariam parte de um esquema de desvio de dinheiro destinado à educação. A investigação de oito meses apontou que o ex-prefeito de Rio Largo, Rafael Torres, comandava o esquema. “Eu não estou sabendo de nada”, disse ele. Segundo a Controladoria Geral da União, ele usava empresas fantasmas para vender produtos para as prefeituras. “Ele sem sombra de dúvida era o líder dessa grande organização criminosa que atuava em Alagoas e tinha comando sobre todos os seus membros”, aponta o superintendente da Polícia Federal de Alagoas. As licitações eram fraudadas e as empresas de fachada entregavam menos mercadoria que o indicado nas notas fiscais falsificadas. Onze prefeituras foram investigadas. Elas também aumentavam o número de alunos para receber mais verba do Ministério da Educação. Como os envolvidos têm foro privilegiado, a Polícia Federal pediu a prisão temporária deles ao Tribunal Regional Federal, do Recife. As prisões começaram no início da manhã. O prefeito de Marechal Deodoro saiu de casa algemado. Dois ex-presidentes da Associação dos Municípios de Alagoas também estão presos. Na cidade de Igreja Nova, além da prisão do prefeito Neilton Silva, os agentes recolheram um cofre. Vinte armas foram apreendidas na operação. A quadrilha atuava há 10 anos em Alagoas. Segundo os investigadores, só este ano, foram desviados quase R$ 2 milhões de verbas da educação de 11 prefeituras. Além de prefeitos e secretários municipais, faziam parte do esquema contadores, agiotas e dois funcionários da Caixa Econômica Federal. Os presos fizeram exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal. Na sede da Polícia Federal, advogados e parentes acompanhavam a movimentação. Todos os presos estão na carceragem da Polícia Federal. Os dados de computadores e documentos apreendidos vão ser usados como provas da ação criminosa da quadrilha. Fonte: Site do Jornal Nacional - www.globo.com/jn - 17/05/2005

GALERIA DOS ARREPENDIDOS:
VICENTINHO - PT / SP INALDO LEITÃO - PL / PB HAMILTON CASARA - PL / RO WELLINGTON ROBERTO - PL / PB WELINTON FAGUNDES - PL / MT JOÃO PAULO GOMES DA SILVA - PL / MG
Estes são os deputados que assinaram o requerimento para a criação da CPI do Correios e que depois retiraram suas assinaturas.Fonte: Site de Ricardo Noblat (http://noblat.blig.ig.com.br/) - 20/05/2005

AS CONTAS SECRETAS DA IGREJA UNIVERSAL:
EDIR MACEDO
MARCELO CRIVELLA - PL / RJ
HONORILTON GONÇALVES
ALBA MARIA DA COSTA
JOÃO BATISTA RAMOS DA SILVA - PFL / SP
CARLOS RODRIGUES - PL / RJ
RICARDO ARRUDA NUNES
ÁLVARO STIEVANO JÚNIOR - Desde 1999, um inquérito na Procuradoria da República investigava as relações de líderes da Igreja Universal do Reino de Deus com duas empresas – a Cableinvest Limited e a Investholding Limited –, ambas com sede nas Ilhas Cayman, paraíso fiscal britânico localizado no Caribe. Seis anos depois, a quebra do sigilo fiscal da igreja é pedida ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procurador-Geral da República. O objetivo é investigar a existência de um esquema nos moldes da lavanderia montada por PC Farias. Para a Procuradoria, há indícios de que o esquema foi utilizado para a compra da TV Record do Rio, em 1992, e de outras emissoras. As duas offshore (as subsidiárias criadas em paraísos fiscais para fugir da cobrança de impostos) enviaram dinheiro ao Brasil, por meio de operações irregulares, para a conta bancária de bispos da Universal e também de “laranjas”. Documentos da Receita Federal comprovam essas transações. As remessas e recebimentos totalizam US$ 18 milhões (R$ 44,6 milhões) e comprovariam a evasão de divisas. ISTOÉ teve acesso a parte da documentação que deu início às investigações e levou o procurador a pedir a quebra de sigilo. A revelação mais explosiva é a identidade de um dos donos das empresas Cableinvest e Investholding. Por trás da operação em Cayman estaria Marcelo Crivella, um economista cariocade 43 anos, filho de Matilde Bezerra, irmã de Edir Macedo, o principal líder da igreja. Crivella é bispo da igreja e foi eleito senador pelo PL do Rio, em 2002. Segundo o relatório da Procuradoria Geral da República de maio de 2003, ao encaminhar o caso para o STF, as investigações realizadas pela Interpol constataram que um dos acionistas da Cableinvest é Crivella. Agora, com a quebra de sigilo, os bancos podem liberar extratos que comprovarão quem é o dono das empresas. Nos papéis obtidos por ISTOÉ, aparecem a assinatura do senador, reconhecida por um cartório de São Paulo. Esses documentos foram recolhidos por ex-dirigentes que tinham acesso à contabilidade da igreja, a contratos de compra e venda (de emissoras de rádio e tevê, imóveis e até de uma aeronave), além de declarações de Imposto de Renda de líderes da Universal. Crivella já depôs este ano na Polícia Federal do Rio e negou ser dono das empresas. A Igreja Universal está hoje em mais de 80 países, de acordo com seus líderes. Mas, para alcançar esse crescimento, deixou rastros pelo caminho: enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro, compra da Recordatravés de laranjas, acusações de curandeirismo e charlatanismo, chutes na imagem de uma santa e dissidências. Mas nada se compara a essas denúncias. Segundo a Procuradoria, há evidências de como funciona o esquema de lavagem de dinheiro da igreja. Ele passa por uma triangulação entre doleiros no Brasil, as empresas de offshore nas Ilhas Cayman e bancos de investimento no Uruguai. Numa pequena mostra do esquema, ISTOÉ comprovou que, em 76 contratos, entre fevereiro e outubro de 1992, as duas empresas emprestaram US$ 6,3 milhões aos bispos, pastores e seletos simpatizantes da Universal. Entreoutros negócios, esse dinheiro serviu para justificar a compra da TV Rio. Os empréstimos têm um prazo de cinco anos para ser quitados, mas não há definição quanto ao número de parcelas nem data do início de pagamento. Nesses contratos, por exemplo, Alba Maria da Costa, então diretora de várias empresas do grupo Universal, recebeu um total de US$ 843 mil em dez contratos. Outros R$ 56 milhões (valores atualizados), em operações já comprovadas pela Receita Federal, foram parar nas contas de chefes da igreja, como os bispos Honorilton Gonçalves, responsável pela superintendência executiva da Rede Record; João Batista Ramos da Silva, deputado federal (PFL-SP) e ex-presidente da Record; e Carlos Rodrigues, deputado federal (PL-RJ) e hoje rompido com a Universal. Rodrigues chegou a ter um aumento em seu patrimônio de 15.000%. O senador Crivella é figurinha fácil em processos que correram na Receita e no Ministério Público. Em 1990, ele e outros testas-de-ferro da Universal compraram a TV Record de Franca (SP), oficialmente, por Cr$ 45 milhões (hoje cerca de R$ 1,2 milhão). O dinheiro, como em outras aquisições do tipo, foi emprestado pela própria igreja. Na investigação de sonegação de impostos, a Receita, depois de quatro anos de trabalho, registra em seu relatório que os “empréstimos (foram) efetuados sem qualquer acréscimo, configurando-se em verdadeira doação”. As provas do esquema de lavagem de dinheiro mostram o poder de Crivella sobre as ações das duas empresas de Cayman. Em um comunicado enviado aos diretores da Cableinvest, em nome dos “proprietários beneficiários” da empresa, Crivella autoriza o então presidente do Banco de Crédito Metropolitano (que pertencia à igreja e passou a chamar-se Credinvest), o executivo Ricardo Arruda Nunes, a movimentar “uma nova conta bancária com o Union Chelsea National Bank”. Crivella não está sozinho nesta operação. Outro brasileiro que aparece como sócio das empresas de Caymam é Álvaro Stievano Júnior. A trajetória de Stievano no reino da Universal é pouco sutil. Depois de passar pela diretoria do banco de Macedo, tornou-se diretor da New Tour Turismo, também de propriedade da igreja. Em comum com os dois cargos, o manuseio de dólares. O curioso é que o nome de Crivella aparece acima do nome do presidente da Investholding num relatório de reunião da empresa. Pelo menos até 1995, a mesma Investholding detinha cerca de 50% das ações do banco de Macedo. O caminho de volta do dinheiro ao Brasil também está esmiuçado: os recursos transferidos para Cayman vinham sendo depositados em agências do Banco Holandês, em Montevidéu no Uruguai. Os dólares eram depositados em agências do Holandês nos Estados Unidos que repassavam o montante à agência de Montevidéu, além de uma operadora de câmbio uruguaia, a Cambio Val. Lá, os dólares eram convertidos em cruzeiros, com isenção de impostos, e enviados à filial brasileira, nas contas das duas empresas. Pelo menos US$ 7,5 milhões chegaram ao Brasil através do Banco Holandês e outros US$ 10 milhões por intermédio da Cambio Val, conforme registram dezenas de boletos. O certo é que o dinheiro recolhido em mais de dois mil templos da Universal voltaram ao Brasil sem pagar imposto e foram para a conta de alguns poucos escolhidos. Essas irregularidades serão apuradas agora pelo STF. E podem abalar o império do bispo. Fonte: Revista Veja - 25/05/2005


O GOLPE DO SENADOR:
PAULO OCTÁVIO - PFL / DF
JOSÉ FERNANDO DE ALMEIDA - Paulo Octávio é processado pelo Ministério Público por ganhar R$ 160 milhões em obras superfaturadas que causaram prejuízos ao fundo de pensão dos funcionários da CEF. No longo prazo, esse rombo pode comprometer as aposentadorias dos servidores, que recolhem mensalmente uma taxa de contribuição à Funcef. Mas de jeito nenhum prejudicará as dos diretores do fundo que tocaram o empreendimento Superquadra 311 Norte com o senador. Responsável pela aprovação do projeto, o ex-presidente da Funcef José Fernando de Almeida enriqueceu da noite para o dia. Três anos depois do início do megaprojeto, seu patrimônio saltou de R$ 800 mil para R$ 5 milhões. Os documentos obtidos por ISTOÉ em cartórios mostram que Almeida, aposentado há um ano, tem patrimônio de mais de R$ 10 milhões, incluindo 13 propriedades rurais na região de Abaeté (MG); as churrascarias Porcão, de Brasília e Belo Horizonte; empresas de comunicação; e uma cobertura de luxo, avaliada em R$ 1,5 milhão na Praça da Liberdade, em BH.. Fonte: Revista Veja - 25/05/2005

RELATÓRIO APONTA TRÁFICO DE INFLUÊNCIAS:
LÍDIO DUARTE
LUÍZ EDUARDO LUCENA
JOSÉ MARCOS CASTILHO
HENRIQUE BRANDÃO
CRISTIANE BRASIL - PTB / RJ - A primeira investigação de um órgão público sobre as denúncias de corrupção - que atingem partidos da base do governo e servidores públicos - já foi entregue ao Ministério Público federal. O governo pediu uma sindicância interna no Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) e o trabalho dos relatores aponta graves irregularidades. O IRB detém o monopólio do resseguro no país. São grandes operações financeiras, a maioria contratada no mercado internacional. Uma espécie de seguro dos grandes seguros – transações milionárias para empresas com orçamentos também milionários. A comissão de sindicância interna do IRB – formada por gerentes do próprio instituto – apurou denúncias de tráfico de influência na estatal. O relatório concluiu que ex-presidente do IRB, Lídio Duarte, e o ex-diretor comercial, Luiz Eduardo Lucena, favoreceram três corretoras no período em que estiveram à frente do instituto. E afirma que os dois cometeram crime de tráfico de influência e improbidade administrativa.
Lídio Duarte foi indicado pelo PTB, de Roberto Jefferson, e Lucena, pelo Partido Progressista, o PP, legenda acusada por Jefferson de fazer parte do suposto esquema do mensalão na Câmara dos Deputados. As corretoras beneficiadas seriam Assurê/Acordia, Cooper Gay e Alexander Forbes. Em 2002, Assurê e Coopergay nem operavam no IRB e no final de 2004 as três empresas detinham 23% do mercado. Um dos fatos que mais chamaram atenção dos relatores da sindicância foi a influência da corretora Assurê no IRB. Antes mesmo de ser cadastrada como operadora no instituto, a corretora de Henrique Brandão – amigo de Roberto Jefferson do PTB – já tinha a indicação da Infraero para mediar o contrato da estatal. A Assurê passou a operar no IRB em agosto de 2003. No fim do ano já tinha 5% do mercado, faturando mais de R$ 15 milhões em comissões. A corretora de Henrique Brandão contratou resseguro de três grandes estatais brasileiras: Infraero, Furnas, e Eletronuclear. Empresas com dirigentes indicados pelo PTB e pelo PP – partidos da base do governo. O relatório aponta ainda uma grave irregularidade no contrato de resseguro da Eletronuclear. A legislação não permite a participação de corretoras em contratos de seguro nuclear. Mesmo assim, o ex-diretor comercial, Luiz Eduardo Lucena, aprovou a mediação da Assurê/Acordia – indicada pela estatal, através do diretor de finanças José Marcos Castilho, que foi prefeito de Angra dos Reis pelo PT, entre os anos de 1997 e 2000.
Henrique Brandão é amigo do deputado Roberto Jefferson há mais de 30 anos, como declarou em depoimento ao Ministério Público Federal do Rio. Brandão também é sócio de Marcus Ferreira, genro do deputado federal do PTB.
Outra ligação entre Brandão e Jefferson é através da filha do deputado. No ano passado, o dono da Assurê doou R$ 80 mil para a campanha de Cristiane Brasil, eleita vereadora no Rio de Janeiro. As denúncias de irregularidades no IRB surgiram há um mês, quando a revista “Veja” publicou uma entrevista com o ex-presidente do instituto, Lídio Duarte. Na reportagem, Lídio mencionava a existência de uma mesada de R$ 400 mil para o PTB do deputado Roberto Jefferson. “A história é a seguinte: dizem que o partido tem que ter dinheiro para os diretórios, para festas, jantares, e não sei o quê, e cada indicado tem que botar lá R$ 400 mil por mês”. O dinheiro viria de contratos negociados pela estatal. No depoimento à Polícia Federal, Lídio Duarte voltou atrás nas acusações e disse que estava mentindo na entrevista aos jornalistas. As estatais Furnas e Eletronuclear informaram que estão fazendo uma auditoria interna para apurar as denúncias. A Infraero informou que a indicação da corretora Assurê foi feita pelo próprio IRB. As corretoras Coopergay e Alexander Forbes não foram encontradas. A Assurê de Henrique Brandão negou que tenha sido beneficiada na gestão de Lídio Duarte no IRB. O advogado da corretora disse ainda que a empresa detém 3,6% do mercado e não 5% como aponta a sindicância. Os ex-funcionários do IRB Lídio Duarte e Luiz Eduardo Lucena - e o diretor de finanças da Eletronuclear, José Marcos Castilho, não foram encontrados. Fonte: Site do Jornal Nacional - www.globo.com/jn - 25/06/2005

O TAMANHO DO ROMBO:
CARLÃO DE OLIVEIRA - PFL / RO
RONILTON CAPIXABA - PL / RO
ELLEN RUTH - PP / RO
BETO DO TRENTO - PSDB / RO
EVERTON LEONI - PSDB / RO
NEODI OLIVEIRA / RO
EMÍLIO PAULISTA / RO
KAKÁ MENDONÇA - PTB / RO
JOÃO MULETA - PMDB / RO
CARLOS HENRIQUE - PT / RO
EDÉZIO MARTELLI - PT / RO
NEREU KLOSINSKI - PT / RO - Em Rondônia, R$ 15 milhões foram desviados dos cofres públicos em menos de um ano. Todo esse dinheiro teria sido desviado pelos parlamentares.Estão envolvidos no esquema 23 dos 24 deputados estaduais de Rondônia, segundo apurou a Polícia Federal depois de cumprir mandado de busca e apreensão na Assembléia Legislativa do estado. Na operação, foram apreendidos documentos e computador contendo um banco de dados clandestino para gerar folhas de pagamentos paralelas.Pelos relatórios, a fraude para desviar público pagou, nos últimos 11 meses, R$ 15 milhões a funcionários que não existem. São pessoas que estariam sendo usadas como “laranjas” sem saber. Algumas pessoas já foram ouvidas pela Polícia Federal. É o caso de uma mulher que aparece como suposta assessora do deputado Kaká Mendonça (PTB). No contracheque em nome dela, há o registro do salário de R$ 6,5 mil. “Nem imaginei que isso aconteceria comigo”, disse.
Uma costureira é outro exemplo. Lotada no gabinete do presidente da Assembléia, deputado Carlão de Oliveira (PFL), ela recebe a mesma quantia. O deputado João da Muleta (PMDB), que teria desviado R$ 240 mil reais em 11 meses, usou entre os seus “laranjas” a sogra e a sobrinha da costureira. “Não trabalhei na Assembléia Legislativa, nem dentro da Assembléia nem fazendo algum tipo de serviço fora. Nem conheço a Assembléia”, afirmou a costureira. O campeão de desvio, de acordo com valores apurados na investigação, é o deputado Carlão de Oliveira. O presidente da Casa teria recebido R$ 1,4 milhão. Quem assina os recibos dos cheques em nome de Carlão é o seu irmão, Moisés de Oliveira, que ocupa o cargo de assessor especial da presidência. Em segundo vem Kaká Mendonça, com R$ 1.130 milhão; em terceiro lugar, está Emílio Paulista (sem partido), com R$ 935 mil em 11 meses. O deputado Ronilton Capixaba, que pediu afastamento do PL, aparece em quarto lugar, com 919 mil. A deputada Ellen Ruth, afastada pelo PP, ficou em quinto, levando R$ 900 mil dos cofres públicos.
Os deputados da base aliada do governador Ivo Cassol constam da lista: Beto do Trento e Everton Leoni (ambos do PSDB), e Neodi Oliveira (sem partido). Beto do Trento recebeu R$ 172 mil; Everton Leoni, R$ 683 mil; e Neodi Oliveira, R$ 344 mil.
Apenas um deputado do PT não aparece no computador como beneficiário dos pagamentos ilegais. Mas três deputados do partido dele - Edézio Martelli, Carlos Henrique e Nereu Klosinski – receberam, respectivamente, R$ 598 mil, R$ 299 mil e R$ 182 mil entre maio de 2004 e abril de 2005. A Polícia Federal apreendeu documentos a partir de 2001. As investigações apontaram que o esquema funcionava desde então. Por isso, foi pedida à Justiça a quebra de sigilo bancário das contas da Assembléia para rastrear o caminho do dinheiro. Parlamentares, funcionários e pessoas usadas como “laranjas” também devem ser ouvidas pelo delegado responsável pelo caso. A maioria dos deputados procurados pela equipe de reportagem não foi encontrada. Dos poucos compactados, nenhum quis comentar as denúncias. Fonte: Site do Bom Dia Brasil (www.globo.com/bomdiabrasil) - 27/06/2005

PF FLAGRA DEPUTADO DO PFL TENTANDO EMBARCAR COM SETE MALAS DE DINHEIRO:
JOÃO BATISTA - PFL / SP - O deputado João Batista (PFL-SP) foi instado a prestar depoimento à Polícia Federal no aeroporto de Brasília sobre as sete malas cheias de dinheiro que tentava embarcar. Os recursos ainda não foram contabilizados e a origem do dinheiro é desconhecida até o momento, mas havia nas malas pelo menos R$ 6 milhões. A PF vai solicitar ao Banco do Brasil ou do Banco Central uma máquina de contar dinheiro para ajudar a fazer a contabilidade. Uma das malas estava tão pesada que foi transportada por dois policiais. A PF ainda não sabe o que fazer com o deputado. Por ter foro parlamentar, João Batista, 61, que é economista e técnico em contabilidade, só poderia ser preso por crime inafiançável. Segundo a Polícia Federal, ainda não está configurado crime, mas o deputado precisa comprovar a origem do dinheiro. Se confirmada a irregularidade, ele será levado à Superintendência da PF em Brasília. De acordo com informações preliminares da PF, o deputado teria dito que os recursos eram da Igreja Universal. Junto com João Batista, que é bispo, mais seis pessoas foram detidas e prestam depoimento. A PF informou que o deputado embarcaria para Goiânia em um jato particular da Igreja Universal. Acompanhavam o bispo, além do piloto e co-piloto, dois pastores da Universal e duas mulheres. O bispo, que cumpre seu primeiro mandato no Legislativo, foi diretor presidente do canal UHF Rede Mulher, uma das emissoras da Igreja Universal de 1999 a 2002. Entre 1992 e 1996, o deputado esteve à frente da presidência da Rede Record.Fonte: Site da Folha de São Paulo - www.folha.com.br - 11/07/2005

ORIGEM DO DINHEIRO APREENDIDO NA CUECA DE EX-ASSESSOR DO PT:
JOSÉ ADALBERTO
JOSÉ GUIMARÃES - PT / CE - A origem dos mais de R$ 200 mil e dos US$ 100 mil apreendidos na semana passada com um ex-assessor parlamentar do PT do Ceará ainda é um mistério. Hoje, mais um brasileiro, apontado como dono do dinheiro, negou envolvimento com o caso. A cidade de Aracati, no litoral do Ceará, é um dos alvos da investigação da Polícia Federal. Quando esteve preso em São Paulo, o ex-assessor parlamentar, José Adalberto, disse que o dono do dinheiro apreendido seria um advogado e comerciante de Aracati. Mas o único morador conhecido na cidade cearense, com o nome citado, é um aposentado, que diz que nunca viu tanto dinheiro. O deputado estadual José Guimarães não quis gravar entrevista. Por telefone, ele disse que as declarações do advogado Kennedy Moura são mentirosas. Fonte: Site do Jornal Nacional - www.globo.com/jn - 15/07/2005

SAQUES MILIONÁRIOS:
MARCOS VALÉRIO
DAVI RODRIGUES ALVES
JACINTO LAMAS / PL
JOÃO CLÁUDIO GENU
JOSÉ JANENE / PP
PAULO ROCHA - PT / DF
PAULO DELGADO
ANITA LEOCÁCIA
RAIMUNDO FERREIRA DA SILVA - PT / DF
JOSIAS GOMES - PT / DF
BISPO RODRIGUES - PL
GILBERTO MANSUR - Os dados preliminares da quebra de sigilo das empresas de Marcos Valério mostram que os saques de contas dessas empresas podem superar os R$ 30 milhões. O saque de maior valor foi feito por uma funcionária da agência SMP&B. A CPI já levantou uma lista de 44 pessoas que sacaram dinheiro das contas de Marcos Valério no Banco Rural. A maior parte dos saques aconteceu entre o segundo semestre de 2003 e o início de 2004. Simone Vasconcelos, gerente financeira da agência SMP&B, sacou R$ 6,145 milhões. De acordo com a CPI, duas vezes ela pediu apoio de um carro-forte para transportar o dinheiro. Simone foi acusada pela ex-secretária da agência, de distribuir pessoalmente o dinheiro a deputados.“Ela me disse uma vez que ficava no hotel dentro de um quarto o dia todo, contando dinheiro e era um entra e sai de homem e que ela estava muito cansada”, contou a ex-secretária em seu depoimento. Davi Rodrigues Alves sacou R$ 4,9 milhões. Em depoimento na Polícia Civil, onde trabalha, disse que foi pegar o dinheiro a pedido de Cristiano Paz, sócio de Marcos Valério. O ex-tesoureiro do PL, Jacinto Lamas, sacou R$ 1,3 milhão. Ele não foi encontrado. Marcos retirou R$ 1,271 milhão. João Claudio Genu, chefe de gabinete do deputado José Janene, líder do PP, pegou R$ 1,150 milhão. Ao todo, quatro partidos fizeram saques nas contas de Marcos Valério. Além do PL e do PP, Jair dos Santos, ex-motorista de José Carlos Martinez, que foi presidente do PTB e morreu em 2003, retirou R$ 300 mil. Raimundo Ferreira da Silva, vice-presidente do PT no Distrito Federal, sacou R$ 100 mil. E foi demitido do gabinete do deputado Paulo Delgado no início da semana. Anita Leocádia, assessora do deputado Paulo Rocha, líder do PT na Câmara, sacou R$ 470 mil. E a mulher do ex-presidente da Câmara, João Paulo, pegou R$ 50 mil. Dois deputados foram pessoalmente sacar dinheiro: Josias Gomes, do PT, e Bispo Rodrigues, do PL. Na quebra de sigilo aparece o nome do jornalista Gilberto Mansur. Ele sacou R$ 300 mil em março de 2004. No depoimento à CPI, Marcos Valério disse que o jornalista intermediou um encontro com o editor da revista “Isto É”, para tratar de uma entrevista dada pela ex-secretária, que acabou não sendo publicada na ocasião. O presidente da CPI dos Correios disse que ainda falta analisar os documentos de cinco bancos. “Muito possivelmente chegará a R$ 30 milhões, talvez passará”, disse ele. O deputado Josias Gomes, do PT da Bahia, disse que sacou o dinheiro por orientação de Delúbio Soares para pagar dívidas do partido. O líder do Partido Progressista, deputado José Janene, disse que o dinheiro sacado por seu assessor, João Cláudio Genu, também foi para pagar dívidas de campanha. E que o dinheiro não foi contabilizado. Fonte: Site do Jornal Nacional - www.globo.com/jn - 20/07/2005

O LAND ROVER DE SILVIO PEREIRA:
SILVIO PEREIRA - PT - A suspeita de que o Land Rover de Silvio Pereira, foi pago por um funcionário da GDK, empresa que presta serviços à Petrobras, repercutiu entre parlamentares do PT e da oposição. segundo eles, os fatos apontam para um delito grave. O vendedor deu hoje novos detalhes sobre a compra do carro. Ninguém quer falar em nome da empresa, que venceu uma concorrência de mais de R$ 200 milhões para a reforma da Plataforma P-34, da Petrobras no Espírito Santo. Silvio Pereira, ex-secretário geral do PT, é apontado como facilitador do negócio. Ele é dono de um Land Rover verde. O dinheiro para a compra do carro – R$ 74 mil - saiu de uma agência bancária em Salvador, onde a GDK tem 11 contas. E foi transferido, por documento eletrônico, para uma agência, em Ribeirão Preto, em uma conta em nome da Eurobike, uma revenda de veículos. A operação foi no dia 10 de novembro de 2004. As informações foram confirmadas pelo Jornal Nacional por duas fontes. Uma em São Paulo e outra na Bahia. Sem saber que estava sendo gravado, o dono da concessionária confirmou a transferência. Fonte: Site do Jornal Nacional - www.globo.com/jn - 20/07/2005

O PODER QUE RESTA NAS MÃOS DE UMA EX-MULHER:
VALDEMAR COSTA NETO - PL - A ex-mulher de Valdemar Costa Neto contou ao Conselho de Ética o que viu e ouviu sobre o mensalão durante um ano e meio em que foi casada com o presidente do PL,. Ela depôs na Comissão de Ética da Câmara e complicou a situação do deputado. “O mensalão existe e o Valdemar recebia”, afirmou. Ela e Valdemar saíram ilesos de um acidente de avião. Mas quem quase morreu foi um aliado do presidente do Partido Liberal. “O Valdemar me disse que ele quase enfartou quando soube que o avião tinha caído. Aí eu perguntei por quê. E ele respondeu ‘porque eu tenho que dar 5 milhões para ele, e o filho dele falou que o avião caiu e ele pensou que nós tivéssemos morrido’. Ele pensou que não iria receber nada”, contou a ex-esposa. O relato incluiu a viagem a Taiwan, improvisada no papel de intérprete numa conversa do deputado com um representante do governo de Taiwan, ela teria descoberto uma doação de 2 milhões de dólares ao PT: “Ele perguntou para mim da contribuição que ele tinha entregue ao Valdemar para a campanha presidencial, e por que, até aquele dia, nenhum membro do PT tinha se manifestado e tinha ido até Taiwan e tinha facilitado as relações comerciais entre Taiwan e Brasil”. “E o Valdemar respondeu para eles que era o momento político complicado, mas que eles provavelmente fariam alguma coisa”. O assunto ‘mala’ causou momentos de apreensão no Conselho: “Algumas vezes, eu vi o Valdemar pedir para Jacinto Lamas ir para Belo Horizonte buscar a mala, e para não-sei-onde buscar mala. E ela falou de outro beneficiário, um certo Remi Trinta, de São Paulo, que também recebeu uma mala: O depoimento da ex-mulher chamou a atenção pela riqueza de detalhes. Fonte: Site do Jornal Nacional - www.globo.com/jn - 20/07/2005


OPOSIÇÃO SACOU DINHEIRO DE VALÉRIO:
ROBERTO BRANT - PFL / MG
JOSÉ MENTOR / PT
O deputado Roberto Brant, do PFL de Minas Gerais, admitiu hoje que um de seus assessores sacou dinheiro da conta da agência SMP&B, de Marcos Valério. É a primeira vez que um político da oposição confirma que sacou dinheiro de contas do empresário. Ao analisar a quebra de sigilo das empresas de Marcos Valério no Banco do Brasil, a CPI encontrou um saque de R$ 9,7 milhões em nome da DNA. Não foi identificado quem sacou. Também foi encontrado um cheque nominal à empresa do deputado José Mentor, do PT, no valor de R$ 60 mil. Zilmar Fernandes da Silva sacou R$ 500 mil. Ela é sócia de Duda Mendonça, publicitário que fez a campanha que elegeu o presidente Lula. Em nota, a agência de Duda Mendonça diz que recebeu o dinheiro por serviços prestados ao PT. Tudo está na contabilidade da empresa. Rodrigo Barroso Fernandes foi tesoureiro da campanha do petista Fernando Pimentel para a prefeitura de Belo Horizonte. Negou que tenha sacado R$ 274 mil das contas de Marcos Valério. Mesmo assim, pediu afastamento da presidência da Fundação Municipal de Cultura, de Belo Horizonte.
Além dos partidos da base aliada, alguns saques também envolvem a oposição. Paulo Menecucci aparece num saque de R$ 205 mil. Ele foi assessor do ex-ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga, do PSDB. Coordenou várias campanhas do partido. Também nega que tenha feito os saques. “Se for necessário abrir sigilo, qualquer que seja, está aberto”, informou Paulo Menecucci, ex-assessor do Ministério das Comunicações. Nestor Francisco de Oliveira sacou R$ 102 mil. É assessor do deputado Roberto Brant, do PFL- ex ministro da Previdência. O deputado diz que foi uma doação da Usiminas para a campanha em 2002. E que o dinheiro foi depositado na SMP&B porque ela fez a publicidade da siderúrgica. Roberto Brant diz que não declarou o valor à justiça eleitoral porque não tinha recibo. Mas que vai regularizar a situação. Agora, a CPI dos Correios vai pedir ao Supremo Tribunal Federal cópias de documentos apreendidos pela Polícia Federal, em arquivos do Banco Rural em Minas Gerais. Os documentos trazem uma lista de quase 100 nomes, entre eles parlamentares, que teriam recebido dinheiro das contas de Marcos Valério sem constar nos registros de saques do banco. E por isso ainda não foram identificados. A lista pode ajudar a explicar melhor os saques de mais de R$ 6 milhões feitos por Simone Vasconcelos, gerente da SMP&B. Em depoimento à Polícia Federal, ela admitiu que foi à agência do Banco Rural em Brasília, várias vezes, fazer saques de mais de R$ 50 mil a pedido de Marcos Valério. Simone diz que entregava o dinheiro a pessoas que ela não conhecia. Que essas pessoas a procuravam dentro do banco e pegavam o dinheiro. Simone Vasconcelos disse ainda que duas vezes levou dinheiro a Marcos Valério, em um hotel. E uma vez o empresário a esperava dentro de um táxi. “Eu acho que até pela sistemática dos saques e pela freqüência, nós precisamos analisar muito bem essa questão de caixa dois só para a campanha porque, aparentemente, pela distribuição dos valores ao longo do tempo, a impressão que se passa é que se tem um mensalão”, acredita o presidente da CPI dos Correios. A Usiminas não quis comentar a informação de que fez depósito em favor do deputado Roberto Brant. O deputado Bispo Rodrigues, do PL, disse que não foi pessoalmente ao Banco Rural sacar dinheiro. Mas os dados da quebra de sigilo do banco confirmam um saque na boca do caixa de R$ 150 mil. Fonte: Site do Jornal Nacional - www.globo.com/jn - 21/07/2005

CÂMARA LIVRA MAIS 2 ACUSADOS DE RECEBER “MENSALÃO”:
Professor Luizinho (PT-SP)
Roberto Brant (PFL-MG)
Romeu Queiroz (PTB-MG)
Sandro Mabel (PL-GO)
Pedro Henry (PP-MT)
Pedro Corrêa (PP-PE)
- O plenário da Câmara dos Deputados absolveu, nesta quarta-feira, dois deputados acusados de participar do esquema do “mensalão”, aumentando para 4 o número dos que se livraram da cassação. Após votação favorável ao deputado Roberto Brant (PFL-MG) à tarde, os parlamentares absolveram no fim da noite o deputado Professor Luizinho (PT-SP). Foram 253 votos a favor e 153 contra. No total, votaram 449 deputados.O petista era acusado de receber R$ 20 mil no esquema de pagamento de mesada a parlamentares em troca de apoio ao governo, supostamente operado pelo empresário mineiro Marcos Valério de Souza. Antes de Luzinho e Brant, Romeu Queiroz (PTB-MG) e Sandro Mabel (PL-GO) já tinham se livrado da cassação. No início do processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética, Luizinho havia negado o recebimento do dinheiro. Depois, voltou atrás e afirmou que o dinheiro foi sacado por um ex-assessor do seu gabinete. O deputado, no entanto, diz que desconhecia a operação, cujo objetivo era financiar campanhas de três pré-candidatos a vereador pelo PT no ABC paulista. “Em nenhum momento eu menti para essa Casa. Quando foi colocado em dúvida se a pessoa sacadora tinha de fato sido meu assessor, pedi que investigassem”, afirmou. Por outro lado, ele reforçou que nunca pediu ou autorizou José Nilson dos Santos, o ex-assessor, a fazer saques das contas de Valério. Mais cedo, o plenário absolveu o deputado Roberto Brant ( PFL-MG) por 283 votos a 156. Para ocorrer a cassação, o parecer contra Brant precisaria obter, no mínimo, 257 votos. O deputado é acusado de receber doação de campanha de R$ 102 mil do empresário Marcos Valério, sem prestação de contas. O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), já marcou para a próxima quarta-feira, dia 15, a votação dos processos contra os deputados Pedro Henry (PP-MT) e Pedro Corrêa (PP-PE). Um deputado fez uma denúncia de possível “acordão” nas votações do processo de cassação. Afirmou que viu a cúpula do PFL reunida com integrantes do PSDB trabalhando pela absolvição de Brant. Segundo ele, os petistas também estavam de acordo com a negociação. “Isso pode ser aprendizado de feiticeiro para acordão”.Fonte: Portal Terra (www.terra.com.br) - 08/03/2006

A DANCINHA DA PIZZA:
Ângela Guadagnin - PT / SP - Alguns poucos jornalistas, parlamentares e funcionários presentes ao plenário da Câmara depois da meia-noite assistiram a uma estranha celebração. Nos últimos meses a deputada federal Ângela Guadagnin, do PT de São Paulo, votou contra a cassação de todos os deputados envolvidos no escândalo do mensalão. As exceções foram Roberto Jefferson e Pedro Corrêa. Mas na quarta-feira ela se deixou levar pela emoção de ver um bom amigo escapar da guilhotina: o deputado João Magno, do PT de Minas Gerais. Comemorou levantando, dançando e rebolando. Está bem acompanhada entre os políticos que cederam a tentação de arriscar passos de dança em público. Mas nenhum deles estava na sede do parlamento do seu país. E em nenhum dos casos o motivo da dança era a absolvição de um deputado acusado de receber dinheiro ilegal.. Fonte: Jornal da Globo - Rede Globo - 23/03/2006

ESCRIVÃO DA PF DIZ À CPI QUE OKAMOTO TENTOU ESCAPAR DE INTIMAÇÃO:
PAULO OKAMOTTO - O presidente do Sebrae, que também é amigo de Lula, disse ter pago em 2004 uma dívida de R$ 29,4 mil que o presidente tinha com o PT. O dinheiro foi registrado na prestação de contas do partido de 2003. Okamotto afirmou à CPI que quitou a dívida de Lula em dinheiro por orientação do então tesoureiro do partido Delúbio Soares. Ele disse ter feito saques em contas em Brasília, São Paulo e São Bernardo do Campo e, em seguida, enviado o dinheiro à direção do PT para pagar a dívida, registrada na prestação de contas TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2003. A dívida passou a ser investigada pela CPI por conta de indícios de uso irregular do Fundo Partidário para pagar despesas de Lula. Descobriu-se ainda que Okamotto quitou em 2002 uma dívida de R$ 26 mil da filha de Lula, Lurian Cordeiro Lula da Silva. Além disso, Okamotto doou R$ 24,84 mil para a campanha de Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, à Prefeitura de São Bernardo, em 2004. O presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, tentou despistar ontem a CPI dos Bingos na tentativa de evitar uma acareação com um ex-militante petista. A acareção, que deveria ter ocorrido nesta semana --mas foi suspensa por uma liminar do Supremo Tribunal Federal, foi remarcada para a próxima semana. O escrivão da Polícia Federal, que trabalha com a comissão parlamentar, foi ao prédio do Sebrae em Brasília para entregar a intimação a Okamotto para comparecer à CPI. Rodrigues relatou à CPI que depois de muita resistência a secretária da chefia de gabinete da presidência do Sebrae alegou que Okamotto estava em viagem e voltaria na próxima semana. A secretária recebeu o papel, mas o escrivão, que estava na saída do prédio, percebeu um erro e voltou para o gabinete para corrigí-lo. “Chegando ao gabinete, me surpreendi com a passagem, no ambiente em que me encontrava, do senhor Paulo Okamotto, que se dirigia ao seu gabinete pessoal”, afirmou o escrivão em documento repassado à CPI. O presidente da comissão vai comunicar o caso à Polícia Federal, ao ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e ao Supremo Tribunal Federal, que já concedeu duas liminares em favor de Okamotto contra a CPI. O ex-militante do PT acusa Okamotto de ser um tesoureiro informal do partido. A CPI quer ainda investigar se o presidente do Sebrae realmente pagou uma dívida do presidente Luiz Inácio Lula da SilvaFonte: Site da Folha de S.Paulo (www.folha.com.br) - 30/03/2006

EX-PRESIDENTE DO SUPREMO TEVE ADICIONAL DE QUASE R$ 28 MIL EM 2005:
NELSON JOBIM - O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim, que deixou o cargo na semana passada para retomar seus projetos políticos, recebeu do órgão quase R$ 28 mil de adicionais por viagens realizadas em 2005. Na maior parte das vezes, a ajuda de custo foi para viagens de caráter não-oficial e integralmente pagas pelos anfitriões. Após um cruzamento de informações registradas pelo Siafi (Sistema de Acompanhamento de Gastos Federais), publicadas em reportagens e divulgadas na agenda do STF, a Folha apurou que Jobim fez pelo menos 32 viagens nacionais e quatro internacionais no ano passado. Passou, no mínimo, 84 dias longe de Brasília. Em 27 viagens, o convite partiu de universidades particulares ou de associações. Jobim foi chamado para dar palestras sobre temas jurídicos, ser paraninfo de turma de formandos em direito, receber medalhas ou participar de jantares em sua homenagem. Por meio de sua assessoria, Jobim disse que não cobra para dar palestras, que as viagens tiveram caráter representativo e que, por isso, o recebimento de diárias foi absolutamente legal. Cinco especialistas ouvidos pela reportagem, no entanto, disseram que a diária existe para ressarcir prejuízos decorrentes de uma viagem realizada em caráter oficial. Esse prejuízo é inexistente, afirmam, quando o deslocamento é pago pelo anfitrião. Para eles, convites pessoais não se encaixam na definição de evento oficial. Em abril do ano passado, por exemplo, Jobim ficou três dias num resort de luxo na ilha de Comandatuba, na Bahia, num encontro da Confederação Nacional das Instituições Financeiras. Todas as despesas, segundo a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), foram pagas pelos bancos. Mesmo assim, o ex-ministro requisitou R$ 544,50 em diárias. Somente em agosto, Jobim viajou seis vezes a convite. Numa delas, ficou quatro dias em um hotel cinco estrelas em Salvador, na Bahia, para participar de um evento patrocinado por associações de classe. Levou como acompanhantes a mulher dele, Adrienne Senna, e um assessor. O casal ganhou dos anfitriões passagem aérea, transporte terrestre, alimentação e hospedagem -todos os gastos foram pagos por companhias estatais que patrocinaram o evento. Para esse deslocamento, o ex-ministro solicitou ao Supremo R$ 693. Em setembro, Jobim viajou de Brasília a São Paulo para ser homenageado por uma revista e para palestrar num congresso de executivos de finanças. Mesmo com as despesas pagas pelos organizadores, Nelson Jobim requisitou ao tribunal uma ajuda de custo no valor de R$ 379,50. Algumas das viagens são consideradas oficiais, como, por exemplo, quando ele foi convidado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para participar do funeral do papa João Paulo 2º na Itália ou quando foi ao Paraguai em reunião de Cortes Supremas do Mercosul. Nos dois casos, Jobim recebeu do Supremo R$ 2.291 e R$ 2.976, respectivamente. A resolução 254, de 2003, define a diária como uma indenização para despesas decorrentes de viagens oficiais feitas por servidores do STF que estejam no efetivo exercício do cargo ou da função. Em agosto de 2004, esta resolução, que não contemplava a possibilidade de pagamento de diárias em viagens patrocinadas, sofreu uma “adaptação”, isso porque, mesmo sem previsão legal, alguns ministros já recebiam meia diária em viagens sem nenhum custo. Fonte: Site da Folha de S.Paulo (www.folha.com.br) - 03/04/2006

O PREFEITO QUE VALE POR 40 PROFESSORES:
Francisco Lucilane de Moura - Na sala de aula, a professora da cidade de Palhano, Ceará, ensina aos alunos o que diz a Constituição Federal: “Nenhum trabalhador brasileiro pode ser remunerado com menos de um salário mínimo”. Mas no fim do mês, a professora tem que se conformar com outra realidade: o salário dela é pouco mais de R$ 100. “O salário base é R$ 145, com as graticiações, R$ 180”, conta a professora. Lá, muitos servidores públicos ganham abaixo do salário mínimo, situação que se repete em outros 40 municípios do Ceará. Além de receber salário abaixo do mínimo, os servidores públicos de Palhano não têm reajuste há seis anos. O mesmo não se pode dizer do salário do prefeito da cidade, que acaba de ter um aumento de 100% aprovado pela Câmara Municipal. O salário do prefeito Francisco Lucilane de Moura, que também já foi professor, subiu de R$ 3 mil para R$ 6 mil. O prefeito, que não quis gravar entrevista, alega que precisou dobrar o próprio salário para poder contratar médicos para a cidade. Em conversa gravada, ele explica que nenhum salário pago pela prefeitura pode ser maior que o do prefeito: o teto era de R$ 3 mil, mas os médicos prestadores de serviço não ganhavam menos de R$ 6 mil. Os novos rendimentos foram aprovados com um projeto de lei: dos nove vereadores, cinco votaram a favor. Difícil, será convencer os cidadãos palhanenses. Fonte: Jornal da Globo, Rede Globo - 21/04/2006

MPF DENUNCIA DEPUTADO E EX-PRESIDENTE DA COHAPAR:
Luiz Cláudio Romanelli (PMDB)
NEREU MOURA (PMDB)
Paulo Gomes Júnior
Tani Lemos do Prado Colaço
Rosângela Chrispim Calixto
Débora Gomes Machado
Renata Mendes
Raquel Mendes
Jairo Machado
Reginaldo Ferreira
Osório Moura
Elza Calixto - O Ministério Público Federal denunciou cinco pessoas por formação de quadrilha para desvio de dinheiro da Assembléia Legislativa do Paraná entre os anos de 2000 e 2001. Entre os denunciados estão Luiz Cláudio Romanelli, ex-deputado estadual e ex-diretor da Cohapar, e Nereu Moura, deputado estadual, ambos do PMDB. A denúncia foi apresentada ao Tribunal Regional Federal, em Porto Alegre. Além dos dois peemedebista, foram acusados Paulo Gomes Júnior, chefe de gabinete da bancada do PMDB na época; Tani Lemos do Prado Colaço, mulher do ex-deputado Antônio Toti Colaço Vaz (PMDB), e Rosângela Chrispim Calixto, jornalista da Assembléia na época. Romanelli, então suplente de deputado, e Nereu Moura, que era líder da bancada do PMDB, são acusados de ficar com a maior parte do salário de sete funcionários em uma operação centralizada por Paulo Gomes Júnior. Os funcionários – Débora Gomes Machado, irmã de Gomes Júnior; Renata Mendes, esposa; Raquel Mendes, cunhada de Gomes Júnior; Jairo Machado, casado com Raquel; Reginaldo Ferreira e Osório Moura, irmão de Nereu Moura – ficavam com R$ 500 e repassavam entre R$ 1.100 e R$ 3.500, dependendo do valor do vencimento. Segundo a denúncia do Ministério Público, Rosângela foi indiciada por ficar com R$ 500 do salário da mãe, Elza Chrispin, e repassar o restante. Paulo Gomes Júnior tinha procurações assinadas pelos sete servidores ocupantes de cargos em comissão e, com esse documento em mãos, recebia diretamente em uma de suas contas bancárias os valores destinados aos vencimentos dos servidores. Em 2000, saíram da conta corrente do chefe de gabinete R$ 72.324,34, quase dez vezes mais do total de seus vencimentos no período. Em 2001, os saques chegaram a R$ 92.724,04, sendo que seu salário anual foi de R$ 29.313,40. O Ministério Público apresentou notícia-crime ao mapear esse fluxo de dinheiro, considerado crime de formação de quadrilha e peculato contra a administração pública estadual. Como envolvia dois deputados, que têm foro privilegiado, e crime de sonegação fiscal, já que o dinheiro recebido por Moura e Romanelli não foi declarado no Imposto de Renda, a investigação passou para as mãos da Polícia Federal e, posteriormente, para o Ministério Público Federal em Porto Alegre. Paulo Gomes Júnior e Rosângela Calixto ainda conseguiram restituição de imposto de renda em nome de Elza Calixto, de acordo com a Receita Federal, por meio de fraude em Declaração de Ajuste Anual. A Receita constatou a irregularidade e, durante as investigações, Paulo e Rosângela prestaram informações consideradas falsas com o intuito de acobertar a fraude. Por isso, Rosângela é acusada também de crime de falsidade ideológica. Apesar de não ser deputado na época, a denúncia do MPF aponta ligações pessoais de Romanelli com Paulo Gomes. Romanelli é padrinho de casamento de Paulo e foi quem o indicou para a função de subgerente do escritório regional da Cohapar em Paranavaí.. Fonte: Site do Jornal Gazeta do Povo (www.gazetadopovo.com.br) - 28/04/2006

PF INVESTIGA SENADOR PARAENSE:
Ademir Andrade - PSB / Pará - A Polícia Federal investiga o ex-senador Ademir Andrade, presidente do PSB do Pará. Ele é acusado de chefiar um esquema de fraudes em licitaçõesUma casa em Belém deveria ser a sede da distribuidora de remédios Recomed, mas está fechada. Segundo a Polícia Federal, o ex-senador Ademir Andrade é o dono da empresa, que está registrada em nome de um filho dele e de mais três sócios. De acordo com a Polícia Federal, em conversas telefônicas, o ex-senador pressiona um funcionário da prefeitura de Novo Repartimento, no sudeste do Estado, para que a empresa Recomed seja contratada. “O que eu estou querendo é que você bote ele na linha com o Júnior da Recomed pra resolver uma parada que ainda não foi decidida, a gente tem preço em condições de competir, e ele tem que dar prioridade pra gente”, falou Ademir, na conversa gravada. “Vou colocar, sim senhor”, respondeu o funcionário da prefeitura. “Mas eu quero que você faça isso agora, agora. Localiza ele, bota ele na linha com o Júnior imediatamente”, insistiu. “A maneira correta seria ter feito um procedimento licitatório, com toda a probidade que a lei de licitações determina, porém no caso, foi dispensada a licitação”, explicou o delegado da PF Jorge Vinícius Nunes. De acordo com a Polícia Federal, o esquema funcionava desde janeiro e teria movimentado cerca de R$ 80 mil. É a segunda vez neste ano que o ex-senador é identificado. Em abril, ele foi preso, acusado de chefiar um esquema que, segundo a polícia, fraudou R$ 45 milhões da companhia Docas do Pará. Fonte: Jornal da Globo - Rede Globo - 05/06/2006


CRIME SEM CASTIGO:
João Lyra - PTB / Alagoas - Testemunha-chave aponta o candidato a governador de Alagoas João Lyra como mandante de um crime que traumatizou o Estado. O depoimento do ex-soldado Garibalde Santos de Amorim é de máxima importância para a acusação porque ele foi, por mais de dois anos, o principal assessor do então tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcante, apontado como o chefe da “gangue fardada de Alagoas”, espécie de esquadrão da morte a mando dos interessados em eliminar adversários. Fonte: Site da Revista Istoé - www.istoe.com.br - 05/07/2006

OITO VEREADORES SÃO PRESOS EM MINAS GERAIS:
Eurípedes Xavier SoutoMaria de Fátima Pereira MacedoAurindo José RibeiroJosé Marcos Marins FreitasRaimundo Pereira da SilvaAdemar de Barros BicalhoHeráclides Gonçalves FilhoAthos Mameluque MotaA Polícia Federal (PF) prendeu hoje 8 dos 15 vereadores de Montes Claros, a 417 km de Belo Horizonte, na Operação Pombo Correio, acusados de formação de quadrilha para desvio de verbas do município por meio de notas frias. De acordo com a polícia os suspeitos estão sendo investigados em razão da constante utilização de Recibos de Venda de Produtos (RVP’s), nas prestações de contas mensalmente apresentadas. Esses recibos eram, supostamente, emitidos por agências franqueadas dos Correios. Estima-se, até o momento, um desvio aproximado de R$ 150 mil, apenas nos gastos com selos e postagens, em razão da utilização de RVP’s “frios”. Os investigados serão indiciados pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, falsificação/uso de papéis públicos e furto qualificado. Se condenados, a pena total deve ser de 31 anos de prisão. Fonte: Portal Terra (www.terra.com.br) - 06/07/2006

PF DIVULGA LISTA COM NOMES DOS 23 PRESOS EM RONDÔNIA:
Sebastião Teixeira Chaves - desembargador e presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia, José Jorge Ribeiro da Luz - juiz de Direito, Eílson de Souza Silva - conselheiro do Tribunal de Contas de Rondônia, José Carlos Vitachi - procurador estadual, Carlão de Oliveira (PSL) - presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia, Haroldo Augusto Filho - filho do deputado estadual Haroldo Santos (PP), Gebrin Abdala Augusto dos Santos - filho do deputado Haroldo Santos, Rosa Salomé Soares - assessora do deputado Haroldo Santos, Carlos Magno - candidato a vice-governador e ex-chefe da Casa Civil de Rondônia, Jurandir Almeida Filho Junior - irmão do deputado estadual Amarildo Almeida (PDT) , Edons Wander Arrabal - assessor Amarildo Almeida, Eliezer Magno Arrabal - assessor Amarildo Almeida, Adelino César de Moraes - assessor Amarildo Almeida, Joarez Nunes Ferreira - assessor Amarildo Almeida, Marcos Alves Paes - chefe de gabinete de Amarildo Almeida, João Carlos Batista de Souza - assessor de Carlão de Oliveira, Lizandreia Ribeiro de Oliveira - irmã de Carlão de Oliveira, Moisés José Ribeiro de Oliveira - irmão de Carlão de Oliveira, Márcia Luiza Scheffer de Oliveira - esposa de Carlão de Oliveira, José Ronaldo Palitot - diretor da Assembléia Legislativa de Rondônia, Emerson Lima Santos - diretor de Recursos Humanos da Assembléia Legislativa de Rondônia, Marlon Sérgio Lutosa Jungles - cunhado de Carlão de Oliveira, José Carlos Cavalcante de Brito - servidor da Assembléia Legislativa de Rondônia - A Polícia Federal divulgou a lista com os nomes dos 23 presos na Operação Dominó na manhã desta sexta-feira em Rondônia. Os detidos são acusados de desvio de recursos públicos, corrupção, prevaricação, concussão, peculato, extorsão, lavagem de dinheiro e venda de sentenças judiciais. Entre os presos na operação estão o presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia, Sebastião Teixeira Chaves, e o presidente da Assembléia Legislativa do Estado, José Carlos de Oliveira. De acordo com a Polícia Federal, os detidos na operação deverão ser transferidos para a Superintendência da PF em Brasília ainda hoje. Fonte: Site da Folha de S.Paulo - www.folha.com.br - 04/08/2006

CPI DOS SANGUESSUGAS DENUNCIA 72 PARLAMENTARES:
ADELOR VIEIRA (PMDB-SC) , AGNALDO MUNIZ (PP-RO) , ALCESTE ALMEIDA (PTB-RR) , ALMEIDA DE JESUS (PL-CE) , ALMERINDA DE CARVALHO (PMDB-RJ) , ALMIR MOURA (PFL-RJ), AMAURI GASQUES (PL-SP), BENEDITO DIAS (PP-AP), BENJAMIN MARANHÃO (PMDB-PB), CABO JÚLIO (PMDB-MG) , CARLOS DUNGA (PTB-PB), CARLOS NADER (PL-RJ), CELCITA PINHEIRO (PFL-MT), CÉSAR BANDEIRA (PFL-MA), CLEONÂNCIO FONSECA (PP-SE), CLEUBER CARNEIRO (PTB-MG), CORIOLANO SALES (PFL-BA), CORONEL ALVES (PL-AP), EDIR OLIVEIRA (PTB-RS), EDNA MACEDO (PTB-SP), EDUARDO SEABRA (PTB-AP), ELAINE COSTA (PTB-RJ), ENIVALDO RIBEIRO (PP-PB), ÉRICO RIBEIRO (PP-RS), FERNANDO GONÇALVES (PTB-RJ), HELENO SILVA (PL-SE), ILDEU ARAÚJO (PP-SP), IRAPUAN TEIXEIRA (PP-SP), IRIS SIMÕES (PTB-PR), ISAÍAS SILVESTRE (PSB-MG), JOÃO BATISTA (PP-SP), JOÃO CALDAS (PL-AL), JOÃO CORREIA (PMDB-AC), JOÃO GRANDÃO (PT-MS), JOÃO MAGALHÃES (PMDB-MG), JOÃO MENDES DE JESUS (PSB-RJ), JONIVAL LUCAS JUNIOR (PTB-BA), JORGE PINHEIRO (PL-DF), JOSÉ DIVINO (PRB-RJ), JOSÉ MILITÃO (PTB-MG), JOSUÉ BENGSTON (PTB-PA), JUNIOR BETÃO (PL-AC), LAURA CARNEIRO (PFL-RJ), LINO ROSSI (PP-MT), MARCELINO FRAGA (PMDB-ES), MARCONDES GADELHA (PSB-PB), MARCOS ABRAMO (PP-SP), MARCOS DE JESUS (PFL-PE), MAURÍCIO RABELO (PL-TO), NEUTON LIMA (PTB-SP), NILTON CAPIXABA (PTB-RO), OSMÂNIO PEREIRA (PTB-MG), PASTOR AMARILDO (PSC-TO), PAULO BALTAZAR (PSB-RJ), PAULO FEIJÓ (PSDB-RJ), PAULO GOUVEIA (PL-RS), PEDRO HENRY (PP-MT), RAIMUNDO SANTOS (PL-PA), REGINALDO GERMANO, (PP-BA), REINALDO BETÃO (PL-RJ), REINALDO GRIPP (PL-RJ), RICARDO RIQUE (PL-PB), RICARTE DE FREITAS (PTB-MT), ROBÉRIO NUNES (PFL-BA), VANDERLEI ASSIS (PP-SP), VIEIRA REIS (PRB-RJ), WANDERVAL SANTOS (PL-SP), WELLINGTON FAGUNDES (PL-MT), WELLINGTON ROBERTO (PL-PB), MAGNO MALTA (PL-ES), NEY SUASSUNA (PMDB-PB), SERYS SLHESSARENKO (PT-MT) - A CPI dos Sanguessugas vai recomendar a abertura de processo de cassação contra 72 parlamentares. Três são senadores, os demais deputados. A lista com os nomes sobre os quais a comissão encontrou provas de participação no esquema foi divulgada nesta quinta-feira com a apresentação do relatório parcial da comissão. Os nomes serão encaminhados para os Conselhos de Ética da Câmara e do Senado, que podem abrir processos de cassação de mandato. Os deputados e senadores são acusados de terem recebido dinheiro em troca de apresentar emendas ao Orçamento da União para a compra de ambulâncias. Os recursos eram desviados quando liberados para as prefeituras. Fonte: Site da Folha de S.Paulo - www.folha.com.br - 10/08/2006
(OBS: Entenda o esquema de compra irregular de ambulâncias (23/05/2006 - Folha Online):- A quadrilha desmontada pela Polícia Federal, que fraudava a venda de ambulâncias para prefeituras de diversos Estados do país, era chefiada pela família Trevisan Vedoin, no Mato Grosso. A empresa da família era chefiada por Darci José Vedoin e tinha membros infiltrados na Câmara dos Deputados, no Ministério da Saúde e na Associação de Municípios do Mato Grosso.O primeiro passo da ação da quadrilha era o contato com os prefeitos interessados. O responsável pelo contato seria José Wagner dos Santos. Nessa conversa com os prefeitos, ele dizia que poderia entregar uma ambulância completa antes do prefeito consegui-la pelos trâmites normais. Com a concordância do prefeito, a quadrilha acionava assessores de parlamentares que preparavam emendas a serem apresentadas por deputados e senadores. O texto era aprovado no Congresso Nacional e a assessora do Ministério da Saúde, Maria da Penha Lino, teria a incumbência de aprovar o convênio e facilitar a liberação do recurso. Caberia à empresa Planam, de propriedade da família Trevisan Vedoin, montar as ambulâncias e entregá-las ao prefeito. A empresa superfaturava em até 110% a operação e entregava um veículo sem os equipamentos necessários para atendimentos de emergência. Cada intermediário recebia propina para atuar. Há indícios, conforme as investigações, que dois ex-parlamentares, Ronivon Santiago e Carlos Rodrigues, tenham também recebido propina. A quadrilha já começava a operar um outro esquema. Dessa vez, em licitações de equipamentos para inclusão digital.)

CPI REVELA NOMES DE 27 SANGUESSUGAS:
Jorge Pinheiro (PL-DF), Carlos Nader (PL-RJ), Josué Bengtson (PTB-PA), Coronel Alves (PL-AP), Carlos Dunga (PTB-PB), Gilberto Nascimento (PMDB-SP), Érico Ribeiro (PP-RS), Almerinda de Carvalho (PMDB-RJ), Heleno Silva (PL-SE), Marcos de Jesus (PFL-PE)Ildeu Araújo (PP-SP), João Grandão (PT-MS), Paulo Gouvêa (PL-RS), João Magalhães (PMDB-MG), Ricardo Rique (PL-PB)Jonival Lucas Júnior (PTB-BA), César Bandeira (PFL-MA), Wellington Roberto (PL-PB), Benjamin Maranhão (PMDB-PB), Magno Malta (PL-ES), Agnaldo Muniz (PP-RO), Adelor Vieira (PMDB-SC), Feu Rosa (PP-ES), Robério Nunes (PFL-BA), Celcita Pinheiro (PFL-MT), Marcondes Gadelha (PSB-PB), Helenildo Ribeiro (PSDB-AL) - O presidente da CPI dos Sanguessugas divulgou o nome dos novos 27 parlamentares que serão investigados pelo Supremo Tribunal Federal por suposto envolvimento na máfia dos sanguessugas. Apenas três deputados que serão investigados pelo STF não tiveram o pedido de cassação recomendado pela CPI: Gilberto Nascimento (PMDB-SP), Feu Rosa (PP-ES) e Helenildo Ribeiro (PSDB-AL). A lista não traz novidades entre os supostos deputados sanguessugas. Todos os nomes já eram conhecidos pela CPI. Segundo o presidente da CPI, a comissão vai analisar os nomes dos três deputados que serão indiciados pelo STF, mas que foram inocentados pela comissão. “A qualquer momento poderemos incluir novos nomes no relatório final da comissão. Se surgirem novos elementos, eles poderão ser indiciados pela CPI”, disse.
Fonte: Site da Folha de S.Paulo (www.folha.com.br) - 23/08/2006

ESCÂNDALO ELEITORAL:
OSVALDO PEREIRA (PSL-GO) - Quando esteve no Procon, o Programa de Defesa do Consumidor, Osvaldo Pereira chegou a ser investigado por suspeita de irregularidades. Hoje, além de candidato a governador, ele é presidente do PSL, o Partido Social Liberal no estado de Goiás. Esta semana, a produção do Fantástico recebeu a informação de que Osvaldo Pereira estaria vendendo o horário obrigatório de propaganda na televisão. E que teria tentado fazer negócio com o empresário Ernani de Paula, ex-prefeito da cidade Goiana de Anápolis, cassado em 2003 por improbidade administrativa. Para investigar a denúncia, o repórter do Fantástico se fez passar por um empresário do setor de transportes interessado na compra do horário eleitoral obrigatório. Na quinta-feira, acompanhado do ex-prefeito Ernani de Paula, o candidato Osvaldo Pereira veio a um encontro, sem saber que o empresário era repórter e que a conversa estava sendo gravada. Leia abaixo:Osvaldo: Eu sou o presidente do partido, eu que chamei essas pessoas pra ser candidatas, você entendeu?Para convencer o repórter do poder que tem no PSL goiano, Osvaldo Pereira dá uma explicação surpreendente.Osvaldo: E eu tô fazendo isso por uma questão simples: quando eu peguei o partido, você entendeu? Partidos emergentes a gente compra, na realidade. Você sabe muito bem disso. Foi isso o que eu fiz. Então desculpa a expressão que eu vou usar, mas é essa mesmo: eu sou o dono do partido lá.Repórter: Você comprou?Osvaldo: Lógico.Osvaldo agora faz seu preço: pela venda do horário eleitoral obrigatório até o fim do primeiro turno, ele pede um R$1,3 milhão.Repórter: Um milhão e trezentos?Osvaldo: Sim.Repórter: O que é que nós podemos fazer nesse horário, nesse tempo?Osvaldo: Qualquer coisa que nós quisermos fazer, que nós “combinar” de fazer.
(...) Osvaldo: É quase dois minutos e meio de horário nobre. Você sabe muito bem disso. Você sabe o estrago que faz uma campanha de televisão.Mais a frente, ele reforça o papel da campanha eleitoral obrigatória na TV.Osvaldo: Hoje é televisão. Não é comício, não tem artista, não tem nada. Você não leva ninguém pra fazer comício, não junta as pessoas. As grandes denúncias, o veiculo é a televisão. (...) Repórter: Como é que você quer receber isso?Osvaldo: Um milhão em dólar e o resto em real.Na quinta-feira, no mesmo horário em que gravávamos essa conversa, o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás anunciava a impugnação da candidatura de Osvaldo Pereira ao governo do estado porque a inscrição dele teria sido feita fora do prazo.O PSL recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral e Osvaldo continua em campanha, inclusive, na TV.Tem, hoje, segundo as pesquisas, 0,2% da preferência do eleitorado de Goiás. Fonte: Site do Fantástico (www.globo.com/fantastico) - 27/08/2006

MPF-MT OFERECE DENÚNCIA CONTRA NOVE EX-DEPUTADOS:
(Ex-deputados federais): Cleuber Brandão Carneiro;Eber Silva;Emerson Kapaz;Gessivaldo Isaías de Carvalho Silva;José Aleksandro da Silva;Luis Eduardo Almeida de Oliveira;Matusael do Nascimento;Nair Maria Xavier Nunes Oliveira Lôbo;Paulo César Marques de Velasco;
(Assessores parlamentares): Alessandro Rezende Gonçalves;Ana Terezinha Maforte Ferreira;Anderson Luis Brusamarello;André Sangali de Souza;Andrey Batista Monteiro de Morais;Antônio Carlos Machado;Artur Paulo dos Santos Matos;Danielle Surrage Bueno Pires;Divaldo Martins Soares Júnior;Edna Gonçalves Souza Inamine;Edson Siqueira Menezes;Elizângela Patrícia Furtado Lima;Fábio Pereira da Silva;Flávio Luiz Santos da Silva;Franciso Jalcy Xavier Moreira;Gizelle Cunha de Carvalho;Inaldo José Santos Silva Ferreira de Araújo;Iomar de Oliveira Tavares Filho;Izildinha Alarcon Linares;Jackson Pires Castro;Jamil Félix Naglis Neto;José Luiz Batistello;Jussara Siqueira de Almeida;Lara de Araújo Amorim;Lázaro Martins Ramos Filho;Leozir Bueno Meiga;Lira José Duarte Fernandes;Luciana de Andrade;Luiz Marques Santos;Manoel Gaia Farias;Márcia Barifaldi Hirs;Marcos Aurélio de Brito Duarte;Marilene Maria da Silva;Orlando Gervásio de Deus;Patrícia Pereira Ribeiro;Paulo Roberto de Oliveira Corrêa;Raimundo Nonato Franco da Silva;Raimundo Torres da Costa Filho;Ranier de Oliveira Souza;Ricardo Jardim do Amaral Mello;Robson Rabelo de Almeida;Rogério Corrêa Jansen;Suely Almeida Bezerra;Tereza Norma Rolim Félix;Valdecir Alves Frois;Vera Lúcia Pinto;Weliton Brito David Carvalho;Wylerson Moreira de Costa;Zélia Maria Barbosa Henriques;
(Servidor público do Ministério da Saúde): Roberto Gonçalves
O Ministério Público Federal em Mato Grosso ofereceu denúncia contra mais nove ex-deputados federais, 49 assessores parlamentares e um servidor público do Ministério da Saúde por fraude a licitações para a compra de ambulâncias. O esquema foi descoberto na Operação Sanguessuga. Agora há 19 ex-parlamentares, 79 assessores parlamentares e cinco funcionários do Ministério da Saúde acusados de envolvimento na chamada máfia das ambulâncias.De acordo com o MPF, a organização criminosa atuou em 26 estados para cometer crimes contra a Administração Pública, de lavagem de dinheiro e de fraude a licitações para a compra de unidades móveis de saúde, ônibus de transporte escolar, veículos de inclusão digital e equipamentos médico-hospitalares. Estima-se que nos últimos cinco anos o grupo tenha movimentado recursos públicos federais em quantia bem superior a R$ 110 mil. Parte desse dinheiro foi utilizada para o pagamento de vantagens ilícitas a senadores, deputados federais, servidores públicos e lobistas ligados ao esquema. Fonte: Site da Agência Estado (www.agenciaestado.com.br) - 31/08/2006

DOIDÃO É O NOVO PERSONAGEM DO “MENSALINHO” DE GUARUJÁ:
FARID SAID MADI (PDT)
GILSON FIDALGO SALGADO (PMDB)
MÁRIO LUCIO CONCEIÇÃO (PSB)
MARCOS EVANDRO FERREIRA (PSB)
HONORATO TARDELLI (Sem Partido)
PASTOR JOACI CIDADE ALVES (PTB)
NILSON DE OLIVEIRA FONTES (PMDB)
ANTONIO ADDIS FILHO
JOSÉ NILTON LIMA DE OLIVEIRA (DOIDÃO) (PP) - Novas imagens veiculadas pelo Jornal da Band aumentaram a lista de personagens envolvidos com o suposto esquema de “mensalinho” em Guarujá/SP. Agora, além dos cinco vereadores que aparecem recebendo dinheiro de Gilson Fidalgo Salgado (PMDB), Mário Lucio Conceição (PSB), Marcos Evandro Ferreira (PSB), Honorato Tardelli (sem partido), Pastor Joaci Cidade Alves (PTB) e Nilson de Oliveira Fontes (PMDB), o ex-vereador e presidente da Câmara, José Nilton Lima de Oliveira (PP), o Doidão, também foi flagrado recebendo um maço de cédulas. A imagem foi gravada em 31 de maio deste ano. Na imagem veiculada, o ex-presidente da Casa aparece recebendo dinheiro do então presidente, Gilson Salgado, eleito em seu lugar no dia 16 de maio. O maço entregue pelo colega é tão grande, que Doidão tem dificuldade para guardá-lo no bolso da calça. Em seguida, Doidão ainda mostra para Gilson o melhor lugar na sala para esconder a mala com o restante do dinheiro. O suposto esquema de propina no Legislativo de Guarujá foi denunciado no último dia 6 em matéria veiculada pela TV Bandeirantes de São Paulo. Pelo “mensalinho” cada parlamentar receberia R$ 10 mil por mês. O dinheiro serviria para o prefeito Farid Madi (PDT) manter “sob controle” os vereadores. O secretário de Governo, Antonio Addis Filho, também foi citado na matéria. Conforme o denunciante a propina seria fruto de pedágio cobrado nas licitações fechadas com a Prefeitura. Para terem seus contratos aprovados, os empresários pagariam entre 15% e 30% do valor. Assim, “o prefeito acaba fazendo o caixa 2 que ele precisa”, declarou o homem à TV Bandeirantes. Fonte: Jornal Diário do Litoral (http://www.diariodolitoral.com.br/) - 14/09/2006

A FORÇA DOS ESQUECIDOS:
Iron Marques Parreira
Carmem Terezinha
Cleonice Marques Pereira
Maurício Ricardo Nunes
Gilmar Mendes Ferreira A região é conhecida como o Vale dos Esquecidos - uma das mais pobres do país. E há três anos, os moradores do município de Confresa (Mato Grosso) decidiram investigar o que o prefeito fazia com o dinheiro da cidade. Esta semana ele foi preso. Durante sete anos o médico Iron Marques Parreira foi prefeito. Ele só deixou o cargo no dia 6 de dezembro de 2003, e não porque quis. A Delegacia Fazendária do Mato Grosso passou a investigar as contas da prefeitura: “Um exemplo do que foi constatado pelo Tribunal de Contas é uma nota fiscal da Tratorpilar, de R$ 6 mil. A própria empresa veio à delegacia e afirma que nunca houve qualquer transação comercial, em tempo algum, com a prefeitura de Confresa”. Segundo os policiais, primeiro o prefeito nomeou sua mulher, Carmem Terezinha, como secretária de Saúde; sua irmã, Cleonice, como tesoureira; e o amigo Maurício Ricardo Nunes como responsável pelas licitações. A partir daí, o esquema de desvio de dinheiro começou a funcionar. Notas fiscais falsas eram apresentadas para justificar compras e serviços inexistentes. E o dinheiro, liberado pelas secretarias, era sacado pelo prefeito, os parentes dele e o amigo, diretamente, na única agência bancária da cidade. “Segundo consta da denúncia do Ministério Público, foi desviado dinheiro do Fundo do Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef), de convênios para saúde, educação e construção de escolas. Foram desviados aproximadamente R$ 18 milhões. Isso especificamente neste processo, sem contar os demais, é claro”, revela o juiz. “Eles cometeram crime de estelionato, formação de quadrilha, usurpação de verbas públicas, improbidade administrativa, falsificação de documentos públicos. Foram vários crimes, todos com a finalidade de ser apropriar de dinheiro público”, diz o delegado. Dinheiro, por exemplo, que poderia equipar o único hospital da cidade. Ou poderia também iluminar Confresa. Metade do município não tem luz elétrica. A irmã do prefeito, Cleonice Marques Pereira, ex-tesoureira, é presa em seguida. Gilmar Mendes Ferreira, o fornecedor das notas fiscais falsas usadas pela quadrilha, foi preso em Goiás. Agora, a polícia e a Justiça vão tentar recuperar os R$ 18 milhões desviados de um dos municípios mais pobres do Brasil, localizado, não por acaso, no Vale dos Esquecidos.
Fonte: Site do Fantástico (www.globo.com/fantastico) - 09/04/2006

STJ MANTÉM DENÚNCIA CONTRA PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ES:
Valci Ferreira da Silva
Por unanimidade, a Corte Especial do STJ (Superior Tribunal de Justiça) rejeitou embargos de declaração para reverter decisão do próprio STJ, que aceitou denúncia do MPF (Ministério Público Federal) para abertura de ação penal contra o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, Valci Ferreira da Silva. O STJ determinou também seu imediato afastamento do cargo de conselheiro com base no princípio da moralidade pública. Valci Ferreira foi denunciado por fraude em licitações e desvio de dinheiro público em obras superfaturadas.
Fonte: Site do Última Instância (www.ultimainstancia.uol.com.br) - 18/04/2007

RENAN VOTA PELO ARQUIVAMENTO DO PROCESSO CONTRA ARGELO:
Gim Argelo
Renan Calheiros Renan Calheiros responde a mais dois processos no Conselho de Ética por quebra de decoro, mas, mesmo assim, ajudou a livrar um outro senador de processo no Conselho. A reunião da mesa foi presidida pelo senador Renan Calheiros e foi dele o voto de desempate para arquivar o pedido de abertura do processo contra o senador Gim Argelo, do PTB do Distrito Federal. O placar estava 2 a 2 com duas abstenções. Renan Calheiros deu o voto decisivo proibindo o Conselho de Ética de investigar as denúncias contra Gim Argelo. Ele é suspeito de participar de venda irregular de terras no Distrito Federal e de envolvimento com esquema de fraudes no Banco de Brasília. O argumento para arquivar o pedido foi que os crimes teriam sido cometidos antes da posse de Gim Argelo como senador.
Fonte: Site do Jornal Nacional - www.globo.com/jn - 21/08/2007

OS ESQUEMAS DO EX-LÍDER ESTUDANTIL:
Luís Lindberg Farias Filho
Marli de Freitas
Jaime Orlando O paraibano Luís Lindberg Farias Filho se tornaria nacionalmente conhecido como um dos mais importantes líderes estudantis da geração surgida com a redemocratização. Agora, em plena campanha pela reeleição, Lindberg Farias está enfrentando graves denúncias de corrupção feitas pela ex-secretária de recursos humanos, que o acusa de montar um esquema na prefeitura para se manter no poder. Além disso, várias ações suspeitas de seu governo estão sendo investigadas pelo Ministério Público Estadual (MPE) do Rio de Janeiro, pelo Ministério Público Federal e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). ISTOÉ obteve com exclusividade fitas gravadas em que assessores e ex-assessores acusam o prefeito de montar um esquema que beneficia empresas que financiaram sua campanha política, paga propinas a funcionários, dá cargos e dinheiro a vereadores em troca de apoio político e conduz licitações viciadas. Um deles, Jaime Orlando, ex-presidente da Comissão de Licitação, diz que Lindberg “trata as coisas e depois eu é que tenho que me virar para atender”. Um dos casos mais graves ocorreu na área de educação. Há alguns meses, a Secretaria de Educação de Nova Iguaçu foi denunciada pelo Ministério Público Estadual por causa de uma licitação superfaturada para compra de merenda escolar em 2006. Esta denúncia provocou o afastamento da secretária de Educação, a vereadora Marli de Freitas, e do presidente da Comissão de Licitação da prefeitura, Jaime Orlando. Por conta disso, o MPE determinou o bloqueio das contas e a indisponibilidade dos bens de Marli e de Orlando. Também na área de educação ocorreu outro caso polêmico, a contratação do Instituto Paulo Freire para elaborar o arcabouço pedagógico do Programa Bairro-Escola, carro-chefe do prefeito na área de educação. A responsável pelo programa era a mulher do prefeito, Maria Antônia Goulart. A ex-secretária de recursos humanos da prefeitura diz que havia desvio de dinheiro do programa para o prefeito e sua mulher. O convênio da ONG com a prefeitura custa aos cofres municipais R$ 800 mil por ano.
Fonte: Site da Revista Istoé - www.istoe.com.br - 14/05/2008

VÍDEO MOSTRA PREFEITO DE JUIZ DE FORA RECEBENDO DINHEIRO DE EMPRESÁRIO:
Carlos Alberto Bejani (PTB)
Francisco José Carapinha (o Bolão) Um video divulgado no site da revista “Época” nesta quinta-feira mostra o prefeito de Juiz de Fora (MG), Carlos Alberto Bejani (PTB), recebendo dinheiro do empresário Francisco José Carapinha, o Bolão. Segundo a revista, a gravação teria sido feita em 10 de maio de 2006, no escritório do empresário e teria sido divulgada pela Polícia Federal. No vídeo, Bejani estaria cobrando comissão do empresário sobre o aumento das passagens de ônibus no município. No início do vídeo, o empresário dá ao prefeito um pacote onde dentro teria R$ 100 mil que ele diz que devia ao prefeito. Bejani foi preso ontem pela Polícia Federal durante operação contra desvio de dinheiro público. Foi a segunda vez que o prefeito foi preso pela PF pelo mesmo motivo. Além de Bejani, outros 13 foram presos na Operação De volta para Pasargada, desdobramento da Pasargada 1, deflagrada em abril. Em um outro momento do vídeo, o prefeito pergunta ao empresário sobre um outro pacote. “E aqui o restante do... fechando o dinheiro. Aqui tem quatro e quinhentos e aqui três e quinhentos. O prefeito também fala no vídeo sobre uma suposta reunião com o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) em Belo Horizonte onde tratariam de um empréstimo de R$ 70 milhões do governo federal para obras de saneamento em Juiz de Fora. Desse valor, o prefeito receberia uma comissão de 10%: R$ 7 milhões. O advogado Marcelo Leonardo, que defende Bejani, não retornou o recado da reportagem para comentar o assunto.
Fonte: Site da Folha de São Paulo - www.folha.com.br - 13/06/2008

DEPUTADO ACUSADO DE LIDERAR MILÍCIA É PRESO:
Natalino Guimarães Segundo a polícia, o deputado do Democratas foi preso em flagrante, quando estava reunido com 15 integrantes do grupo paramilitar que comanda. Um dos homens tentou fugir e houve troca de tiros. Ele acabou ferido. Dentro da casa, armamento de guerra: submetralhadora, escopetas, um fuzil e munição. Uma camiseta da Polícia Civil e roupas camufladas também foram apreendidas. Natalino afirmou que foi surpreendido pelos policiais na porta de casa com as armas apontadas na direção dele. Sobre a submetralhadora encontrada no quintal, Natalino disse que pode ter sido jogada por qualquer pessoa, por cima do muro. “Sou inocente, estou sendo vítima de uma covardia. Eu cheguei na minha casa agora do trabalho, não tem nada, é uma perseguição política”. Outros cinco homens foram presos: dois PMs, um agente penitenciário, um assessor do deputado e Fábio Pereira de Oliveira, procurado pela Justiça por assassinato, formação de quadrilha e extorsão. De acordo com a polícia, o grupo paramilitar, conhecido como milícia, oferecia uma suposta segurança e serviços em comunidades pobres em troca de pagamento. Segundo as investigações, que começaram há cinco meses, o grupo agia com violência, matava inimigos e praticava diversos crimes na região. A quadrilha também era responsável pela exploração do transporte alternativo e extorsão de dinheiro de moradores e comerciantes de da Zona Oeste do Rio. O deputado, que foi expulso da Polícia Civil há 12 dias, já respondia a processo por formação de quadrilha, mas estava em liberdade por ter imunidade parlamentar. Um relatório da inteligência da polícia, enviado ao Ministério Público em março, aponta a residência de Natalino como o local de encontro da quadrilha. De acordo com o documento, era lá que o bando planejava os crimes que iria cometer, entre eles homicídios. “Esses crimes tinham como objetivo fortalecer financeiramente esse grupo, que tinha objetivos políticos, já que pretendia eleger deputados estaduais, federais, até mesmo senadores”, contou o delegado Marcus Neves. Na delegacia, um grupo de moradores protestou. Houve tumulto e um delegado jogou spray de pimenta contra os manifestantes. Uma mulher desmaiou. Natalino foi levado para o presídio de segurança máxima Bangu 8.
Fonte: Site do Jornal Nacional - www.globo.com/jn - 22/07/2008

TRAFICANTES PRESSIONAM ELEITORES NO RIO:
Luiz Cláudio de Oliveira (o Claudinho da Academia)
Antônio Bonfim Lopes, (Nem) José Rainha A Polícia do Rio investiga denúncias de que traficantes estariam interferindo no processo eleitoral da cidade. Há suspeitas ainda da influência de ex-integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Um dossiê entregue à Polícia Federal revela como funciona a tentativa de impor um único candidato a vereador na maior favela do Rio. A Rocinha fica entre a Zona Sul e a Barra da Tijuca, duas áreas nobres do Rio. Em uma grande operação na favela, na quinta, a polícia apreendeu armas, munição e uma espécie de ata de reunião, que teria sido escrita pelo chefe do tráfico no morro, Antônio Bonfim Lopes, conhecido como Nem. O bandido determina todo o empenho para o candidato da Rocinha e diz: não aceito derrota. Ninguém trabalhando para candidato de fora. Não agendar visita. Não convidar para eventos. A polícia investiga denúncias de que o candidato citado pelo traficante é Luiz Cláudio de Oliveira, o Claudinho da Academia. Ele é presidente da Associação de Moradores da Rocinha e disputa vaga de vereador. “É mais uma prova de que o crime organizado vem buscando nos nossos parlamentos uma sustentação para práticas criminosas. Em uma foto publicada pelo jornal O Globo, Claudinho aparece ao lado do ex-Coordenador Nacional do Movimento dos Sem-Terra, José Rainha, em um evento na favela. Segundo o jornal, Rainha não só apóia a candidatura de Claudinho, como teria incentivado o líder comunitário a concorrer à Câmara de Vereadores. O MST reconhece que Rainha usa a sua bandeira, mas diz que como movimento social de massa não pode impedir que Rainha ou qualquer outro cidadão use a bandeira ou outros símbolos do MST.
Fonte: Site do Jornal Nacional - www.globo.com/jn - 25/07/2008

DEPUTADOS CITADOS EM REPORTAGEM SÃO SUSPEITOS DE CRIME ELEITORAL, DIZ MINISTÉRIO PÚBLICO:
ALESSANDRO CALAZANS (PMN), RODRIGO NEVES (PT), MARCELO SIMÃO (PHS). O promotor do Ministério Público Eleitoral informou, na tarde desta segunda-feira, que os deputados estaduais Alessandro Calazans (PMN), Rodrigo Neves (PT) e Marcelo Simão (PHS) são suspeitos de crime e infração eleitoral e serão investigados pelo MP Eleitoral. Os três foram citados em reportagem do jornal “Extra”, publicada no domingo, que denunciava o fato de parlamentares faltarem a sessões da Assembléia Legislativa do Rio para fazerem campanha eleitoral e, depois, pedirem abono das faltas. A reportagem ‘ Deputados em campanha mentem para ganhar salário de R$ 13 mil ‘ foi publicada de novo, na edição desta segunda. A suspeita de crime e infração eleitoral, no entanto, tem relação com a possível reação dos candidatos à reportagem. No domingo de madrugada, um grupo de homens, alguns armados, comprou cerca de 30 mil exemplares, antecipadamente, no centro de distribuição de Belford Roxo, impedindo que os jornais chegassem aos leitores da Baixada. Além disso, por volta das 2h de domingo, homens ocupando um Vectra e um caminhão estiveram na sede do jornal, com o mesmo objetivo: comprar antecipadamente exemplares do Extra. A reportagem relacionada à manchete denunciou que os candidatos Marcelo Simão (PHS), Rodrigo Neves (PT) e Alessandro Calazans (PMN), todos deputados, faltaram a sessões da Alerj e inventaram compromissos para ter as faltas abonadas e garantir o salário integral de R$ 13 mil. Marcelo Simão é candidato a prefeito em São João de Meriti; Rodrigo Neves, em Niterói; e Alessandro Calazans, em Nilópolis. Fonte: Site do Jornal Extra - www.globo.com/extra - 29/09/2008

EM FAMÍLIA ATÉ 2025:
MARCELLO ALENCAR - PSDB / RJ Enquanto governador do Rio, arranjou com a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, um emprego vitalício no Tribunal de Contas do Estado (cujas atribuições incluíam investigar os gastos da administração do próprio governador Alencar) para o seu filho, Marco Antônio Alencar. Só em salários, ao longo de três décadas, o cargo estava cotado em 3,2 milhões de reais, fora o carro com motorista, auxiliares de gabinete e outras prerrogativas da função. Investigava-se no tribunal, a suspeita de que o governo de Alencar, inflava as despesas com educação. Entre outras irregularidades, havia um dossiê revelando que 25% da água encanada no Rio se perdia nos vazamentos da Cedae.
Fonte: Revista Veja - 29/10/1996